quarta-feira, 19 de agosto de 2009

O PENTATEUCO

O PENTATÊUCO

Introdução ao Pentatêuco

1. Os primeiros cinco livros da Bíblia. Na língua grega penta significa cinco e teuco significa livro.

Fala do período de tempo: da Criação até Josué; ou do Jardim do Éden até a Entrada na terra prometida do povo de Deus (desta banda do Jordão, Josué 1:14), 4000 - 1460 a. C.

Criação a Abraão 4000 - 2000 a. C. (Gênesis 1-11). Abraão a Moisés 2000 - 1500 a. C. (Gênesis 12-50). O Êxodo (a saída do Egito) 1500 - 1460 (Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio).

2. A Autoria do Pentatêuco. Os Hebreus não eram analfabetos (como muitos dizem), mas educados, de letras e com capacidade de escrever e ler bem. Moisés estudou nas escolas do Faraó do Egito.

O Pentatêuco é reconhecido pelos Judeus de todo o tempo como escrito por Moisés (Mc. 12:19). Jesus aceitou que Moisés era o autor do Pentatêuco (Mc. 12:26. João 1:17 e 45).

3. Gênesis - a sua relação ao resto da Bíblia. A introdução inclusive e ampla da Bíblia inteira.

Os fatos e ensinos de Gênesis são a fonte de todos os rios de verdade bíblica. A raiz de que cresce a árvore da revelação de Deus. Gênesis é a sementeira da Bíblia toda. É essencial entender isto.

Os temas e doutrinas principais da Bíblia são comparáveis aos rios grandes que vão profundando, alargando e estendendo-se mais e mais. Todos os temas e ensinos vem da mesma fonte - Gênesis.

Gênesis é a explicação original e inicial de todo o resto da Bíblia. Este livro tem maior propósito do que todos os outros livros bíblicos.

Quem quer entender a Bíblia deve começar com a introdução dela - Gênesis. Gênesis é muito importante, é por isso que Satanás quer destruí-lo.

4. Gênesis - sua relação ao Pentatêuco. Há uma perfeição e integridade acerca do Pentatêuco.

Estes cinco livros nos dão uma história humana consecutiva de 2500 anos e uma união espiritual progressiva.

A Vista Humana de Gênesis - A relação do povo de Deus para com o seu Deus.

Gênesis - Ruína (pecado e queda). Êxodo - Redenção (pelo sangue do cordeiro e poder divino). Levítico - Comunhão (pela expiação). Números - Direção e Correção (a vontade de Deus na vida). Deuteronômio - Destino Predeterminado (pela fidelidade de Deus).

A Vista Divina de Gênesis - A relação de Deus para com o seu povo.

Gênesis - A soberania de Deus na criação e na eleição. Êxodo - O poder de Deus na redenção e na libertação. Levítico - A santidade de Deus na separação e na santificação. Números - A bondade e severidade de Deus em cuidar e julgar o seu povo. Deuteronômio - A fidelidade de Deus na disciplina e no destino.

O Pentatêuco é uma Mini - Bíblia!

5. Gênesis e Apocalipse. O primeiro e o último. Introdução e conclusão. Não pode ir antes de Gênesis, nem depois de Apocalipse. Antes e depois deles é só eternidade. Gênesis diz como é que tudo começou. Apocalipse diz como é que tudo terminará.

As semelhanças entre Gênesis e Apocalipse - Os dois nos dão o princípio de algumas coisas novas: Éden (paraíso), o Rio, Estado Novo de coisas, a Noiva e Deus andando com o homem.

Os contrastes entre Gênesis e Apocalipse - Paraíso fechado e aberto, Expulsão e Restauração, Maldição Fixa e Tirada, o Começo e o Fim da tristeza e morte, Corrupção entrou e nunca entrará, Satanás vitorioso e Cristo vitorioso, o Andar com Deus perdido e recuperado, o Começo e o Fim de tempo.

6. Gênesis - Esboço. As duas divisões principais do livro.

1. Criação - Abraão. 1-11. Quatro Eventos Notáveis: Criação, Queda, Dilúvio e Babel. 2. Abraão - Moisés. 12-50. Quatro Homens Notáveis: Abraão, Isaque, Jacó e José.

O tema central de Gênesis: A Soberania de Deus. Esta verdade fica bem no princípio da Bíblia.

Considerando os quatro Eventos Notáveis da primeira divisão e os quatro Homens Notáveis da segunda divisão, podemos entender o ensino que unifica o livro todo. É uma grande manifestação da Soberania de Deus.

O PENTATÊUCO
O LIVRO DE GÊNESIS

É o livro de Princípios. "No princípio", 1:1. É isto que a palavra Gênesis significa; Princípios. Neste livro tem o princípio de: Universo, Matéria, Animais, Plantas, Homem, Tempo, Pecado, Sofrimento e Tristeza, Casamento, Família, Governo, Línguas, Trabalho, Religião Divina e Falsa, Nações, Roupa, Dízimo, Sábado, Música, Guerra, Nascimento, Assassino e Promessa Messiânica.

A PRIMEIRA DIVISÃO DO LIVRO - GÊNESIS 1-11
CRIAÇÃO A ABRAÃO

1. Criação. A Soberania de Deus sobre a criação física. (capítulos 1-2).

Mostra a Preeminência e Existência de Deus. Deus é antes de tudo! Deus É! A Bíblia não dá prova que Deus existe. Somente declara que Deus é! É um fato, não é uma teoria! É uma declaração positiva de verdade que Deus é Criador, Preeminente e Soberano. Esta verdade é evidente e óbvia pela criação e consciência humana.

2. O Nome de Deus. O nome de Deus em Gênesis 1:1 é a palavra hebraica Elohim. É nome e palavra plural. O verbo que aparece (criou) com este nome plural é singular. Mostra a Trindade. Observa Gn. 126-27. 3:22. 11:7. Bem no princípio da Bíblia Deus é revelado como Triúno - três em um: Deus Triúno.

3. Observa o que tudo isto faz. Nega as seguintes coisas plenamente: Ateísmo, Politeísmo, Panteísmo, Evolução e que a matéria é eterna. Afirma o contrário.

4. A Criação Divina e Bíblica decide a Questão de Origens. O primeiro versículo da Bíblia tem a declaração absoluta de Deus - não a teoria humana. É uma coisa que vai além do homem, só Deus podia revelar esta verdade para nós, porque só ele estava presente quando o universo foi criado. (Jó 38). A criação do universo não tinha testemunha humana; portanto, a ciência não pode explicar como tudo começou. Sem a Bíblia, onde poderíamos achar a resposta das origens das coisas? Não é a filosofia humana, mas é a revelação de Deus que explica tudo isto para nós. Sem a revelação da Palavra de Deus é impossível saber a origem de tudo. É a primeira grande verdade bíblica que Deus quer que o homem saiba. Se não aceitar e/ou duvidar esta primeira verdade, também vai ter dificuldade em aceitar e não duvidar o resto da Bíblia. A pessoa que não aceita tem fé verdadeira? (Hb. 10:38-11:3).

5. Evolução propaga o desejo secreto dos pecadores - Não Há Deus!

Observa algumas coisas que a Bíblia toma por certo logo no começo como verdade: Deus Existe - é uma declaração positiva e absoluta de verdade; Verdade Existe - a Bíblia declara que é assim sem pedir desculpas; Pecado Existe - como é que sabemos o errado e o certo? Porque Deus fala!; Um Plano Existe - Tudo aconteceu e acontece pela chance? Só por acaso? Tudo está sem ordem? Só existe confusão? Não! Tudo tem desenho, ordem, plano divino e direção soberana. É tudo isto que a evolução não pode aceitar.

6. Criação. A semana da criação do universo.

Qual tipo de dia era? Períodos de tempo longo ou dias de 24 horas? Fazer dos dias da semana da criação períodos longos de tempo é uma tentativa de fazê-los iguais aos períodos geológicos da evolução. É preciso isto? Temos que entrar em acordo com a ciência mundana e humana? Não. Porque a regra final e absoluta da nossa fé é a Bíblia. A Bíblia fala a verdade sobre a origem do universo e aceitamos isto pela fé, sabemos que tudo que está certo vai afirmar esta grande verdade.

Seus argumentos que os dias da criação são dias de muitos anos.

1. II Pe. 3:8 - não tem nada haver com a criação.

2. A obra da criação precisaria mais do que dias de 24 horas para completar - qual é o tamanho do Deus deles?

3. O sol não foi criado no primeiro dia para medir e governar o tempo - Deus criou a luz no primeiro dia e uma volta completa da terra faz 24 horas, não o sol.

4. Ajuda resolver o problema entre a criação e a evolução - não é necessário.

5. Poucos cientistas aceitam a criação bíblica do universo - e daí?

Prova Positiva que estes dias eram dias de 24 horas.

1. Só um dia de 24 horas tem tarde e manhã (o dia judaico).

2. O sétimo dia desta semana era de 24 horas (Êx. 20:10-11).

3. A parte do dia chamada o dia (manhã) tem 12 horas (João 11:9).

4. Sempre significa 24 horas quando a palavra dia é ligada com um número.

5. É possível sem o sol - uma volta completa da terra faz 24 horas.

6. É o mesmo tipo de dia que faz estações, tempos e anos (Gn. 1:14).

7. Adão vivia muitos anos no sexto e sétimo dia (Gn. 5:5).

8. Sem a morte na terra não ficava espaço para nem se mexer.

9. A linguagem da Palavra de Deus é simples e clara, não indica simbolismo.

7. Criação. Os dias da criação. Capítulos 1-2.

Todo o versículo do primeiro capítulo de Gênesis começa com a palavra "E" menos o primeiro. Isto indica que esta história relatada está em seqüência e cronológica. Cada versículo está ligado com o versículo que vem antes e depois. Os acontecimentos do versículo seguinte aconteceram imediatamente logo depois do outro. Não deixa espaço longo de tempo entre os versículos assim.

Alguns dizem que Deus criou um primeiro mundo em versículo um e depois aconteceu uma rebelião (a queda de Satanás) que destruiu a terra e tudo que nela estava deixando-a sem forma e vazia, e depois no versículo 2 Deus criou tudo de novo. Assim, eles dizem, tem muitos anos (até milhões e bilhões) entre versículos um e dois. Observa algumas coisas porque não pode ser. 1. Não é conforme a história bíblica - Deus sempre deixa um resto na terra (Dilúvio e Cativeiro). 2. A Bíblia diz que Adão era o primeiro homem (I Cor. 15:45). 3. A morte entrou no mundo por Adão (Rm. 5:12).

O Primeiro Dia da Criação. 1:1-5.

Estes versículos (1-5) são o primeiro dia da criação. Em outras palavras, estes versículos (1-5) tem o que Deus fez no primeiro dia da criação. Deus começou criar o universo neste dia, aprontando cada dia mais a terra até no sexto dia estava pronta para a habitação do homem. A criação era progressiva, cada dia fazendo mais até estava todo feita no sexto dia para o homem morar. A palavra "criar" significa fazer do nada (Hb. 11:3). Deus criou os céus e a terra do nada. Deus criou tudo pela palavra da sua boca, não pela evolução.

Existe dois tipos de evolução: orgânica e teísta. A evolução orgânica diz que tudo aconteceu por um processo natural e contínuo de mudança (mutação) ascendente superior de uma forma vivente para outra. Na ciência é chamado abiogênese. Esta evolução é uma negação total de Deus e da Palavra de Deus. A evolução teísta diz que Deus criou a vida inicial e depois deixou acontecer tudo segundo o processo de evolução. A evolução teísta tem um período de tempo muito cumprido entre versículos um e dois de Gênesis um e os dias da criação são períodos de tempo muito cumprido também. É uma tentativa inútil e desnecessária de reconciliar a ciência moderna e a Bíblia. Mas, é uma tentativa impossível, porque Deus tem falado na sua Palavra e é totalmente diferente do que a ciência moderna. A Bíblia diz que Deus criou os céus e a terra pelo poder da sua Palavra do nada.

O que foi que Deus criou no primeiro dia? A Bíblia diz os céus e a terra. Deus deixa logo a explicação da criação dos céus e começa explicar como foi a criação da terra. Porque? Porque não é necessário que sabemos mais do que isto. Se fosse, ele tinha falado.

Quando foi os anjos criados? Durante esta semana da criação (2:1). Antes do terceiro dia (Jó 38:4-7): fundar a terra (v. 4) e o aparecimento da porção seca parece que são a mesma coisa, e os anjos são mencionados como já existindo. No Salmo 104:1-5 os anjos são mencionados entre a luz e os fundamentos da terra. Quando foi que Satanás e seus anjos caíram? Depois do sétimo dia da criação (1:31-2:3). Nota a frase; "E eis que era muito bom". Se fosse que Satanás tinha caído, não seria muito bom. Então, depois do sétimo dia, mas antes da tentação e queda do primeiro casal, porque Satanás apareceu no Jardim do Éden para isso mesmo (3:1).

A terra era criada primeiramente sem forma (sem ser formada) e vazia (sem habitantes). A terra criada assim sem forma e vazia continha todos os elementos básicos e necessários para tudo Deus ia fazer depois. Também estava sem luz. Os elementos todos eram criados primeiramente como uma mistura de água e terra que não tinha formação redonda, energia e ordem como agora no presente tem. Ainda tudo não estava energizado: sem vida (morta), gravidade, forças eletromagnéticas, órbita, ordem e luz. Tudo estava numa condição de desordem e confusão e sem vida. Deus começou a sua criação assim com a intenção de terminá-la durante seis dias. Era uma criação progressiva do primeiro dia ao sexto dia, aprontando cada vez mais um pouco até no sexto dia estava pronta para receber o homem como a sua habitação.

Mas, o Espírito de Deus se movia (significa agitar, vibrar, bater as asas, tremer) sobre a face das águas ( a face do abismo é a mesma coisa) e Deus falou e tudo começava tomar uma forma organizada. O universo estava esperando a força (energia) do Espírito Santo e o poder da Palavra de Deus. O Espírito Santo energizou e formou tudo e a Palavra de Deus deu a luz. Observa que Deus viu que era boa a luz e separou a luz das trevas eternamente. A luz vem de Deus e ainda ele ama a sua luz. A luz de Deus não tem nada haver com as trevas, nem deve ser misturado.

Assim foi o primeiro dia da criação. É um bom começo, a criação de Deus é maravilhosa.

Observa uma aplicação de tudo isto para a pessoa sem Cristo o Salvador.

1. A obra da salvação (como a da criação) é de Deus mesmo.

2. Na salvação Deus cria no homem uma coisa do nada.

3. O estado do homem perdido é como a criação do universo primeiramente: morto, sem luz (nas trevas), vazio, sem forma, confusão, e nada bonito nem desejável.

4. Assim fica a obra do Espírito em dar vida e forma através da Palavra de Deus que dá a luz pela GRAÇA MARAVILHOSA. É só assim que uma pessoa sem forma e vazia "pode viver na luz".

5. Sem o Espírito de Deus não há vida espiritual, nem luz sem Jesus Cristo a Palavra de Deus. Todo o homem fica morto e nas trevas até Deus operar nele a vida eterna e a luz da Palavra de Deus.

6. É somente o Espírito Santo e o poder da Palavra de Deus que pode criar uma mudança assim no pecador.

7. Nós somos "novas criaturas" e "a feitura sua, criados em Cristo" pelo poder do Espírito Santo e da Palavra de Deus.

O Segundo Dia da Criação. 1:6-8.

Neste dia Deus fez uma expansão no meio das águas. Ele fez uma separação entre as águas e as águas. Deus fez uma cobertura (sobrecéu ou capota) acima da terra ao seu redor todo. Entre as águas que ficaram sobre a face da terra e as águas desta cobertura da terra toda ficou uma expansão de ar que é chamada céus. É onde as aviões e as aves voam. Isaías chama isto uma tenda (Is. 40:22). Esta expansão não é as nuvens, porque diz que ficou acima da expansão, não por dentro dela. Também a Bíblia diz que não choveu antes do dilúvio (2:5), nem apareceu arco-íris até depois do dilúvio. A terra estava aguada antes do dilúvio com um vapor que subia da terra (2:6). Assim a terra ficou tropical em todo lugar. Ficou sem gelo, tempestades de chuva e de vento, áreas áridas e os raios prejudiciais do sol. A terra tinha uma temperatura constante e uniforme; e com uma vegetação suculenta (vida vegetal) na face da terra toda.

O Terceiro Dia da Criação. 1:9-13.

Neste dia Deus fez ajuntar-se as águas e assim apareceu a porção seca, ou a terra; agora há um lugar para o homem. Nota o poder de fazer tudo isto é a Palavra de Deus. Observa como é que diz que Deus mandou tudo isto acontecer: "Ajuntem-se as águas debaixo dos céus num lugar; apareça a porção seca". Foi a água que ficou se mexendo, a terra (porção seca) não se moveu do seu lugar, somente bastante para deixar tudo isto acontecer. Parece que a água baixou-se para que a terra pudesse aparecer. Como é então, que tudo isto aconteceu? Parece que muita água entrou nalgumas cavernas criadas por Deus na terra, e assim a água baixou bastante para a porção seca aparecer. Observa o que diz em Gn. 7:11: Estas fontes de água do grande abismo que se romperam no dilúvio eram estas cavernas cheias de água que inundaram a terra. Neste dia Deus criou também a vegetação que ficou crescendo na terra. A vegetação foi criada bem desenvolvida já com a sua própria semente nela. Nota que Deus mandou toda espécie "produzir semente conforme a sua espécie": esta verdade destrói a evolução. Observa I Cor. 15:38-39.

O Quarto Dia da Criação. 1:14-19.

No primeiro dia Deus criou e energizou o universo todo. No segundo dia Deus fez a atmosfera e a hidrosfera da terra. No terceiro dia Deus separou as águas da porção seca e criou a vida vegetal da terra. No quarto dia Deus voltou para a criação da expansão dos céus (espaço). Neste dia Deus criou o sol (o luminar maior), a lua (o luminar menor) e as estrelas. O sol é para iluminar o dia e a lua para iluminar a noite. Também é para determinar as estações, dias, meses, anos e separar o dia da noite. Também Deus criou neste dia todas as estrelas, planetas, asteróides, meteoritos e galáxias. E tudo funciona em perfeita ordem, desígnio e propósito até agora. Ó que coisa maravilhosa que O Arquiteto e Engenheiro Soberano, Poderoso e Supremo criou pelo poder da sua boca.

O sol representa simbolicamente o Senhor Jesus Cristo (Mal. 4:2) que brilhará no dia da sua vinda maravilhosa. A lua representa a igreja do Senhor Jesus Cristo que brilha agora no mundo que está nas trevas (a noite, Mt. 5:14-16). A lua não tem a sua própria luz, mas somente reflete a luz do sol na noite. Na noite a lua vê o sol, mas a terra somente vê a reflexão do sol que a lua dá. A igreja do Senhor Jesus Cristo está refletindo a luz do Evangelho do Salvador aqui neste mundo cheio de trevas. A igreja vê "o sol da justiça" (Jesus), mas o mundo cheio de trevas somente vê a reflexão do sol que a igreja dá. Jesus é o luminar maior e a sua igreja é o luminar menor. Deus criou o luminar menor para refletir a luz do sol. VAMOS BRILHAR POR JESUS!

O Quinto Dia da Criação. 1:20-23.

Neste dia Deus criou todas as criaturas das águas e do ar. Deus as criou do nada. Estas criaturas tem consciência própria de si mesmo (alma, nota v. 24), as plantas não tem isto. Estas criaturas podem se sentir o seguinte que as plantas não podem: dor, fome, sede, calor, frio, ouvir, ver, tocar, emoção num sentido limitado, reconhece seus filhos, escolha a sua comida, em geral estão cientes do seu ambiente. Deus criou todas as suas criaturas preparadas e equipadas para viver no seu ambiente: não para evoluir depois e ficar perfeitas, foram criadas já perfeitas e bem formadas como no presente. Nota novamente a mesma frase; "conforme a sua espécie".

O Sexto Dia da Criação. 1:24-31.

Neste dia Deus criou do nada todos os animais, répteis e bestas feras "conforme a sua espécie". Além do homem, esta é a criação de Deus mais alta, avançada, complicada e sofisticada. Estes animais são para suprir o homem com as suas necessidades: serviço, viajar, carregar, roupa e comida. A terra agora está pronta para receber o homem.

A coroa e obra-prima da criação de Deus é o homem. Ele tem uma posição elevada e dominante sobre a criação toda. Ele é a única criatura feita na imagem de Deus. Ele tem alma e corpo como o animal, mas também um espírito. Ele é tripartido. Seu espírito vive eternamente. O animal não é assim. O homem foi feito um pouco menor do que os anjos, mas maior do que os animais. O homem pode pensar, analisar, raciocinar, amar e odiar (e outras emoções), apreciar beleza e saber a diferença entre o mal e o bem. Nenhuma outra criatura pode fazer isto. O homem é superior aos animais (todas as criaturas) em aparência, inteligência e espiritualidade. Nota que o método da criação do homem era um pouco diferente do que as outras criaturas. Ele foi criado do pó da terra (a criação do homem inclui a da mulher também, v. 27). O homem novo criado apareceu como meio macaco? Não, ele apareceu como um homem perfeito, com idade e bem desenvolvido em todas as maneiras, como no presente. Não foi criado peludo nem com couro; mas com uma pele bem macia, suave e linda. E a mulher foi criada com uma beleza que ultrapassou todas as outras criaturas. A espécie humana é bem diferente do que as outras criaturas de Deus. O HOMEM NÃO É UM ANIMAL!! ELE FOI CRIADO NA IMAGEM DE DEUS!!

Deus preparou um lugar especial para este primeiro casal morar; o Jardim do Éden. Este jardim tinha tudo que este casal precisou; beleza, comida, vida feliz, segurança, comunhão com Deus e trabalho. Foi um lugar feito exclusivamente para eles. Ninguém podia querer mais. Nota que Deus disse; "Eis que era muito bom".

O Sétimo Dia da Semana da Criação. 2:1-3.

Tudo que Deus criou ficou funcionando perfeitamente e em harmonia. Toda a criação cessou neste dia. Agora é conservar a criação de Deus e ver a deterioração dela. Esta história da criação de Deus são acontecimentos literais, fatuais, reais, históricos, atuais e verdadeiros. Deus completou a sua obra da criação e ficou satisfeito completamente com ela, e é por isso que ele descansou no sétimo dia. Não porque estava cansado, mas para mostrar e simbolizar que a sua obra da criação estava completa, terminada, consumada, perfeita, e que ele ficou satisfeito com ela. É simbólico da obra da redenção feita por Jesus Cristo. Quando Jesus tinha consumado a redenção, ele assentou-se à destra de Deus mostrando que tudo já estava feito eternamente para salvar o pecador e que Deus ficou satisfeito com a obra do seu Filho da redenção do seu povo. A obra da redenção é maior do que a obra da criação do universo e é por isso que Deus nos deu outro dia para descansar, celebrar e lembrar da salvação que temos em Cristo Jesus (o dia do Senhor, o primeiro dia da semana, ou Domingo). Observa estas passagens; Hb. 4:1-16 e 10:10-14.

Também fala do descanso eterno dos salvos lá no céu com seu Salvador depois de terminar a sua obra por Cristo aqui na terra. Israel não entrou em Canaã por causa da sua incredulidade. Da mesma forma ninguém vai entrar na Canaã celestial sem fé em Cristo. Também mostra que ainda resta um dia para guardar como nosso dia de descanso semanal (Hb. 4:9). Este dia agora é o primeiro dia da semana. Se alguém negar isto e disser que devemos ainda observar o sábado (o sétimo dia da semana) está dizendo que a obra da salvação não está consumada por Cristo e que o pecador tem que se salvar pela observação da lei de Deus. Negar isto é uma negação da salvação do pecador pela "GRAÇA DE DEUS". É dizer que o pecador é salvo pelas boas da lei. Graças a Deus que não é assim, mas que somos salvos pela graça de Deus através da redenção feita eternamente por Cristo!

Uma Recapitulação Detalhada da Criação do Homem. 2:4-25.

No versículo 4 o nome Jeová aparece pela primeira vez na Bíblia. Este nome significa "EU SOU O QUE SOU", Êx. 3:14. É aquele que tem auto-existência. É o nome de Deus que sempre está ligado com a redenção (3:21). A salvação feita por Jeová sem um sacrifício está desconhecida na Bíblia. Jesus Cristo disse que o Seu nome é "EU SOU O QUE SOU" em João 8:58. João 1:1-4 também diz que ele é o "Criador" e a "Vida". Sabemos com certeza que ele é o sacrifício pelo pecado (João 1:29, II Cor. 5:21). Além de tudo isto, o nome Jesus significa "Jeová salva". É Jesus Cristo que andou no Jardim do Éden com este primeiro casal, e é ele que é a Palavra de Deus na criação.

Antes do dilúvio não choveu, mas um vapor subia da terra para regar toda a face da terra. Deus criou o homem do pó da terra. Este fato deve nos deixar humildes, porque somos do pó. Deus formou o homem do pó e deu vida ao pó. Toda vida vem de Deus, porque Deus é vida (física e espiritual), sem Deus não existe vida de tipo nenhum (João 5:24, 11:25, 14:6).

Deus criou toda a terra para ser a habitação do homem. Mas, Jeová plantou um jardim no Éden para ser um lugar especial para o homem morar. Foi o lugar mais especial, bonito e perfeito da terra toda. Este jardim tinha tudo necessário para suprir as necessidades do homem, tanto material quanto prazer (observa João 14:1-3). Entre todas as árvores bonitas tinha duas bem especiais e literais, a árvore da vida e a árvore da ciência do bem e do mal. A árvore da vida era para dar imortalidade (3:22, Ap. 22:2). A árvore da ciência do bem e do mal era proibida comer (sob a pena da morte, versículos 16-17) pelo mandamento do Senhor Deus. Esta árvore era para provar o homem.

Saiu deste jardim um rio para regar o jardim (como foi a fonte deste rio?), e dali o rio se dividiu para fazer quatro rios: Pisom, Giom, Hidéquel (o nome antigo para Tigre) e Eufrates. Onde foi que ficou o Jardim do Éden? Provavelmente onde os rios Eufrates e Tigre se encontram (onde fica agora Iraque). Faz sentido porque foi aqui que Ninrode estabeleceu a sua idolatria da Torre de Babel e o seu reino de Babilônia. Depois do dilúvio o Jardim do Éden ficou destruído.

Adão e Eva tiveram trabalho para fazer dado por Deus para fazer no Jardim do Éden. Diz no versículo 15 que Deus colocou o homem no jardim para o lavrar e o guardar. Desde o princípio Deus não queria para o homem ficar desocupado. Deus criou o homem para cumprir a sua vontade. O Jardim do Éden não foi um lugar de ficar preguiçoso e ocioso. Deus deu para o homem um corpo e uma força com que podia trabalhar. É o mesmo espiritualmente. Trabalhar pelo Senhor deve nos dar muito prazer. Nem ficaremos desocupados no céu.

Nos versículos 18-25 temos a criação da mulher explicada, a adjutora de Adão. Deus sabia e falou mesmo que não é bom que o homem esteja só. Ficar sozinho o tempo todo é uma vida triste. Porque as vezes o homem acha que não precisa da sua esposa? Até Cristo não vai ficar no céu sozinho! Hb. 2:10 diz: "trazendo muitos filhos à glória". Lá vamos gozar no amor dele para sempre. Da mesma forma devemos gozar no amor dele e da nossa esposa aqui agora.

Foi Deus que fez a primeira mulher, a esposa para Adão. Ela é a criação (feitura) de Deus e exatamente o que Adão queria e precisava. Deus sabe exatamente o que precisamos, até melhor do que nós mesmos. Deus criou o primeiro casal para trabalhar juntos em paz, acordo e amor. Como é que é preciso procurar fazer isto agora?!

Como Eva era a feitura especial (criação) de Deus para ser a noiva somente de Adão, a igreja é a feitura especial (criação) de Deus para ser a noiva somente do Senhor Jesus Cristo (Ef. 5:22-33). O Senhor Deus fez cair sobre Adão um sono pesado, e enquanto ele estava dormindo Deus tomou uma das suas costelas e formou dela a mulher para Adão. Porque Cristo morreu e ressuscitou dos mortos a sua igreja é a noiva dele; "Esta é agora osso dos meus ossos, e carne da minha carne: esta será chamada varoa, porquanto do varão foi tomada" (Gn. 2:23. Ef. 5:30). Deus fez uma esposa só para Adão e ela foi feita especialmente para ele (Adão tinha somente uma noiva); Deus fez a igreja somente para Cristo e ela é feita especialmente para ele. Toda mulher não foi para ser a noiva de Adão; da mesma forma, toda igreja não é para ser a noiva de Cristo. Deus fez a noiva (Eva) de Adão uma virgem pura, virtuosa, fiel, casta e modesta; da mesma forma, a noiva de Cristo será uma noiva que é uma virgem pura, virtuosa, fiel, casta e modesta (II Cor. 11:1-2). Como Eva foi feita para Adão e para ser a sua adjutora, a igreja foi feita para Jesus Cristo e para ser a Sua adjutora (auxiliadora) na obra dele aqui na terra. Eva foi feita de uma das costelas de Adão, não do pé dele nem da cabeça dele, mas da costela dele que fica perto do seu coração. Ela não foi feita para ele pisar em cima dela, nem para ser a sua cabeça; mas para ser submissa e trabalhar junta com ele como sua auxiliadora. Jesus Cristo é o cabeça da sua igreja. A igreja de Cristo é bem amada por Ele, mas deve estar submissa a Cristo e trabalhar junta com ele fielmente cumprindo a sua vontade aqui na terra. Deus fez Eva com a capacidade de fazer tudo necessário para cumprir o seu dever para com ele. Deus fez a igreja do Senhor Jesus Cristo com a capacidade de fazer tudo necessário para cumprir o seu dever para com ele. Eva não foi feita uma mulher universal invisível, mas "bem local e visível". A igreja do Senhor Jesus Cristo também é bem local e visível, e só pode ser assim! O relacionamento entre Cristo e a sua igreja é muito especial, como o de Adão e Eva. Cristo é fiel a sua noiva, que possamos ser fiéis ao nosso Noivo!!

8. A Queda do Homem. Capítulo 3.

Deus criou o universo e o mundo perfeitos. Observa o que Deus fez: universo perfeito, mundo perfeito, sem tentação e pecado para contemplar, vida perfeita, provisão perfeita, trabalho perfeito, lei perfeita do Deus perfeito, marido perfeito, esposa perfeita, ambiente perfeito, andar com Deus perfeito, felicidade perfeita - tudo estava numa condição perfeita! "Deus fez ao homem reto, mas eles buscaram muitas invenções", Ecl. 7:29.

O Tentador. Lúcifer que apareceu na forma de uma serpente. Ele era anjo criado por Deus de luz, estrela da manhã, filha da alva, estava no Éden, perfeito em formosura, era querubim ungido para proteger, estava no monte santo de Deus, andava no meio das pedras afogueadas e era perfeito nos seus caminhos. (Isa. 14. Ez. 28). Mas, ele caiu deste estado, porque queria subir ao céu, se exaltar como Deus, se assentar no trono de Deus e ser Deus mesmo. Para fazer isto, tinha que destronizar Deus. Porque esta iniquidade foi achada nele, ele caiu do céu e se tornou o tentador, acusador, enganador, assassino, mentiroso, maligno, antiga serpente, dragão, leão, diabo, Satanás, opositor e inimigo de Deus e do homem. Ele é muito poderoso e perigoso, o deus deste mundo e o príncipe das potestades do ar. Foi ele que apareceu no Jardim do Éden na forma de uma serpente para tentar Eva desobedecer a Deus. A maneira que Satanás tentou Eva é uma obra-prima de sutileza, engano, mentira, astúcia e fraude.

Os Tentados. Eva, a esposa criada para Adão e para servir Deus em fidelidade. Observa algumas coisas sobre a tentação de Eva. O diabo aproximou-se a ela quando estava sozinha e perto da árvore proibida. Eva estava sem Adão presente para dar conselho e aviso. Tentação fica pior quando estamos sozinhos, sem a comunhão dos outros. A comunhão dos irmãos dá força, segurança e proteção contra a tentação do diabo. Se não quiser comer da fruta proibida, fica longe da árvore proibida. Satanás atacou o vaso mais fraco, para que pudesse pegar Adão. A mulher ficou enganada e por isso desobedeceu; mas Adão fez sabendo o que estava fazendo quando desobedeceu o mandamento de Deus. (I Tm. 2:11-15). Porque Adão fez então? Ele escolheu e preferiu ficar com Eva do que Deus. Adão escolheu voluntária e deliberadamente seguir a sua esposa porque ela pediu e desobedecer a Deus. Sem dúvida, o pecado de Adão era maior do que o de Eva. A raça humana caiu em Adão, não em Eva (Rm. 5:12). O Salvador veio através da mulher, não do homem. Então, é mais fácil enganar a mulher do que o homem, e que a fraqueza do homem é a mulher.

A Tentação. Satanás colocou dúvida na mente de Eva sobre a Palavra de Deus. Ele questionou o mandamento de Deus. Foi isto mesmo que Deus disse? Foi isto mesmo que Deus significou? Pode ser de outro significado? Também, ele mentiu quando disse: "Certamente não morrereis". Esta é uma negação da Palavra de Deus. Satanás chamou Deus de mentiroso e deu a ela a esperança de não sofrer o castigo e a pena da desobediência. Além de tudo isto, o diabo deu a entender que Deus estava proibindo e escondendo uma coisa que era boa para fazer (v. 5). A tentação já tinha pegada nela (v. 6), ela estava duvidando e desconfiando na Palavra de Deus. Era uma afronta e insulto contra Deus. Foi por isto também que Lúcifer caiu; ele queria ser Deus. Nota a promessa de Satanás; "sereis como Deus". Ainda é isto que Satanás e o homem querem. Os dois querem decidir por se mesmo o que seja a verdade e que conhecer o mal possa dar um conhecimento desejável e bom. A promessa de Satanás ainda é a mesma: "pela prática do mal o homem pode aumentar seu conhecimento da verdade, poder e prazer". O diabo diz que a verdadeira sabedoria vem através do fazer e aceitar das coisas que Deus proibiu. É a promessa da satisfação imediata e uma grande mentira.

O Resultado da Queda. Então, o primeiro casal caiu no pecado. Logo eles sentiram a culpa e vergonha do seu pecado. Sabemos isto porque eles coseram folhas de figueira para fazer roupas para cobrir a sua nudez. Antes eles andavam nus e não sentiram esta culpa e vergonha. Mas, agora estavam sentindo-a por causa do seu pecado e queda. A única coisa que mudou a sua inocência para culpa e vergonha era a entrada do pecado. Nudez é uma vergonha natural que é o resultado da queda e somente a gente que está endurecida no seu pecado e rebelde contra Deus não se sente nem respeita mais esta vergonha. Deus deixou-os bem vestidos e desde daquele dia o homem está tirando a sua roupa em rebelião contra Deus.

Jeová Jesus passeava no Jardim do Éden como ele tinha o costume de fazer todo dia pela viração do dia. Jeová Jesus falou, mas eles não disseram nada porque estavam se escondendo de Deus. É isto mesmo que o homem perdido faz, porque não quer nenhum contato com Deus. Jeová chamou a Adão e Adão respondeu que eles estavam com medo dele e por isso se esconderam. O homem caído tem medo de Deus porque ele sabe que é pecador. Adão revelou a desobediência deles quando falou sobre a sua nudez, mas ele não confessou o seu pecado, culpa nem vergonha. O homem sabe que é pecador, mas fica sem capacidade para deixar o seu pecado. Este primeiro casal fez o que o homem sempre faz quando está enfrentado com seu pecado; culpou os outros. Adão culpou a sua esposa por seu pecado; "A mulher que me deste por companheira, ela me deu da árvore, e comi". Adão indiretamente culpou Deus por seu pecado. Eva culpou a serpente por seu pecado: "A serpente me enganou, e eu comi". O homem sempre tenta justificar o seu pecado dando a culpa dele para outra pessoa ou para uma circunstância. O primeiro casal acusou os outros e tentou desculpar o seu pecado. Somente estavam tristes que foram pegados. Há nenhuma desculpa que Deus aceita; somos responsáveis pessoalmente por nosso pecado. Podemos ver esta verdade pela maneira que Deus castigou cada um deles. O castigo é igual ao pecado. "E os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras" (Ap. 20:13).

Por causa do pecado e rebelião do homem Deus amaldiçoou a criação toda. A maldição pronunciada por Deus fica na mesma ordem que a tentação e pecado do homem aconteceu; primeiro Satanás (serpente), depois Eva e finalmente Adão. A serpente foi amaldiçoada, não por causa da sua própria culpa, mas como uma lembrança da condenação e fim de Satanás. Mas, a maldição da serpente é verdadeira e literal; ela é a criatura mais desprezada de todos os animais e anda sobre o seu ventre no pó da terra todos os dias da sua vida. Como ficou a serpente antes da queda? É por isso que Satanás é chamado a antiga serpente. A mulher (Eva) foi amaldiçoada com uma maldição dolorosa e humilhante porque ela tomou a iniciativa na transgressão contra Deus. O sofrimento da mulher no mundo tem sido grande, a dor da gravidez e de parto, o vaso mais fraco fisicamente, nas culturas não cristãs o tratamento dela ainda fica pior na consideração dos seus sentimentos e necessidades e a sua submissão ao seu marido e o domínio dele sobre ela. O homem (Adão) foi amaldiçoado com a maldição pior porque o grau do pecado dele era pior. Ele ouviu a voz da esposa e fez o que ela queria sabendo que era errado, pois ele não foi enganado. A maldição dele é quádrupla: Terá uma vida misturada com dor toda a vida, A terra fica contra ele porque tem espinhos e cardos, Trabalhar é para ser difícil (trabalhar não é a maldição, mas é o suor no trabalho) e a Morte. A criação toda sofreu o resultado da queda; universo, sol, lua, astros, plantas, animais, porque tem doença, bactéria e espinhos e cardos (Rm. 8:18-23. Hb. 9:23).

Deus disse: "De toda a árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore da ciência do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás" (3:17). A morte que é o resultado do pecado de Adão é tripla. A Morte Espiritual, Adão e Eva sofreram logo esta morte e por isso todo homem já nasce pecador (Rm. 5:12). Ele está morto em ofensas e pecados, não tem vida espiritual. A Morte Física, todos morrem fisicamente porque são pecadores. A Segunda Morte, a eterna separação de Deus no inferno. Somente os salvos por Jesus Cristo vão escapar desta morte (João 5:24. Ap. 20:6). O salvo ganha mais em Cristo do que perdeu em Adão (Rm. 8:28-39. I Cor. 51-58).

9. A Graça de Deus em Gênesis 3.

A primeira promessa messiânica fica em Gn. 3:15. Mostra a graça maravilhosa de Deus, porque não tinha obrigação de dar seu Filho para salvar os seus eleitos do resultado do seu pecado. O homem caiu em pecado e perdeu tudo. Por isso o homem sofreu a condenação de Deus pelo pecado. "Mas, onde o pecado abundou, superabundou a graça" (Rm. 5:20). Nota as seguintes coisas que mostram a graça de Deus em Gênesis 3.

Deus Buscou O Pecador. v. 9. "Não há ninguém que busque a Deus" (Rm. 3:11). Observa também Sl. 14:1-4. Deus buscou o homem que estava se escondendo dele. Deus busca o pecador na salvação, não vice versa. (Rm. 10:20).

Deus Prometeu O Salvador. v. 15. Deus fez esta promessa pela graça, não pela obrigação. Existe uma inimizade irreconciliável entre Cristo e Satanás. Também entre o homem e Deus sem Jesus Cristo no meio dos dois. Jesus Cristo é a semente da mulher (não do homem), porque ele nasceu de uma virgem. Tinha que ser assim para que ele pudesse ser o Salvador. Ele tinha que ser o Deus-Homem para obedecer a lei de Deus perfeitamente e pagar a pena do pecado como o substituto do seu povo. É a promessa que Jesus Cristo (O Messias) ia vencer Satanás também. Cristo feriu mortalmente a cabeça de Satanás quando ele morreu na cruz pagando a pena do pecado dos Seus eleitos como o Cordeiro de Deus imaculado e incontaminado. Mas, no fazer disto ele foi ferido até a morte. O calcanhar refere à humanidade de Cristo, ele mesmo morreu para vencer Satanás, mas depois ressuscitou dos mortos vencendo Satanás eternamente. Jesus Cristo foi ferido no Calvário, mas ele venceu Satanás eternamente nisto e ganhou a vitória sobre o pecado para o seu povo eternamente. É a promessa do Salvador bem no princípio da Bíblia.

Deus Providenciou As Túnicas Para Cobrir A Sua Vergonha. Deus providenciou tudo necessário para cobrir o seu pecado pela graça totalmente livre e soberana. Deus podia ter deixado o primeiro casal perecer na sua condição de vergonha e desgraça, porque não foi a culpa dele que eles caíram. Mas Deus escolheu pela sua bondade e graça providenciar as túnicas para cobri-los. Isto mostra a necessidade que o homem tem de ser salvo da conseqüência do pecado, e o que ele faz para se salvar do seu pecado Deus não aceita, porque as obras (as folhas de figueira) do homem não são suficientes para isto. A salvação do homem dos seus pecados é totalmente a obra de Deus. "Do Senhor vem a salvação", Jonas 2:9. Observa que Deus fez (providenciou) as túnicas de cobrir seu pecado e nem pediu a ajuda deles. Deus sacrificou os animais para fazer as túnicas necessárias para cobrir a sua vergonha. Foi feito ao custo de sangue de um animal inocente. Figura o Cordeiro de Deus, Jesus Cristo o Filho de Deus, que foi sacrificado por Deus o Pai para salvar o pecador dos seus pecados. O Cordeiro de Deus imaculado, incontaminado e inocente derramou seu sangue para salvar o pecador dos seus pecados. O Cordeiro de Deus que ganhou a nossa justiça pela sua vida perfeita e pagou o preço dos nossos pecados é a única coisa que pode livrar, salvar, justificar e lavar o pecador dos seus pecados. Como este primeiro casal ficou vestido nas túnicas feitas por Deus, nós somos vestidos na justiça feita por Jesus Cristo. Estas túnicas não foram bonitas ao mundo, mas para Deus sim. Lembra-se do tabernáculo e sua cortina de peles de texugo em cima. Para o mundo o Cordeiro de Deus não aparece bonito nem desejável, porque a religião do mundo se preocupa mais com a beleza exterior, estética e agradável aos olhos do homem. Mas a religião de Deus vê e exalta a beleza de Cristo Jesus na sua justiça, santidade, amor, verdade, graça e salvação eterna, mas não as coisas físicas do prédio, nem sua mobília nem assessórios. O mundo não vê nem quer esta beleza de Cristo, porque está vista somente por dentro do tabernáculo (Cristo) e não por fora. Como é para nós a beleza de Jesus Cristo a coisa mais linda do universo.

Quando Deus fez as túnicas de peles para eles, Ele tinha que tirar as folhas de figueira antes de colocar as túnicas feitas por ele. Porque Deus não colocou as túnicas sobre as folhas de figueira. Tudo isto representa o arrependimento e a fé, e que a troca de roupa foi a obra de Deus. Mostra que na salvação o homem reconhece que tem necessidade da salvação em Cristo e que as suas obras (as folhas de figueira) não dão para isto porque são trapos da imundícia (arrependimento), e que só pela fé em Cristo Jesus e na obra feita na cruz (aceitar as túnicas feitas por Deus) é que pode ser salvo. O primeiro casal entregou as suas folhas de figueira antes de aceitar as túnicas. Observa Hebreus 6:1 que fala sobre o arrependimento de obras mortas e fé em Deus. Para fazer isto o primeiro casal tinha que admitir e confessar o seu pecado e vergonha; negar, rejeitar e repudiar as suas folhas de figueira; deixar tudo para aceitar as túnicas feitas por Deus. Foi Deus que vestiu-os, ele não deu as túnicas para eles se vestirem a si mesmo. Deus trouxe as túnicas já prontas para receber, ele não deixou nada restando para este primeiro casal fazer, era a obra de Deus todo feita. Aqui temos a Depravação Total do homem, a Chamada Eficaz, Expiação Particular, a Graça Irresistível e a Segurança Eterna. Ó que retrato bom da salvação que Deus providenciou para os seus eleitos. Para o salvo Jesus é tudo. "Do Senhor vem a salvação".

10. "O Sangue de Abel, O Justo". 4:1-16.

A verdade falada por Deus em Gn. 3:15 agora se mostra como a realidade. A inimizade entre a serpente e a semente da mulher se torna uma realidade. Esta inimizade entre a serpente e a semente da mulher quer dizer a inimizade que fica entre Satanás e Cristo e entre o mundo e os salvos por Jesus Cristo. Caim e Abel mostram esta inimizade: Abel fala dos salvos e Caim dos não salvos. Esta é uma inimizade, conflito, combate e desacordo que não pode ser resolvido pelo homem, só por Deus, e os crentes em Jesus devem entender que este mundo nunca foi, não é e nem será o amigo deles (João 15:18-21). Porque Caim matou seu irmão? Por várias razões, vamos observar algumas. Caim e Abel eram filhos dos mesmos pais; Caim era ímpio e Abel um justo. A religião de Caim era puramente segundo a sabedoria dos homens. Ele achou que ia ser aceitado por Deus pelo melhor que podia fazer e oferecer, a obra das suas próprias mãos. Esta oferta das suas mãos que Caim trouxe ao Senhor foi rejeitado por ele porque não foi a oferta aceitável por Deus. Qual oferta foi aceitável? A oferta que Abel trouxe: uma ovelha primogênita. Caim rejeitou a Palavra de Deus e confiou na sua própria sabedoria para agradar Deus. Ele colocou as suas próprias opiniões acima da Palavra de Deus. Ele não foi homem de fé em Deus e na sua Palavra. Deus rejeitou sua oferta porque; não tinha sangue (só o sangue do Cordeiro faz o homem aceitável com Deus), foi o fruto da terra maldita e foi a obra das mãos do homem depravado. Mas, Abel confiou na Palavra de Deus e trouxe a ovelha sacrificada e por isto foi aceitado por Deus. "Eis o cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo".

Observa as heresias de Caim:

1. Ele ignorou pecado, pecado tem que ser expiado e a ira e a lei de Deus satisfeitas.

2. Negou a depravação total do homem, achou que Deus aceitaria as suas obras contaminadas de pecado pela sua salvação.

3. Ele não aceitou a Palavra de Deus nem fez ela a base da sua religião.

4. Negou a eficácia do sangue do cordeiro, achou desnecessário o sangue e que ele mesmo podia agradar Deus sem o sangue. Esta é a heresia (mentira) da serpente (o diabo) e continua sendo o que o homem depravado aceita. Dá para ver a inimizade que fica entre a serpente e o Cordeiro de Deus.

O pior tipo de ódio é o ódio religioso (Lc. 11:47-51, I João 3:12). Foi um assassinato premeditado e sem vergonha. Caim convidou Abel para o campo com a intenção de matá-lo. O primeiro assassinato foi o resultado do ódio religioso. Mostra para sempre para os crentes em Jesus a inimizade que fica entre Satanás e Cristo, e o mundo e os salvos. Foi por isso que mataram Jesus Cristo e todos os mártires batistas. Mais sangue tem sido derramado por isso do que qualquer outra razão. Porque o mundo odeia e ataca os salvos? Porque odeia e mataria Deus se fosse possível, porque são do seu pai, o diabo.

A descendência toda de Caim morreu no dilúvio. É simbólico do fim dos filhos do Diabo na Segunda Vinda de Cristo. Um dia O Senhor Jesus Cristo vai ferir a cabeça da serpente uma vez para sempre. Neste dia todos eles serão lançados no lago de fogo eternamente (Ap. 20:1-15).

11. Genealogias. 4:17-5:32.

Em 4:17-14 tem a descendência de Caim. O pai desta descendência era um rebelde, maldito e assassino. A descendência dele inventou vários tipos de artes, ciência, fabricação e o aperfeiçoamento da música. É a primeira vez que a música está falada na Bíblia. No versículo 23 a primeira poema está falada na Bíblia. Lameque é o primeiro homem na Bíblia que tomou duas esposas. Esta civilização era contra Deus e desviada das coisas de Deus.

Em 4:25-5:32 tem a descendência de Sete. O pai desta descendência era o terceiro filho de Adão e Eva e o servo de Deus. O nome Sete significa "constituído" ou "ordenado". Muitos acham que Eva pensou que Sete era o Messias prometido pelo Senhor. Pelo menos mostra que era através desta descendência que o Messias ia nascer. Há somente dois homens em capítulo 5 que tem mais falado sobre eles do que só seu nome, nomes dos seus filhos e o total dos anos que viveu: Enoque (v. 22) e Noé (v.29). Diz que Enoque andou com Deus; deve ser que ele andou com Deus numa maneira tão especial. Diz que através de Noé ia nascer o Messias. O nome Noé significa consolação, repouso ou descanso. O Messias veio através de Noé e seu filho Sem. Como é que Noé nos deu a consolação, repouso, descanso ou a salvação da maldição do universo por causa do pecado? Por Jesus Cristo, o Messias de Deus prometido que veio através da genealogia de Noé. Tudo isto não ensina a eleição da graça de Deus??

Observa algumas coisas que as Genealogias podem nos ensinar.

1. Deus não cumpre a Sua vontade com pressa. Deus faz tudo com paciência na hora certa; não muito cedo, nem tarde demais, mas tudo na hora certa dEle.

2. Deus é fiel. Tudo que Ele planejou e prometeu fazer, Ele faz sempre com toda fidelidade.

3. O Senhor Jesus Cristo; o Filho de Deus, o Rei dos Reis, e o Salvador, está identificado com pecadores. Porque Ele nasceu da descendência pecaminosa. Por isso damos graças a Deus. Se não fosse, Ele não seria nosso Salvador. Observa alguns versículos; Is. 53:9 e 12, Mt. 9:11, Lc. 7:34, 19:10, I Tm. 1:15.

4. Todos os homens nascem pecadores, porque todos tem o mesmo pai (Adão, Rm. 5:12).

5. Todos os homens morrem. É o resultado da queda do homem. Gn. 2:17. Ez. 18:4. Hb. 9:27.

6. Deus mandou o Salvador para salvar o pecador dos seus pecados. Gl. 4:4-5.

12. Noé e o Dilúvio. 6-9.

O Mundo Antes do Dilúvio 6:1-7. O mundo piorou muito depois da queda de Adão e a rebelião de Caim. Piorou tanto moralmente quanto espiritualmente, até ficou insuportavelmente pecaminoso. Os pecados proeminentes eram de todo tipo imaginável (v. 5). Observa o pecado deste povo; imoralidade de todo tipo, estupro, poligamia, rebelião, assassinato, violência, assaltos, desconsideração de Deus, ocultismo, paganismo, religião falsa e muito mais. A Bíblia diz: "E viu o Senhor que a maldade do homem se multiplicara sobre a terra, e que toda a imaginação dos pensamentos de seu coração era só má continuamente" (v. 5). Parece que tomou a conta não só da descendência de Caim, mas também a de Sete. É por isso que Deus destruiu a terra com o dilúvio (v. 6-7). Nota que Deus deu um aviso que ia destruir a terra por causa da sua rebelião (v.3). Foi durante este tempo de 120 anos que Noé pregou ao povo. Observa Mt. 24:37-38.

O que significa v. 2 e 4? Vamos examinar estes dois versículos. Os filhos de Deus se referem aos anjos ou aos salvos? As vezes são anjos (Jó 1:6, 2:1, 38:7); outras vezes são salvos (João 1:12). Vamos dar três interpretações e mostrar qual é que faz mais sentido.

1. Os filhos de Deus são anjos caídos que praticaram imoralidade com as filhas dos homens e tiveram filhos que eram monstros em tamanho e maldade. Não pode ser porque os anjos não podem se casar, nem fazer o ato sexual com a raça humana (Mt. 22:30). Ficar sem se casar não é a mesma coisa de ser sem sexo, só significa que não se casam. Porque os anjos de Deus sempre são identificados como masculinos. Mas os anjos caídos são depravados demais com todo tipo de desejo impuro. Eles não podem cumprir seus desejos impuros literalmente, mas eles podem possuir os corpos dos homens para fazer isto.

2. Os filhos de Deus são a descendência de Sete (salvos) que se casaram as filhas da descendência de Caim (perdidos). Esta interpretação faz sentido e é bem possível. Porque a Bíblia condena muitas vezes o casamento entre descrentes e crentes. Mas isto não explica porque os filhos nascidos destes casais eram gigantes, valentes e de fama. A palavra gigante significa ser gigante e tirano ou brigão. A palavra valente significa ser tirano, guerreiro, forte e grande. A palavra fama significa o homem respeitado, honrado, autoritário, famoso, de reputação valente, como a marca da sua individualidade. Eles eram homens de muita força, violência, rebelião e conhecidos por isso. Parece que tem mais do que só uma coisa física aqui, mas também espiritual.

3. Uma outra interpretação existe. Estes filhos de Deus são homens possuídos pelos demônios que tomaram (não diz casaram) as mulheres bonitas para praticar imoralidade. É por isso que seus filhos eram monstros de violência, força, rebelião e tirania. Porque eles nasceram possuídos pelos demônios. Observa o que Judas e Pedro dizem sobre alguns anjos caídos (demônios): Jud. 6-7. II Pd. 2:4. Estes demônios podem ser os piores que Deus deixou presos, porque são perigosos demais. Parece que a atividade demoníaca no mundo daquela época era grande, forte e mundial. Espiritismo, feitiçaria, ocultismo, satanismo, astrologia, possessão demoníaca, Nova Era e OVNI (objetivo voador não identificado) são coisas presentes também. Tem OVNI que ninguém pode explicar. "Como foi nos dias de Noé, assim será também a vinda do Filho do homem", Mt. 24:37. Nota estas passagens: Lc. 21:11, Ef. 2:2, 6:12. Mas Enoque andou com Deus nesta época e foi arrebatado antes do dilúvio.

O Dilúvio Anunciado e Cumprido. 6:8-8:22.

Deus mandou Noé fazer uma arca, porque Deus ia destruir a terra com água e tinha decidido salvar Noé e a sua família da destruição pela sua graça. Deus deu para Noé a medida completa da arca; 150 metros de comprimento, 25 metros de largura e 15 metros de altura. Deus mandou fazer a arca com 3 andares, cada andar dividido em compartimentos. Então, deu o total de 56.000 metros cúbicos mais ou menos. Era igual a 560 carros de trem. Cada carro de trem cabe 240 ovelhas, então a arca podia caber mais de 125.000 ovelhas. É calculado que a arca tinha na faixa de 75.000 animais. Parece que a ovelha é o tamanho médio dos animais, por isso sabemos que tinha bastante espaço na arca para todos os animais. A arca de Noé tem a dimensão perfeita para flutuar sobre a água sem emborcar (afundar). A marinha e os engenheiros dizem que um navio feito desta dimensão pode se inclinar até quase 90 graus na água sem afundar-se. Até hoje em dia é o padrão perfeito para fazer qualquer tipo de navio moderno. Não é maravilha, porque foi o Engenheiro e Arquiteto Divino que deu o padrão perfeito. A arca foi feita na forma de uma caixa, não foi feita para viajar, só flutuar. A arca foi feita de madeira dura (Gófer, muitos dizem que é a cipreste) e coberta de betume por dentro e por fora. Assim a madeira resistiu a água do mar sem ficar cheia de água e afundar, não apodreceu e todas as brechas e buracos ficaram seladas. A arca tinha uma janela em cima, e parece que ficou ao redor da arca toda, de 50 centímetros. A janela serviu para deixar o ar e a luz entrar. Também a arca tinha uma porta ao seu lado, a Bíblia não dá a medida da porta, mas tinha que ser mais ou menos grande para deixar os animais grandes entrar.

Deus mandou levar na arca 7 de cada animal limpo e só 2 de cada animal sujo. Porque 7 de cada animal limpo? Para depois fazer sacrifícios ao Senhor? Gn. 8:20-22. Como foi que todos os animais chegaram para entrar na arca? Noé tinha que ir procurá-los e depois trazê-los para a arca? Não, foi Deus que mandou-os para entrar na arca sozinhos (Gênesis 6:20). Até na escolha dos animais Deus mostrou a sua eleição soberana e livre! Mas, recolher e guardar a comida para todos (homens e animais) era a responsabilidade de Noé e a sua família (Gênesis 6:21). Deve ser que os animais comeram menos do que normalmente, porque ficaram quietos, deitados e/ou hibernando durante este tempo.

Este dilúvio que Deus prometeu mandar e depois mandou mesmo era universal. Observa Gn. 7:19-24. Não foi um dilúvio local, mas a água cobriu a terra toda e até as montanhas mais altas. A água ficou 30 metros acima dos montes mais altos da terra. Por isso, toda a carne na terra toda morreu. As únicas criaturas e pessoas que sobreviveram eram as que estavam na arca. A palavra dilúvio na língua hebraica é "mabbul". O significado desta palavra é "cataclismo hidrológica". Esta palavra está reservada no Velho Testamento para descrever o "Dilúvio de Noé" exclusivamente. Esta palavra somente aparece no Velho Testamento em Gn. 6-9 e Sl. 29:10. Estas duas passagens falam do dilúvio de Noé. "Mabbul" não é a palavra normalmente usada para um dilúvio qualquer, porque outras palavras são usadas para um dilúvio local. O homem que nega que o dilúvio de Noé era universal, voluntariamente ignora isto, porque tem evidência inegável na Bíblia e também na terra que era universal.

O juízo de Deus destruiu todos justamente menos os que estavam na arca. Deus salvou alguns pela sua graça, os que estavam na arca. Eles não foram salvos por causa da sua justiça nem retidão. Nesta passagem (6:8-9) a palavra graça aparece pela primeira vez na Bíblia. A graça veio antes que Noé era justo e perfeito em suas gerações. Mostra que a graça de Deus é o que produziu na vida de Noé justiça e retidão. Não é que Deus viu em Noé justiça e retidão e por isso mostrou a ele graça porque ele mereceu ser salvo do dilúvio. Podemos ver que a salvação é puramente pela graça e que a justiça e a retidão na vida do salvo pela graça são produzidos pela graça de Deus. Esta história é simbólica do juízo de Deus que virá para destruir toda pessoa futuramente, e só as pessoas que estarão seguras contra a ira da sua vingança, são as que são salvas pela graça do nosso Deus bondoso, que estarão na arca da salvação eterna, Jesus Cristo. Elas serão salvas pela graça de Deus, como Noé e sua família (Gênesis 6:8).

Depois de 120 anos, no ano 600 da vida de Noé, Deus mandou Noé entrar na arca com sua família e todos os animais 7 dias antes da chuva começar e Deus fechou a porta da arca por fora (Gn. 7). No ano 600, no mês segundo, aos 17 dias do mês, a água começou encher a terra toda. A água que inundou a terra toda veio: das janelas dos céus (da água que ficou sobre a expansão caiu sobre a terra na forma de chuva Gn. 1:6-8, 7:11), e de todas as fontes do grande abismo (da água pressurizada das cavernas no centro da terra Gn. 7:11). A água do dilúvio ficou na terra durante um ano e 11 dias, ou um total de 371 dias, cada mês judaico tem 30 dias só (Gn. 7:11 com 8:13-14). Noé e sua família ficaram na arca durante 378 dias, porque entraram 7 dias antes da chuva começar.

Em Gênesis 8:1 a Bíblia diz que "Lembrou-se Deus de Noé". Deus não esquece os seus servos nunca. Ele é fiel para cumprir as promessas feitas para com os seus servos. Agora Deus lembra-se de Noé depois da destruição da terra toda, e começa tirar a água da terra para que Noé possa sair da arca. Deus fez algumas coisas para que isto pudesse acontecer. Observa-as:

1. Fez um vento passar sobre a terra e as águas aquietaram-se e começaram evaporizar.

2. Cerraram-se as fontes do abismo.

3. Deteve-se a chuva dos céus. O vento causou a água sobre a face da terra evaporizar e o vapor subiu para ficar nos céus (firmamento) na forma de nuvens. Os céus estavam vazios de água, porque tinha chovido toda a água do firmamento na terra durante 40 dias. A água toda tinha vazada do grande abismo, por isso a água podia voltar encher as cavernas vazias da terra novamente. Deve ser também que algumas das cavernas vazias caíram em colapso, deixando o mar mais profundo em alguns lugares. Também agora tem mais mar do que antes do dilúvio e menos terra. Muita desta água congelou e fez as regiões polares (ártico e antártico). Assim a água sobre a face da terra baixou.

Tudo isto começou acontecer depois de 150 dias (7:24). Foi neste dia que a arca repousou sobre os montes de Arará (8:3-4). No décimo mês e no dia primeiro do mês apareceram os cumes dos montes (8:5). Depois de mais 40 dias Noé soltou um corvo e uma pomba. O corvo não voltou, mas a pomba sim (8:6-9). Porque foi assim? Depois de 7 dias Noé soltou a pomba novamente, esta vez ela demorou para voltar, só a tarde, e tinha uma folha de oliveira no seu bico (8:10-11). Por isso Noé sabia que a água tinha baixada bastante. Depois de mais 7 dias Noé soltou a pomba novamente, e esta vez ela não voltou mais (8:12). No ano 601 da vida de Noé, no mês primeiro, e no dia primeiro do mês as águas se secaram de sobre a terra e Noé saiu da arca e todos com ele (8:14-19).

Algumas observações sobre dilúvio.

1. A terra ficou cheia de morte, sujeira, mau cheiro e destruição: uma lembrança do pecado e seu resultado, e da ira e da justiça de Deus.

2. A palavra graça está escrita pela primeira vez na Bíblia em 6:8; foi só por isso que Noé e os outros foram salvos da destruição do dilúvio.

3. A arca foi o único lugar seguro durante o dilúvio; como Cristo é o único lugar de segurança para ser salvo da ira de Deus que vem.

4. Como Noé pregou para um mundo rebelde, pecaminoso e condenado até o fim; nós devemos pregar para os perdidos do mesmo jeito.

5. Como o corvo ficou satisfeito de estar no mundo sujo comendo podridão, andando na sujeira e sem voltar à arca; o homem depravado com a sua natureza pecaminosa está satisfeito em praticar pecado, andar na sujeira de pecado e viver sem Cristo o Salvador.

6. Como a pomba não ficou satisfeita nem sentiu bem no mundo de corrupção, nem achou lugar para ela, porque a sua comida é diferente do que o corvo, nem o mundo tinha nada oferecer, e por isso tinha que voltar para a arca para ter segurança, paz, alegria e satisfação; o homem nascido de novo não se sente bem neste mundo do pecado, mas só acha segurança, paz, felicidade e satisfação em Cristo. Como a pomba voltou com a folha de oliveira no seu bico; o salvo anda no mundo com o Evangelho de Cristo na sua boca, que é a paz de Deus.

7. Noé andou com Deus fielmente num mundo todo entregue ao pecado; nós devemos e podemos também.

8. A única maneira possível de passar do mundo velho (antes do dilúvio) para o mundo novo (depois do dilúvio) era pela arca; a única maneira possível de passar deste mundo para o céu é por Jesus Cristo, nossa arca (refúgio eterno) de segurança eterna.

9. A ira prometida de Deus veio para destruir a terra justamente; pela promessa de Deus a ira dele virá outra vez para a destruição eterna e justa.

10. Como Deus convidou Noé para entrar na arca particular e eficazmente; Deus convida os seus eleitos para Cristo da mesma forma.

11. Como Noé entrou na arca pela fé (confiando em Deus para a sua salvação); os eleitos são salvos pela fé em Jesus Cristo, o Salvador.

12. Como foi só um refúgio certo para escapar da ira de Deus nos dias de Noé; existe um só refúgio certo para escapar da ira de Deus que vem, Jesus Cristo, o único Salvador.

13. Como Deus cumpriu a sua promessa para salvar Noé e todos que estavam com ele; Deus cumprirá a sua promessa para salvar eternamente os seus filhos da ira que vem.

14. Como Noé mostrou o seu gratidão dando sacrifícios logo depois que saiu da arca; nós devemos mostrar nosso gratidão a Deus pela nossa salvação dando nos mesmos a Deus como sacrifícios vivos, santos e agradáveis.

15. O dilúvio é uma grande demonstração da ira divina, justiça divina, depravação humana, amor divino, graça divina, Cristo o Salvador, salvação e muito mais ainda.

O Concerto de Deus com Noé e a Sua Semente. 9:1-19. Este capítulo fala sobre o mundo novo e seus habitantes. Desta família o mundo foi povoado novamente. Deus falou as mesmas palavras com a família de Noé que tinha falado com Adão e Eva (Gn. 1:28 e 9:1). O mundo se encheu de 8 pessoas para ser mais do que 4 bilhões de pessoas agora.

O concerto que Deus fez com Noé foi feito também com a sua semente e toda alma vivente. Este concerto foi feito com Noé pela graça e era incondicional. Não dependeu do homem, mas de Deus só. O concerto de graça que Deus fez com os seus eleitos é totalmente pela sua graça soberana e livre, e será cumprido porque ele prometeu nos salvar eternamente. Observa algumas coisas sobre este concerto.

1. A promessa de não destruir mais a terra pelas águas do dilúvio (8:21, 9:11-17).

2. O sinal desta promessa de não destruir mais a terra por um dilúvio é o arco (arco-íris), nota que este arco não tem flecha. Porque não tem flecha? Porque a ira (o dilúvio) de Deus já tinha passado para nunca mais voltar acontecer. É a mesma coisa com os eleitos de Deus, a ira de Deus passou eternamente, o arco da sua ira não tem mais flecha para nós, ALELUIA!

3. A continuação das estações até o fim do mundo (8:22).

4. O homem terá o domínio sobre todos os animais da terra (9:2).

5. A carne dos animais servirá para a comida do homem, sendo tirado o sangue, porque é proibido comer sangue (9:3-4, Atos 15:28-29).

6. A pena da morte estabelecida pelo assassinato, nota que foi estabelecida antes da lei de Moisés, por isso não faz parte da lei de Moisés, mas é a lei de Deus que continua sendo válida até o fim (9:6, Rm. 13:1-5). Isto mostra para nós que a vida do homem é preciosa e que devemos fazer o melhor para preservar e proteger a vida do homem. Também que o assassino merece a pena da morte. Porque o homem é feito na imagem de Deus, o animal não é. O animal tem corpo e alma (9:10), mas o homem tem corpo, alma e espírito.

Três filhos de Noé saíram da arca com ele; Sem, Cão e Jafé (9:18-19). Diz que Cão é o pai de Canaã, ou dos Cananitas. Era um povo idólatra, pecaminosa e rebelde, que morava na terra prometida quando Josué e Israel chegaram lá para ficar. Destes três filhos se povoou toda a terra. Mais sobre eles no capítulo 10.

O pecado de Noé e de Cão. 9:20-29. É a primeira vez que a bebida alcoólica é falada na Bíblia e é coisa ruim, e continua sendo ruim na Bíblia toda. Porque Noé, o pregador de justiça e homem de muita fé em Deus, fez isto? Alguns tentam desculpar o pecado dele na maneira seguinte. Fermentação era uma coisa nova que somente começava acontecer depois do dilúvio com a mudança do ambiente mundial, e por isso Noé não sabia o que estava acontecendo e que o vinho alcoólico tinha a capacidade de embriagar. Esta é uma possibilidade com certeza. Mais provável é que isto mostre que o homem justo e salvo pela graça pode cair no pecado sem muito cuidado, porque Deus não deu desculpa pelo pecado de Noé e com certeza se tivesse desculpa Deus tinha dado para mostrar a inocência dele. Podemos aprender algumas coisas boas através desta história bíblica.

1. A bebida alcoólica é para ser evitada. Porque só inclina-se para o pecado.

2. Satanás sempre está pronto para aproveitar a oportunidade de causar um homem justo cair.

3. O vinho é a corrupção da natureza da uva, da mesma maneira a bebida alcoólica corrompe uma nação moral e espiritualmente.

4. A única maneira certa de não ficar bêbado, é não tomar o primeiro pingo.

5. A bebida alcoólica só dá vergonha e desgraça para a pessoa e a família.

6. A bebida alcoólica tira a inibição da pessoa deixando-a fazer muita coisa que normalmente não fazia.

O pecado de Cão é mais ruim do que aparece por um olhar rápido. Alguns dizem que foi um desejo e ato homossexual da parte dele por causa da frase "e soube o que seu filho menor lhe fizera" no v. 24. É uma possibilidade por causa do castigo muito severo que recebeu do Senhor depois. Com certeza a Bíblia diz que ele olhou para o seu pai nu na sua tenda. O sentido desta palavra "viu" (v. 22) significa olhar com satisfação. Ele gostou do fato que seu pai tinha caído no pecado, porque ele tinha guardado no íntimo do seu coração rancor e ódio contra seu pai e a sua moralidade, justiça e autoridade. Ele ficou feliz e olhou com satisfação maligna para o seu pai caído no pecado. Diz também que ele foi contar isto para seus irmãos. "Fê-lo saber" (v. 22) significa que ele contou isto para seus irmãos com "muito prazer". Ele tinha ressentimento contra os ensinos e regras justos que tinha sido ensinado.

O castigo de Cão ficou severo porque o pecado era terrível. O mais severo que fica o pecado, o mais severo é que fica o castigo. Observa alguns versículos sobre este assunto. Mt. 10:15; 11:23-24. Mc 12:40. Ap. 20:12. O castigo que Deus deu para Cão e a sua descendência é que ia ser o servo para todos os outros; mas principalmente para a descendência de Sem (a descendência de Israel). E tem sido exatamente assim no mundo daqueles dias até agora. O povo da África tem sido isto mesmo: escravos, inventores, trabalhadores físicos, e etc.

Deus abençoou Sem (e a sua descendência) como o povo que ia ser honrado com o serviço do Deus vivo; Tabernáculo, Templo, Revelação Divina (Velho Testamento e a maior parte do Novo), as Primeiras Igrejas e o Messias veio através dele. Canaã sempre tem oposto Sem, mais Deus sempre protege este povo. Jafé (e a sua descendência) recebeu a bênção de poder segurar e habitar nas maiores e melhores partes do mundo. É que tem dominado e controlado o mundo daqueles dias até hoje. Este povo tenta fazer paz com Sem (habite nas tendas de Sem) e participa nas bênçãos de Sem (foi enxertado em lugar de Sem, Rm. 11:17-19). Também que Cão ia ser o servo de Jafé.

13. Os Descendentes de Noé. 10:1-32. Este capítulo nos dá o relatório da dispersão dos povos da terra em suas próprias regiões genealógicas e geográficas depois do dilúvio. Podemos ver que foi Deus que decidiu isto, e que depois tudo ficou exatamente como Ele mesmo tinha decidido. Tudo isto não aconteceu somente por acaso, porque Deus falou o que ia acontecer antes que aconteceu, não depois, e podemos observar que ficou como Deus falou que ia ficar.

Jafé. v. 1-5. Este povo é o que nós chamamos hoje em dia os indo-europeus. Eles ficaram na Europa, a maior parte da Ásia e as ilhas que ficam ao litoral de Europa e da Ásia. Depois chegaram até os continentes da América do Norte e do Sul. Nota que é uma área grande como Deus tinha dito em 9:27. Jafé é inclusive dos seguintes povos: Gregos, Romanos, Alemães, Celtas, Escandinavos, Finlandêses, Holandeses, Russos, Citas, Turcos, Medes, Ingleses, Franceses, Italianos, Húngaros, e outros povos da Europa.

Cão. v. 6-20. Nos versículos 19-20 dá a região geográfica da descendência de Cão. A região dele começou com o Egito indo para o sul incluindo o continente da África todo. No versículo 6 tem os nomes dos filhos dele: Cuse, Mizraim, Pute e Canaã. Observa quem são estes povos hoje em dia: Cuse é Etiópia, Mizraim é Egito, Pute é Líbia e Canaã é a África e Arábia. Observa que este povo não ficou satisfeito em ficar na sua região dada por Deus, mas depois invadiu a terra de Sem e até hoje em dia está lutando contra Sem (em particular Israel) para tomar a conta da sua terra.

Sem. v. 21-32. Deus deu para este povo a terra descrita em Josué 1:4; a fronteira do norte é Líbano até o Golfe Pérsico; a fronteira do sul é os mares mediterrâneo e vermelho. A palavra hebreu vem da palavra Éber no versículo 25. Abraão era da genealogia de Éber (11:10-26). A descendência são os seguinte povos: Assírios, Caldeus, Sírios e Judeus.

Observa que diz no versículo 25 que a terra se repartiu nos dias de Pelegue. O que significa que a terra se repartiu? Há duas opiniões acerca disto. Alguns dizem que a terra ficou antigamente como um continente só e que nos dias de Pelegue este um só continente começou se repartir (ou dividir) e fazer os vários continentes que existem hoje em dia. É uma grande possibilidade que isto seja a verdade. Depois do dilúvio pode ser que a terra ficou com uma energia abaixo da terra (por causa do grande abismo vazio e etc.) que criasse este movimento e divisão da terra em continentes separados. Não é uma coisa provada com certeza, mais é uma possibilidade. Porque os continentes todos podem ser ajuntados como um só continente (um cabe com os outros formando um só continente). Alguns dizem que somente fala sobre a confusão da Torre de Babel, e que Deus confundiu a língua e espalhou o povo em toda parte da terra, e isto aconteceu nos dias de Pelegue. Com certeza isto mesmo aconteceu.

Devemos observar o que este capítulo fala sobre Cão, Cuse e Ninrode. Parece que Cão não gostou da maldição divina que ficou sobre ele, mas que ficou cada vez mais rancoroso, ressentido e rebelde. Também que ele passou este ódio e rebelião para o seu filho Cuse e seu neto Ninrode. O rancor dele ficou aumentando até que quando seu neto nasceu ele recebeu o nome de Ninrode, que significa "vamos rebelar ou rebelde". Deus tinha dado para ele e a sua descendência a posição de ser os servos de Sem e Jafé, mas ele não aceitou e decidiu rebelar contra Deus, e foi isto mesmo que fez. Em vez de se submeter a vontade de Deus e servi-lo obedientemente, ele rebelou contra Deus e disse: "Vamos dominar, governar e reinar sobre os outros". Observa a frase no versículo: "este começou ser poderoso na terra". Também diz no versículo 9 que ele era "poderoso caçador diante da face do Senhor". A palavra diante nesta frase significa "contra" o Senhor. Todo isto mostra para nós que Ninrode era um guerreiro, rebelde, tirano e um líder de rebeldes na face do Senhor e que ficou contra a palavra, a vontade e a religião de Jeová. Observa que também diz no versículo 10 que ele invadiu a terra de Sem (terra de Sinear), estabeleceu o seu reino de Babel lá (que significa confusão) e a sua religião pagã, idólatra e falsa. De lá ele invadiu Assíria e edificou Nínive (v. 11, outra cidade religiosa, idólatra e pagã).

Desta religião que Ninrode começou, por causa da sua rebelião contra Deus, saiu toda religião falsa. Ela é chamada em Ap. 17:5: "Mistério, a grande Babilônia, a mãe das prostituições e abominações da terra". Porque é? Porque a religião que Ninrode começou é a fonte da religião falsa e idólatra. A Igreja Católica Romana (e as suas filhas) é a continuação da religião rebelde, idólatra e pagã que Ninrode começou. Esta é a religião de Satanás. A Torre de Babel que Ninrode edificou na terra de Sinear era um observatório dos astros dos céus. Porque a religião originada por Ninrode adorou as hostes dos céus, e principalmente o sol. Verdadeiramente esta é a religião de confusão e rebelião. Ninrode e a sua esposa se tornaram os deuses desta religião blasfema. A esposa de Ninrode (Semíramis) foi chamada a Rainha dos Céus e da Babilônia, a Madona, a Grande Deusa Mãe, a Mediatriz, a Mãe da Humanidade e a Mãe de Deus. Este casal inventou através da sua religião: o confessionário, o celibato dos sacerdotes, a cruz e o sinal da cruz e beijar a mão, roupa sacerdotal, adoração de pessoas e etc. Quando Ninrode morreu, Semíramis proclamou que ficou grávida milagrosamente (a verdade é que era adúltera) e o filho que nasceu era Ninrode reencarnado. Então, Semíramis e o seu filho (Tamuz) se tornaram a mãe e o filho que este povo idólatra adorou como Deus. Este filho (Tamuz) se tornou o deus do sol Baal, e Semíramis a deusa Asterote. Este povo celebrou a sua religião com muita imoralidade. Este povo odiou o povo verdadeiro de Deus e expulsou-o para re-estabelecer a sua religião pagã. Não é uma descrição da Igreja Católica Romana? Ela somente mudou os nomes de tudo isto, dando nomes bíblicos e cristãos, e continuou adorando as mesmas pessoas idólatras e pagãs (A Madona e seu Filho falso).

Tudo isto vai aumentando até o anti-Cristo chegar para ser o líder mundial e ser adorado como Deus. Foi tudo isto que Ninrode e Tamuz queriam: um só governo, religião e economia mundiais. Deus destruiu isto naqueles dias antes que Satanás pudesse cumpri-lo. Mas, Satanás não desistiu, ele ainda está trabalhando para isto (II Ts. 2: 3-8). Satanás cumprirá isto mesmo um dia (Ap. 13). É isto mesmo que o mundo quer: líder, economia, religião; uma nova ordem mundial. Mas, o Cristo verdadeiro não quer! Novamente Cristo virá para desfazer a obra de Satanás (II Ts. 2: 8-12).

14. A Torre de Babel. 11: 1-32. Este acontecimento é tanto importante quando o dilúvio. Dá-nos a origem das línguas e os característicos físicos humanos. É um evento que de verdade aconteceu e um milagre de Deus que mostra o juízo divino. Também revela a deterioração da condição moral e espiritual do mundo, de Ninrode e dos seus seguidores. Ninrode mesmo se tornou o deus deste povo que adorava as hostes dos céus (planetas, estrelas, lua e o sol principalmente). Eles de propósito deixaram os mandamentos de Deus e adoraram a criação de Deus em vez de Deus mesmo. Eles edificaram uma torre dedicada à adoração das hostes dos céus que eram seus deuses. É isto que o versículo 4 significa quando diz que edificaram "uma torre cujo cume toque nos céus". Era uma afronta contra Deus iniciado e introduzido por Satanás que se acabou na confusão. A Torre de Babel é um monumento ao pecado humano e não à bondade e faculdade inventiva humana. Mostra a depravação humana bem no princípio da Bíblia novamente.

Eles se acharam mais sábios do que Deus e Noé. v. 1-4. Eles racionaram que era melhor ficar juntos do que ser espalhados sobre a face de toda a terra. Mas, foi isto mesmo que Deus tinha mandado fazer (9:1-3). Quando o homem acha que é mais sábio do que Deus, o resultado sempre é confusão. Mas, quando o homem segui a verdade de Deus em confiança, o resultado é o contrário. Observa as razões humanas porque queriam ficar juntos e não ficar espalhados como tinha mandado.

1. v. 1. "E era toda a terra duma língua e duma mesma fala". Mais fácil comunicar, entender, trabalhar juntos, cooperar um ao outro e estabelecer uma nação.

2. v. 2. Era uma terra que podia suprir as necessidades do povo todo e espaçosa para receber uma população grande. Eles mostraram a sua falta de obediência e fé em Deus e na Sua Palavra. Porque Deus sempre abençoa o povo que segui e confia nos seus mandamentos pela fé. Mas, não abençoa desobediência e incredulidade.

3. v. 3-4. Eles resolveram edificar uma cidade e uma torre religiosa. Em vez de cumprir a vontade de Deus (ser espalhado na terra toda) e fazê-la com a proteção e bênção de Deus, eles preferiam depender da sua própria proteção e provisão. Em vez de adorar o Deus verdadeiro, eles preferiam adorar as hostes celestiais e esquecer Deus totalmente. Ó homens insensatos!

4. v. 3. Eles não acharam pedra nem material para fazer massa naquela terra para edificar a cidade e a torre, mas isto não impediram os seus planos malignos. Eles fizeram tijolo e usaram betume (tipo de asfalto ou piche, produto petróleo) como a massa. Eles estavam dedicados e determinados para fazer seus planos malignos. Ó como é o homem depravado persistente na sua obra má! O salvo deve estar tanto dedicado para fazer a obra de Deus quando o perdido está dedicado para fazer a obra de Satanás!

O que foi que eles edificaram e fizeram? v. 4.

1. Edificaram uma cidade com uma torre religiosa dedicada aos seus deuses falsos. É isto que significa a frase "cujo cume toque nos céus". Era um observatório para contemplar as hostes celestiais. Era uma torre feita como uma pirâmide com muitos andares. Estas torres foram feitas de andares de cores variadas representando os planetas. Cada andar era dedicado para uma das suas idolatrias. O cume dela foi dedicado à adoração das hostes celestiais. Este tipo de torre é chamado Zigurato e é um templo-torre. A palavra Babel na língua hebraica significa "confusão" e na língua caldaica "O Portão de Deus". Veja o estudo anterior sobre Ninrode, Semíramis e Tamuz. Era uma religião contra Deus, e que ficou em competição e rebelião contra Deus. Toda religião falsa começou aqui e tem a sua origem nela, e especialmente a Igreja Católica Romana (veja Ap. 17).

2. Eles disseram "façamo-nos um nome". Eles queriam ficar conhecidos e famosos na terra. Mostra o seu orgulho, rebelião, tolice e ambição malvadas. Observa o que Salomão disse: Prov. 10:7 e 22:1. Eles ficaram conhecidos mesmo, mas não de nome bom, mas de mal e rebelde. Queremos ser conhecidos como os servos fiéis de Deus? Então temos que procurar obedecer e servir o Senhor em verdade!

3. Eles queriam evitar ser espalhados sobre a face de toda a terra. Foi exatamente o que Ninrode queria, ser o líder da terra toda. Ele fez isto astutamente dizendo que era para o bem de todos. O desejo dele era egoísta e provocado por Satanás. É sempre assim que Satanás faz a sua obra. Ele diz que é para o bem do povo para seguir o seu plano, mas é puramente uma mentira, porque ele somente quer ser Deus e controlar todos os homens. Satanás ainda está trabalhando para este fim: a nova ordem mundial, um governo mundial, um líder mundial (anti-Cristo), um povo unido por ele, uma língua universal e uma religião mundial e universal. Com certeza, Satanás quer destronizar Deus e se tornar Deus mesmo. Foi por isto que ele caiu do céu (Is. 14 e Ez. 28). É isto mesmo que o povo do mundo quer? SIM, com toda certeza. Porque já disseram: "Solta Barrabás, mas crucifica Jesus", (27:21-23).

O Juízo de Deus. v. 5-9. Somente Deus merece ser o Rei dos reis, o Senhor dos senhores e adorado pelo homem. Deus não aceita que o homem dê a sua glória e adoração para alguma outra coisa. Por isso, Deus confundiu a língua deles. Observa que a TRINDADE é revelada no versículo 7: quando Deus fala neste versículo na primeira pessoa plural; "desçamos" e "confundamos". Observa algumas coisas sobre o juízo de Deus deles.

1. Deus é longânime. Deus deu tempo para o povo se arrepender do seu pecado e rebelião. Esta é uma misericórdia não merecida pelo homem.

2. Era a obra dos filhos dos homens (v. 5), não dos filhos de Deus. A religião falsa e a rebelião são a obra do homem depravado, não do homem regenerado pela graça e poder do Espírito Santo. Observa que Deus sempre tem na terra "um resto, segundo a eleição da graça" que "não dobraram os joelhos diante de Baal"; (Rm. 11:4-5).

3. Deus confundiu a obra de Satanás antes que pudesse terminá-la, mas não aniquilou-a totalmente (II Ts. 2:7). A sua vontade foi cumprida depois da confusão da língua dos homens, porque eles ficaram espalhados na face de toda a terra. Mas a obra de Satanás continua e continuará até que Jesus Cristo venha para destruir Satanás e a sua obra uma vez para sempre (II Ts. 2:8). Satanás não desistiu ainda de fazer e tentar cumprir a sua obra começada nos dias de Ninrode, mas ele continua e conseguirá futuramente. Mas, também Deus não desistiu e um dia ele destruirá Satanás e a sua obra para sempre. Naquele dia O Senhor Jesus Cristo será o REI DOS REIS da terra toda (Zc. 14:9-21).

A Genealogia de Sem até Abraão. v. 10-32. Até estes versículos (Gn. 1:1 - 11:10) a Bíblia contou a história da humanidade, mas daqui para frente a Bíblia conta a história do povo escolhido de Deus. Deus dá a genealogia da descendência de Sem até Abraão. Começando com capítulo 12 de Gênesis temos a história de Israel, e continuará dando-a até o Novo testamento. Mas, também o Novo Testamento continua dando a história do povo eleito de Deus, é só que no Novo Testamento esta história se torna e se mistura com a história do povo eleito gentio de Deus.

O PENTATÊUCO

O LIVRO DE GÊNESIS

A SEGUNDA DIVISÃO DO LIVRO - GÊNESIS 12 - 50

ABRAÃO A MOISÉS

Entre Adão e Abraão tem mais ou menos 2000 anos (4000 a. C. - 2000 a. C.). Entre Abraão e Moisés tem mais ou menos 500 anos (2000 a. C. - 1500 a. C.).

O esboço da segunda divisão de Gênesis 12 - 50 é o seguinte. 1. Abraão e Sua Vida, 12-25. 2. Isaque, o Filho de Promessa, 25-26. 3. Jacó e Seus Doze Filhos, 27-36. 4. José, o Salvador do Seu Povo, e Israel no Egito, 37-50. Neste período de tempo a Bíblia fala sobre quatro homens notáveis: Abraão, Isaque, Jacó e José.

1. Abraão e Sua Vida. 12-25. Abrão (o nome dele se tornou Abraão no capítulo 17:4-5, Abrão significa pai elevado, Abraão significa pai de muitas nações) era Semita. Sem era um dos filhos de Noé. Deus escolheu a descendência de Sem para receber a sua bênção pela graça. Deus escolheu Abrão para ser o pai da Nação de Israel pela graça. Deus escolheu Abrão para revelar a sua revelação e o plano da redenção do homem. A terra de Abrão era Ur dos Caldeus (11:31), que fica no sul de Babilônia, entre os rios Tigris e Eufrates, hoje em dia é Iraque. Era nesta região que Ninrode estabeleceu seu reino rebelde. Era uma terra civilizada, comercial, educada e cheia de idolatria. De lá Abrão saiu e ficou em Harã (11:31-32). Harã fica bem ao norte de Damasco. De Harã ele viajou para Siquém que fica na Palestina perto da cidade de Samaria (12:6). Quando houve uma grande fome na Palestina (12:10) ele foi ao Egito e depois voltou de lá muito rico para Betel da Palestina (13:2-3). Foi aqui que ele se separou de Ló e depois continuou morar na terra de Canaã (13:12).

O Pacto de Deus para com Abrão. 12-17.

1. Abrão foi chamado por Deus para sair da sua terra e ir para outra terra pela fé. v. 12:1-9. Deus chamou Abrão e fez um pacto com ele incondicional pela graça. Não dependeu de Abrão o que Deus tinha decidido fazer por ele, mas sim de Deus totalmente. A família de Abrão e Abrão mesmo eram idólatras? Observa Josué 24:2. Observa que Deus prometeu (a promessa sétupla) fazer para com Abrão: A. fazer dele uma nação grande, B. abençoá-lo, C. engrandecer seu nome, D. ele seria uma bênção, E. abençoar os que te abençoarem, F. amaldiçoar os que te amaldiçoarem, G. que nele todas as nações da terra seriam benditas (12:2-3). Também Deus deu para ele e a sua semente a terra da palestina para sempre. Porque e como Deus fez isto? Porque lhe agradou fazer pela sua maravilhosa graça. Foi Deus que decidiu fazer isto pela sua graça puramente e não porque Abrão pediu, nem porque mereceu, nem porque era homem bom e justo. Pela graça Deus cumpriu a sua vontade em Abrão e fez dele homem de muita fé e fidelidade. Foi isto mesmo que Deus fez e ainda faz.

2. Abrão falhou quando estava provado por Deus. v. 12:10-20. Quando houve uma prova na vida dele (a grande fome na Palestina), ele fez o que muita gente faz, fugiu para o Egito, que é simbólico do mundo. As vezes os salvos tentam resolver seus problemas e dificuldades de vida por si mesmo, em vez de confiar em Deus e chegar mais perto dele. O que aconteceu quando Abrão estava no Egito (o mundo)? Ele ficou fraco, desconfiante, inconstante, vacilante, comprometido e por isso mentiu. Quando o salvo deixa o lugar de bênção (Betel, que significa a casa de Deus) para ficar no mundo (Egito, que simboliza o mundo), é isto que vai acontecer cada vez - pecado.

3. Abrão voltou para Betel. v. 13:1-18. Ele voltou para o lugar de bênção muito rico, mais não sem problemas. Porque houve contenda entre os pastores de Abrão e os pastores de Ló. A riqueza realizada lá no Egito (o mundo) criou isto? Parece que sim! Pode ser o resultado de viajar no mundo um pouco? O salvo pode voltar a Betel (casa de Deus), mas não vai ficar logo como antes. O efeito, o resultado e a conseqüência de ficar no Egito (o mundo) já tinha pegado em Ló e muito, porque não teve jeito para Abrão e Ló continuar mais juntos. A única maneira de resolver a dificuldade entre eles foi uma separação. O salvo tem que se separar dos outros crentes mundanos ou eles vão se acabar sendo do mesmo jeito. Ló escolheu o mundo (Sodoma e Gomorra) e chegou cada vez mais perto dele (13:10. 13:12, 14:12, 19:1). Ló era salvo? Sim (II Pe. 2:7). Como é que é perigoso para o salvo começar olhar para o mundo! Mas, observa Abrão, ele ficou no lugar abençoado e Deus abençoou ele ricamente. Nota a diferença na olhada de Abrão e Ló (13:10 e 13:14). Deus nos ajude ficar olhando para as coisas de Deus e nunca para as coisas do mundo!

4. A Primeira Guerra Falada na Bíblia. v. 14:1-16. Esta guerra aconteceu ao sul da terra de Canaã quando quatro reis da região que fica entre os rios Eufrates e Tigres fizeram guerra contra cinco reis da Palestina e tomaram a conta deste povo e escravizaram-o. Ló morava em Sodoma e Gomorra que fizeram parte desta região. Depois de 12 anos de ser escravizado por eles, este povo escravizado não agüentou mais este mal-tratamento e rebelou contra seus inimigos tentando se livrar deles. Mas, não deu certo, e eles continuaram os escravos deles. Os vencedores levaram toda a fazenda e todo o mantimento de Sodoma e Gomorra e também levaram Ló preso com toda a sua família e fazenda. Quando Abrão soube o que tinha acontecido, ele foi com seus servos bem armados (318 homens) para livrar Ló e tudo que era dele.

Podemos observar algumas coisas sobre guerra: 1. As vezes é necessária; 2. Não foi condenado por Deus, mas, ao contrário, abençoado por Deus (v. 18-20); 3. Abrão era homem de paz, mas este fato não o impediu lutar pela justiça; 4. Tem hora de fazer guerra justamente e com obrigação; 5. Devemos defender os outros, se for necessário.

5. O Encontro de Abrão com Melquisedeque. 14:17-24. Hebreus 7 nos ensina que Melquisedeque fala de Cristo. Há duas opiniões sobre a identidade de Melquisedeque: era uma manifestação do Senhor Jesus Cristo, ou que ele era somente homem simbólico de Cristo. Qual das duas é certa? Parece que Melquisedeque era homem simbólico de Cristo só pelos seguintes motivos: Hebreus 7:3 diz que "sendo feito semelhante ao Filho de Deus", indicando que era uma figura de Cristo; e Gênesis 14 diz que Melquisedeque era um rei naquela terra, até diz o nome da cidade - Salém.

Melquisedeque simbolizou Jesus Cristo, o sacerdote eterno do seu povo. Heb. 5:10 e 7:21 diz que Jesus Cristo é "chamado por Deus o sumo sacerdote, segundo a ordem de Melquisedeque", mas "não segundo a ordem de Aarão".

Vamos observar porque.

Jesus Cristo é mais do que só um sacerdote, Ele é o Rei-Sacerdote do seu povo. Ele é o Filho de Deus, o Soberano do universo todo, e por isso o Rei dos reis. Aarão não foi um rei. O sacerdócio de Aarão foi segundo a descendência humana, mais o sacerdócio de Cristo é como o sacerdócio de Melquisedeque, ordenado por Deus diretamente. É pela descendência divina, Jesus é o Filho de Deus. Jesus é o único Filho de Deus, por isso sabemos que o povo de Deus só tem um único sacerdote, e o nome dele é Jesus Cristo (I Tm. 2:5). Por isso, Jesus é chamado o "sumo" sacerdote.

A ordem do sacerdócio de Melquisedeque era superior à ordem do sacerdócio de Aarão. Era eterno. Diz em Hebreus 7:3 quando está falando sobre Melquisedeque; "Sem pai, sem mãe, sem genealogia, não tendo princípio de dias nem fim de vida, mas sendo feito semelhante ao Filho de Deus, permanece para sempre". No sacerdócio de Aarão os sacerdotes morreram e outros tinham que ficar no lugar deles (Heb. 7:23-25). Mas, Jesus Cristo não morre, nem muda de maneira nenhuma, ele é eterno e imutável, por isso o Sumo Sacerdote do povo de Deus é eterno e a nossa salvação também.

Como Melquisedeque, Jesus Cristo é o Rei de justiça e paz (Heb. 7:2, o nome Melquisedeque significa justiça e o nome Salém significa paz). Aarão não podia fazer a justiça e paz pelo povo de Deus, mas somente os sacrifícios que simbolizaram a justiça e paz que o Salvador ia fazer por nós depois (Heb. 7:26-27). Jesus Cristo Si ofereceu para ser o cordeiro imaculado e incontaminado uma vez para sempre. Aarão tinha que oferecer continuamente os mesmos sacrifícios, mas Jesus fez uma vez para sempre, a salvação do seu povo foi feita, terminada, consumada eternamente. Assim Jesus fez a nossa justiça e paz eterna.

A nossa salvação está segura até o nosso Salvador, O Sumo Sacerdote, morrer. Quando vai ser? NUNCA!

6. Abrão É Animado por Deus e Prometido um Filho. 15:1-21. Depois da guerra, parece que Abrão ficou temendo seus inimigos novos e desencorajado. Também Abrão ficou preocupado, porque Deus tinha prometido fazer dele o pai de muitas nações, mais não tinha nenhum filho ainda, e ele não queria para o mordomo da sua casa, o damasceno Eliézer, ser o seu herdeiro. Deus de novo reafirmou a sua promessa para com ele. Deus disse novamente que ia dar para ele um filho dele mesmo para ser o seu herdeiro e que ia fazer da semente dele como as estrelas dos céus em número, e que ia dar a terra prometida a ela. Abrão creu no Senhor de toda fé. Homem de grande fé!

Para simbolizar o pacto que Deus fez com Abrão, ele mandou Abrão sacrificar uns animais e arranjá-los de uma maneira que mostrou o pacto que fez para com ele. O costume do povo daquela época foi arranjar os sacrifícios divididos no meio em pares representando os dois que estavam fazendo o pacto, e depois os dois passaram pelo meio dos sacrifícios simbolizando o seu pacto. Neste caso, foi um forno de fumo e uma tocha de fogo que passaram por aquelas metades (v. 17). Neste caso foi somente Deus, Abrão não passou, que passou pelo meio dos sacrifícios. Porque Deus só? Isto simbolizou o pacto que Deus fez com Abrão. Este pacto foi feito por Deus com Abrão pela graça, não foi uma coisa que Abrão fez, nem mereceu, não dependeu de Abrão, mas somente e totalmente de Deus. O pacto que Deus o Pai fez para salvar os seus eleitos, foi feito pela graça incondicional e imerecida. Observa também que a única maneira que Deus pode mostrar a sua graça aos seus eleitos é pelo derramamento de sangue. Isto simboliza o sangue derramado do Cordeiro de Deus, Jesus Cristo, para salvar o seu povo. Depois no versículo 18 Deus reafirmou o seu pacto para com Abrão (v. 18).

Observa que depois de fazer a preparação dos sacrifícios (v. 10-12) que demorou cumprir a promessa feita por Deus. Depois desta promessa messiânica demorou quase dois mil anos para o Messias de Deus chegar e cumprir a promessa de Deus. Enquanto Abrão estava esperando, ele tinha que fazer sair as aves que estavam descendo sobre os cadáveres. Simboliza os ataques e tentativas de Satanás para impedir e desfazer a obra do Messias em salvar o seu povo. O povo de Deus tem que ficar alerto para não deixar Satanás estragar a obra de Deus.

7. O Nascimento de Ismael. 16:1-16. Sarai, (a esposa de Abrão que tinha 76 anos de idade, v. 16:16 e 17:17), não podia gerar filhos, e por isso ela ficou desconfiante sobre a promessa de Deus e se encarregou para resolver isto. Ela deu para Abrão a sua serva (Hagar) para ter filhos dela. Abrão aceitou e teve um filho por ela, Ismael. Mas, não deu certo, como sempre quando a gente não confia e espera em Deus para cumprir a sua promessa. Houve contenda e inveja entre as duas. Hagar desprezou Sarai, e Sarai afligiu Hagar por isso. Hagar fugiu da face de Sarai e o anjo do Senhor apareceu a ela e mandou-a voltar e que o filho dela ia ser grande na terra. Ismael é o pai dos Árabes. Mas, Ismael não foi o filho da promessa, Deus ia ainda cumprir a Sua promessa em dar Isaque, o filho da promessa.

8. O Nome de Abrão Mudado para Abraão. 17:1-27. Abrão tinha 86 anos de idade quando Ismael nasceu (16:16). Agora neste capítulo ele tem 90 anos (v. 1). O nome de Deus, El Shadai, aparece pela primeira vez na Bíblia no versículo 1. El significa Deus, e Shadai significa o peito ou seio da mulher. Este nome significa que Deus é aquele que amamenta os seus filhos, que nutre ou alimenta os seus filhos, e também que satisfaz os seus filhos. Fisicamente Abrão e Sarai não podiam ter filhos, mas o Deus que nutre os seus filhos podia dar esta capacidade para eles. Por isso, Deus mudou os nomes de Abrão (pai elevado) e Sarai (mãe governadora) para Abraão (pai de muitas nações, v. 5) e Sara (princesa, v. 15-16). A promessa feita por Deus para fazer deles os pais de muitas nações é confirmada novamente. Nota a diferença nas idades de Abraão e Sara (dez anos, v. 17). Deus também prometeu fazer de Ismael uma grande nação.

Nesta passagem também a circuncisão é estabelecida. Nota a idade de Abraão quando foi circuncidado (v. 24). A circuncisão era o sinal visível do pacto que Deus fez com Abraão e a sua descendência (nação judaica) para sempre. Simbolicamente a circuncisão fala sobre a obra da graça de Deus no novo nascimento, que é uma circuncisão espiritual. Leia Rm. 2:28-29 e Cl. 2:9-15. Esta é a circuncisão não feita por mão no despojo do corpo da carne pela circuncisão de Cristo. No novo nascimento Deus faz uma obra da graça divina no coração do pecador separando-o dos pecados da carne. É a operação de Deus, uma cirurgia espiritual, divina e invisível. O efeito desta cirurgia se mostra na vida do nascido de novo na justiça. Como a circuncisão física é irrevogável, também a circuncisão divina é irrevogável. Porque no novo nascimento acontece uma mudança no coração do convertido que é eterna. O sinal da circuncisão foi somente para a descendência de Abraão, os filhos da promessa. A circuncisão espiritual e divina que vem pela graça, é somente para os eleitos de Deus, os filhos da promessa. Esta circuncisão espiritual e divina foi feita possível pela circuncisão de Cristo. Porque Cristo si separou totalmente dos pecados da carne. Graças a Deus pela operação da graça de Deus no coração dos eleitos. A sua promessa para conosco fica firme!!

Abraão, o Amigo de Deus. 18-20.

1. O Senhor Jesus Cristo Apareceu a Abraão com Dois Anjos. 18:1-33. Podemos saber que um destes varões é o Senhor Jesus Cristo (v. 13, 17, 22 e 33). Eles vieram para anunciar que eles iam ter o filho prometido. Sara estava na tenda e ouviu o Senhor dizer que ia ter um filho, e Sara riu-se porque duvidou que podia acontecer. O Senhor repreendeu-a e depois ela negou que tinha rido que foi uma mentira. O Senhor falou que não há nada que é difícil demais para o Senhor fazer.

Logo depois os varões se levantaram olhando para Sodoma e Gomorra, porque o Senhor ia destruir estas cidades. O Senhor não achou certo esconder a destruição de Sodoma e Gomorra de Abraão, e por isso anunciou a ele os seus planos. O Senhor destruiu Sodoma e Gomorra porque o seu pecado se agravou muito. Este povo praticou todo tipo de imoralidade (prostituição e homossexualismo), idolatria e rebelião. Os dois anjos foram para destruir Sodoma e Gomorra e o Senhor ficou ainda com Abraão (v. 22). A longanimidade de Deus tinha acabada. Deus é longânime, mais a sua longanimidade tem fim. Também fala sobre a ira futura de Deus que virá com certeza. Porque o Juiz de toda a terra fará justiça! (v. 25).

Observa algumas coisas sobre a intercessão de Abraão para com Deus. (v. 23-33). Até vier a destruição divina da terra por causa de pecado, devemos fazer oração pelos homens. Devemos viver vidas santas e separadas, como Abraão fez, não como Ló fez. Devemos instruir nossos filhos nas coisas de Deus, como Abraão (v. 19), não como Ló. Observa que os salvos não serão destruídos com os perdidos.

2. A Destruição de Sodoma e Gomorra por Deus. 19:1-38. Quando os dois anjos chegaram em Sodoma, eles foram encontrados por Ló, que estava assentado à porta da cidade. Ó que coisa triste demais. Uma vez Ló estava longe destas coisas pecaminosas e terríveis mas agora ele está bem no meio delas. Observa o afastamento dele das coisas de Deus para aceitar as coisas do mundo: não podiam habitar juntos (13:6), houve contenda (13:7), levantou Ló os seus olhos (13:10), Ló escolheu, (13:11), armou as suas tendas até Sodoma (13:12), Ló habitava em Sodoma (14:12), estava Ló assentado à porta de Sodoma (19:1), e habitou numa caverna (19:30). Ló era homem salvo (II Pe. 2:8) que afastou de Deus e se acabou na desgraça. Ele perdeu tudo por causa da sua infidelidade: filhos, esposa, reputação, caráter e até no fim se acabou na desgraça. Mas, Deus não deixou Ló em Sodoma, trouxe-o para fora. A esposa de Ló era salva? A Bíblia não diz com certeza. Como é que é coisa triste para viver e morrer e depois a gente fica na dúvida sobre a sua salvação. Deus nos ajude olhar para Deus e as coisas dele, mais nunca para o mundo e as coisas dele!

A última vez que vemos Ló no Velho Testamento é uma coisa tão triste. Ele está morando numa caverna depois de ficar bêbado e ter cometido incesto com as suas próprias filhas. O homem que começou na casa de Deus (Betel) se acabou numa caverna com as suas filhas grávidas dos seus próprios filhos. Ele saiu de Betel com a esposa, filhos, gado, ovelhas, tendas, companheiros, riqueza; mas se acabou sem nada. Os filhos nascidos das filhas de Ló (Moabe, pai dos Moabitas; e Benami, pai dos Amonitas) eram os inimigos de Israel sempre depois. O resultado ruim de afastar de Deus ficará com o crente sempre depois. Pecado, afastamento e rebelião são coisas degradantes e vergonhosas que trazem somente desgraça e vergonha para a vida. Pecado e rebelião levam a pessoa mais longe de Deus do que queria viajar; prendem a pessoa mais tempo do que queria ficar; e custam a pessoa mais do que queria pagar. Ó que maneira triste para um salvo terminar a vida!

3. Abraão Engana. 20:1-18. Este capítulo mostra que apesar do fato que Abraão era homem de Deus, de muita fé em Deus, fidelidade, dedicação e esperança; ele falhou algumas vezes na vida. Os crentes em Jesus Cristo são salvos e perdoados de todo pecado, mas não são perfeitos na prática ainda.

Esta é a segunda vez que ele fez o mesmo erro (Gn. 12). Os crentes as vezes fazem os mesmos erros mais de uma vez, não devem, mas fazem. Abraão tinha visto já algumas vezes a bênção, livramento, suprimento e a fidelidade de Deus, como é que ele podia ter faltado agora a fé em Deus para protegê-lo? Mostra a fraqueza humana! Não tem desculpa, porque devemos servir o Senhor com toda fidelidade, mas o melhor que podemos fazer no serviço dele vai faltar algumas coisas ainda. Mostra que os salvos podem desviar-se facilmente, temos que ter muito cuidado para não deixar isto acontecer.

Como foi o engano dele? Foi uma mentira total? Não, ele contou a verdade pela metade. Porque Sara era a filha do pai de Abraão, mas não a filha da mãe dele (v. 12). Ele contou a verdade, mas não toda a verdade. Ele contou somente a parte da verdade que podia ajudar ele. Só bastante da verdade para ganhar o que ele queria. Mas, contando a verdade desta maneira ele enganou Abimeleque. A criança faz isto? Nós também fazemos as vezes? Alguns pregadores e pastores fazem isto para enganar o povo e ganhar os seus desejos egoístas? Com toda certeza! Mas, como Abraão mentiu, também é mentira somente para contar a parte da verdade que possa nos beneficiar e enganar os outros. A mentira dele prejudicou os outros; Abimeleque, todos os seus e Sara. Um pastor que só fala a parte da verdade que beneficia o seu plano, desejo e/ou alvo, está sendo infiel para com Deus e o povo de Deus. Esta situação, que Abraão fez, criou vergonha, embaraço e mal-testemunho diante dos perdidos. Ó que vergonha quando um rei perdido mostra mais honra do que o homem de Deus. O rei perdido repreendeu o homem de Deus por causa da sua infidelidade, que grande vergonha. Deus nos ajude ser homens da verdade toda!

Deus, pela graça, tomou a conta da situação para preservar e efetuar a sua vontade, o nascimento do filho de promessa Isaque. Deus faz isto para conosco muito, apesar das nossas falhas. Dizemos, obrigado Senhor!

O Filho da Promessa. 21-24.

1. Isaque, o Filho da Promessa, Nasceu. 21:1-34. Deus é fiel para cumprir as suas promessas apesar das nossas falhas. Abraão e Sara tinham esperado muito tempo para o cumprimento da promessa divina. Ismael tinha 14 anos de idade quando Isaque nasceu (16:16 e 21:5). Isaque é simbólico de Cristo e do Novo Nascimento.

A concepção e nascimento de Isaque eram segundo a promessa de Deus (v. 1-8). Isto mostra como é que fica o novo nascimento. Deus prometeu dar vida eterna para os seus filhos da promessa (os eleitos). O cumprimento não depende dos filhos da promessa, mas só de Deus mesmo; como a promessa do nascimento de Isaque não dependeu dele, nem dos seus pais, mas de Deus. Ao homem, o nascimento de Isaque era uma impossibilidade. Porque Abraão e Sara não podiam ter filhos mais, ele teve 100 anos de idade, e Sara teve 90. O corpo de Abraão para produzir filhos ficou amortecido, e o ventre de Sara também (Rm. 4:19). Para o pecador nascer de novo espiritualmente é uma impossibilidade, porque o pecador está morto nas suas ofensas e pecados, como o ventre de Sara ficou morto. O pecador não pode criar vida espiritual em si mesmo, porque está morto espiritualmente. A única maneira que Sara podia ter um filho, foi que Deus vivificou o ventre dela. A única maneira que o pecador pode nascer espiritualmente é que Deus vivifica-o pela graça (Ef. 2:1). Como o nascimento de Isaque não foi uma coisa natural, mas sobrenatural; o novo nascimento do pecador morto nas ofensas e pecados não é uma coisa natural, mas sim sobrenatural. O poder para nascer de novo espiritualmente vem de Deus, como o poder para Sara ter um filho veio de Deus. Isaque nasceu na hora certa pelo poder e graça de Deus, e os escolhidos (filhos da promessa) de Deus vão nascer de novo na hora determinada por Deus pelo seu poder e graça. Sara (a livre) fala da graça de Deus e Hagar (a escrava) da lei de Deus, (Gl. 4:22-31). Observa At. 13:48. Jonas disse; "Do Senhor vem a salvação".

Abraão deu o nome Isaque para seu filho, que significa "rir". Observa que Abraão riu de alegria quando ouviu a promessa de Deus (17:17), Sara riu de incredulidade (18:13) e depois de fé (21:6), Ismael riu zombando Isaque (21:9), e é todo isto que pertence aos filhos da promessa de Deus em todas as épocas até hoje em dia. Mas, a nossa alegria está para ficar. Como Sara, isto nos dá uma alegria muito maravilhosa. Não é uma maravilha, que Deus podia ter criado vida eterna em pecadores tão mortos e inúteis como nós? Não dá uma razão tão grande para rir de alegria porque Deus fez tudo isto para nós?

Observa que esta alegria ficou misturada com a tristeza e angústia de vida. Ismael abusou Isaque. O mundo sempre abusa os filhos da promessa. Mostra o ódio que o mundo tem para os filhos de Deus (João 15:18-19). Mas nota a verdade que Sara falou no versículo 10. Os incrédulos (simbolicamente Ismael) não vão fazer parte da herança dos filhos de Deus (simbolicamente Isaque). Deus mesmo fez a separação entre os dois (v. 12). O povo de Deus deve ser um povo separado do mundo, porque somos os filhos de Deus (da livre), e não os filhos do maligno (da escrava).

Logo depois vem o despedimento de Hagar e Ismael e o pacto que Abraão fez com Abimeleque (v. 14-34). A obediência de Abraão é rápida, ele mandou os dois embora logo. Temos que ser submissos à vontade de Deus acerca do mundo em nossas vidas. É para mandar o mundo embora como Deus manda e logo. Mas nota que Deus ficou misericordioso até com Hagar e Ismael. Mostra a verdade que Jesus falou em Mateus 5:43-48. Deus tem longanimidade e misericórdia para com o mundo aqui na terra por enquanto. Não será para sempre assim.

2. Isaque, o Filho da Promessa, Oferecido. 22:1-23. Para entender esta passagem melhor, devemos estudar Heb. 11:17-19 junto com ela. Abraão tinha 100 anos de idade e Sara tinha 90 anos de idade quando Isaque nasceu. Ele era o único filho deles. Sara tinha 127 anos de idade quando morreu (23:1). Este evento do sacrifício dele aconteceu durante estes anos. Isaque não era mais uma criança quando isto aconteceu, porque ele é chamado um moço (v. 5) que indica que tinha a idade do adolescente. Deus mandou Abraão levar o seu filho à terra de Moriá e lá sacrificá-lo. Mas, ele era o único filho dele, o filho da promessa, o único herdeiro de Abraão. Se ele morresse, como é que Deus poderia cumprir a sua promessa de fazer dele o pai de muitas nações? Perguntas com certeza que Abraão não pôde responder. Mas, Abraão não duvidou, nem a sua fé vacilou em Deus. Ele confiou que Deus estava fazendo tudo certo apesar do fato que não entendeu tudo. Não é necessário que entendemos tudo para confiar em Deus e suas promessas. É bastante saber que Deus sabe que está fazendo, vamos confiar nele. Agora vamos notar que Isaque simbolizou Jesus Cristo como "O Cordeiro Sacrificado" pelo Pai.

Primeiramente, a palavra amor aparece pela primeira vez no versículo 2. É o melhor exemplo do amor na Bíblia toda. Este amor mostra o amor mais perfeito e puro que existe. Este amor falado aqui fala do amor que Deus o Pai tem para o seu Filho Jesus Cristo. Este Pai que ama o seu Filho perfeita e eternamente e entregou o seu Filho para salvar o pecador dos seus pecados. O Pai celestial sacrificando seu Filho Amado pelos escolhidos. O Novo Testamento diz a mesma coisa em cada Evangelho. Nota a primeira vez que a palavra amor aparece em Mt. 3:17; em Mc. 1:11; em Lc. 3:22; e no Evangelho de amor João, 3:16. Deus ama seu Filho supremamente, mas também ele amou os seus eleitos bastante para entregar seu Filho para morrer salvando-os dos seus pecados. Abraão levou o seu filho bem amado para ser sacrificado no monte Moriá. Foi neste monte que depois foi edificado o Templo (II Crô. 3:1). Depois também Jesus Cristo foi crucificado neste mesmo monte. O que Abraão fez era simbólico da crucificação do Filho de Deus pelo Pai muitos anos depois.

Abraão representa Deus O Pai "que nem mesmo a seu próprio filho poupou, antes o entregou por todos nós" (Rm. 8:32). Como Abraão subiu em cima do monte com seu filho Isaque obediente para sacrificá-lo, Jesus Cristo o Filho de Deus obediente e voluntariamente subiu no monte chamado calvário para ser crucificado pelo Seu Pai (João 10:17-18, Fl. 2:5-8). Isaque deixou Abraão amarrar e deitá-lo sobre o altar para ser sacrificado, como Jesus também deixou seu Pai crucificá-lo sobre a cruz sem abrir a sua boca. Porque só os dois? Porque foi que Abraão mandou os outros esperar ao pé do monte enquanto os dois subiram sozinhos lá em cima do monte para fazer o sacrifício? Para simbolizar a verdade que foi só Deus O Pai e seu Filho que podiam fazer o sacrifício necessário para salvar o pecador dos seus pecados. Ninguém podia fazer o sacrifício pela salvação do homem além de Deus O Pai e Deus O Filho. Na hora de sacrificar mesmo Isaque, Deus mesmo falou dos céus não deixando Abraão fazer. Mas Deus mostrou para Abraão um carneiro travado pelas suas pontas num mato, e que sacrificasse em lugar do seu filho. Isto mostra para nós que Jesus Cristo é o substituto pelo pecador. Jesus Cristo sofreu no lugar do pecador o seu castigo eterno por causa do pecado. Observa que a madeira ficou às costas de Isaque como a cruz ficou às costas de Jesus Cristo quando ele morreu para salvar o seu povo. O carneiro inocente tomou o lugar de Isaque, como Cristo, o cordeiro de Deus imaculado e incontaminado, ficou no lugar do pecador sofrendo a ira (fogo do altar, inferno) de Deus no seu lugar. O fato que Isaque continuou vivendo depois, mostra simbolicamente que Jesus Cristo ressuscitou dos mortos depois de morrer na cruz. Ó que retrato bom do sacrifício "do cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo". Depois disto (v. 15-23) o anjo do Senhor (Jesus Cristo provavelmente) reconfirmou o pacto falado em Gn.12:1-3 e 17:1-8 com Abraão.

3. A Morte e Sepultamento de Sara. 23:1-20. Sara morreu com 127 anos de idade em Hebrom (que é Quiriate-Arba) na terra de Canaã. Ela é honrada por Pedro (I Pe. 3:5-6) como sendo fiel a Deus e as irmãs fiéis em Cristo são as filhas espirituais dela.

Observa também que Cristo não está representado neste capítulo simbolicamente. Porque? Vamos ver porque. Capítulo 22 nos dá a verdade sobre Jesus Cristo o cordeiro de Deus crucificado. Capítulo 24 fala da noiva de Isaque, ou a noiva de Cristo e a sua volta para ficar com ela. Durante o período de tempo entre a crucificação - ressurreição de Cristo e a sua vinda para encontrar com a sua noiva, Jesus Cristo está no céu e não na terra. Por isso, Cristo nem aparece simbolicamente em capítulo 23.

Esta é a primeira vez na Bíblia que um sepultamento está falado. Por isso, devemos prestar bem atenção para aprender o que Deus diz sobre este assunto. Vamos observar as seguintes coisas sobre ele.

Devemos agradar e honrar nosso Deus na morte como na vida.

Devemos mostrar bastante respeito para o corpo morto. Deus nos o deu para servi-lO na vida, então devemos mostrar respeito por ele na morte. Porque foi o instrumento dado por Deus para ser consagrado ao Seu serviço. Deve ser também na morte.

Não somos animais, então, não devemos tratar os corpos humanos como os corpos dos animais.

A maneira bíblica e cristã de cuidar os mortos é sepultá-los no chão. São os pagãos que tratam os corpos de outra maneira. Por isso, sabemos que a cremação é errada. Deus nos deu a maneira certa de tratar os mortos, e é pelo sepultamento.

Cremar os corpos dos salvos prega a mensagem errada. Os salvos não são dedicados nem destinados para o fogo (lago de fogo), mas para ficar com Jesus no céu eternamente. Então, devemos mostrar isto na morte e sepultamento, estamos esperando a ressurreição para a vida eterna, não para o fogo eterno.

O sepultamento de alguém deve ser decente e digno de Cristo. Isto não significa ser caro, mas sim, numa maneira que é digna de Cristo que comprou nosso corpo para um dia glorificar.

A família do falecido deve tomar a conta da despesa do falecido, como Abraão fez. Não deve deixar isto para os outros fazer. Pode incluir a família cristã? Claro que sim.

4. A Noiva de Isaque. v. 24:1-67. Os símbolos e a tipologia desta passagem são ricos e gloriosos. Isaque é simbólico de Cristo, como já aprendemos. Em capítulo 21 Isaque mostra a encarnação de Cristo. Em capítulo 22 Isaque mostra a morte e ressurreição de Cristo. Em capítulo 23 Cristo é simbolizado pela sua ausência, mostrando que depois da morte e ressurreição dele, ele subiu ao céu para esperar voltar outra vez. Em capítulo 24 Isaque e a sua noiva mostram Cristo e a sua noiva (sua igreja). A tipologia do capítulo 24 é o seguinte: Abraão simboliza Deus O Pai; Isaque simboliza Deus O Filho; o servo de Abraão simboliza Deus O Espírito Santo; Rebeca simboliza a Noiva de Cristo; e a terra de Canaã simboliza o céu.

Abraão (Deus O Pai).

Ele está bem velho e adiantado em idade (v. 1). Fala da eternidade e sabedoria de Deus. "O Ancião de dias" e "O Deus onisciente".

O propósito de providenciar uma noiva para Isaque originou-se com Abraão (v. 2); como o propósito de providenciar uma noiva para Cristo, o Filho de Deus, originou-se com Deus O Pai. Porque? Porque Abraão amou seu filho muito, como Deus O Pai ama o seu Filho tanto. Foi o Pai que escolheu a noiva para o seu Filho, como Abraão fez por Isaque. A noiva simboliza a Igreja do Senhor Jesus Cristo. Observa: João 3:29, II Cor. 11:2, Ef. 5:32.

O providenciar de uma noiva para Isaque foi garantido por um juramento (v. 2-3). Este pacto entre Deus O Pai e Deus O filho foi feito na eternidade (Ef. 1:4; 3:10-11). Observa que este juramento para providenciar a noiva para Isaque foi feito antes de mandar o servo para buscá-la, não depois.

Abraão disse claramente que a escolha da noiva para Isaque tinha que ser limitada para a sua família (v.4). Era para ser uma mulher só da família dele, mas não se casou a família toda. Cristo Jesus vai se casar a sua noiva virgem pura só, que vem da família grande dos eleitos de Deus. A igreja do Senhor Jesus Cristo não é a família toda de Deus, ela é só uma parte dela.

Isaque (Deus O Filho).

Isaque era o único filho de Abraão e herdeiro de tudo do seu pai (v. 36); como Jesus Cristo O Filho de Deus (Hb. 1:2).

Como Isaque que recebeu sua herança depois da sua morte e ressurreição (simbolicamente), Jesus Cristo também depois de ser obediente até a morte, foi exaltado soberanamente, e recebeu um nome que é sobre todo o nome (Fl. 2:6-11, I Pe. 1:11).

O noivo (Isaque) providenciou tudo necessário para a sua noiva (Rebeca), (v. 35-36). Todas as bênçãos precisas para a igreja ser a noiva de Cristo foram providenciadas pelo noivo (Jesus Cristo), (I Cor. 3:21-23).

O Servo de Abraão (Deus O Espírito Santo).

O nome do servo de Abraão não foi dado (v. 2), porque o Espírito de Deus não tem nome como Deus O Pai e Deus O Filho tem. Provavelmente era Eliézer (15:2), o nome dele significa "auxílio do Senhor". Ele era a pessoa mandada por Abraão para cumprir a sua vontade. Deus O Espírito Santo cumpre a vontade de Deus O Pai na terra e também na igreja (I Cor. 12:11, II Cor. 3:8).

Abraão e Eliézer entraram num pacto para cumprir a vontade de Abraão (v. 2-3). Deus O Pai e Deus O Espírito Santo entraram num pacto para cumprir a vontade de Deus. Eliézer jurou pelo nome de Jeová para cumprir a vontade de Abraão e depois foi para fazê-la, não falando de si mesmo, mas de Abraão e Isaque. O Espírito Santo entrou no mundo para cumprir a vontade de Deus, ele não veio para falar de si mesmo, mas de Deus O Pai e Jesus Cristo O Filho dele.

O servo encontrou uma moça escolhida para ser a noiva de Isaque junto a um poço de água (v. 11). Foi acidente que encontrou esta moça lá? De jeito nenhum! Foi o plano de Deus. Ela era da família de Abraão e uma virgem. Onde encontrou ela? A um poço de água. A noiva do Senhor Jesus Cristo será da família de Deus, mas não é a família toda, e ela tem o batismo correto do Novo Testamento (o poço de água). Não pode fazer parte da noiva de Cristo sem ter o batismo certo do Novo Testamento. O Espírito Santo dirige o povo de Deus para receber o batismo certo e por isso ser membro de uma igreja verdadeira do Senhor Jesus Cristo (I Cor. 12:13). A noiva de Cristo será somente as pessoas batizadas corretamente e fiéis da igreja de Cristo e da família de Deus. Observa que Rebeca era bem local e visível, a noiva de Cristo também é local e visível.

O servo (Eliézer) foi com Rebeca aonde ela morou, para a sua casa (v. 28, 31, 32, 38). A Igreja do Senhor Jesus Cristo é a Casa, o Templo, a Habitação de Deus e do Espírito santo na terra.

Quando Eliézer entrou na casa dela, ele deu para ela dons preciosos (v. 53). Ele deu dons para a família toda também, mas ele deu os dons mais preciosos e especiais para Rebeca. Quando O Espírito Santo entrou para habitar na igreja que Jesus tinha fundado durante o seu ministério público, ele deu para ela muitos dons espirituais. O Espírito Santo deu e dá para a família toda de Deus alguns dons assim, mas ele deu e dá os dons espirituais mais preciosos e especiais para a Igreja Do Senhor Jesus Cristo.

O trabalho de Eliézer não foi completado até trouxe Rebeca para a casa de Isaque e apresentou-a a ele para o casamento. O Espírito Santo vai trazer a noiva de Cristo para a casa dele para ser apresentada a ele e casada com ele (Ap. 19:7-10).

Rebeca (A Noiva de Cristo).

Rebeca simboliza a Noiva de Cristo, que é a sua igreja. As semelhanças e símbolos aqui são maravilhosos e notáveis. Quando falamos sobre a igreja do Senhor Jesus Cristo, estamos falando sobre a igreja dele que é: local, visível, fundada durante o ministério público de Cristo (antes do dia de Pentecostes), Jesus é o cabeça dela (não um homem), independente, autônoma, prometida perpetuidade (Mt. 16:18) e Batista.

Esta moça Rebeca não sabia nada sobre o pacto que Abraão e Eliézer fizeram até Eliézer lhe disse. A Igreja do Senhor Jesus Cristo não sabia nada sobre o pacto feito pelo Pai e O Espírito Santo, até O Espírito Santo revelou-o para ela. Porque era o propósito de Deus O Pai para escolher uma noiva para o seu Filho desde a eternidade.

Rebeca não foi uma noiva judia, mas uma noiva gentia. A noiva de Cristo também é gentia.

Versículo 58 diz: "Irás tu com este varão? Ela respondeu: Irei". Só Rebeca podia responder a esta pergunta. Foi um convite para ser a noiva de Isaque, e ela aceitou. Simbolicamente não foi um convite para a salvação, porque ela já era da família, e por isso salva. Regeneração não é segundo a vontade do homem, mas segundo a vontade de Deus (João 1:13). Mas os galardões são ganhos pela fidelidade do povo de Deus. Fazer parte da noiva de Cristo é um grande galardão, segundo a maneira que seguimos Cristo e seus mandamentos (Ap. 19:7-9, II Cor. 11:2).

O convite veio a ela para ser a noiva de Isaque, e ela podia ser se fosse disposta para se separar das coisas ao se redor e seguir Eliézer. Ela tinha que deixar a sua vida velha para seguir Eliézer e a sua palavra. Ela tinha que desejar ir e encontrar Isaque mais do que qualquer outra coisa. Para fazer parte da noiva de Cristo, o salvo tem que deixar a sua vida velha e ser separado das coisas do mundo para seguir O Espírito Santo (através da Palavra dele) fielmente. Foi só assim que Rebeca podia ser a noiva de Isaque. É só assim que o salvo pode fazer parte da noiva de Cristo. O salvo não pode ser infiel a Cristo, andar no mundo, ignorar os mandamentos e Palavra do Espírito, aceitar heresia e fazer parte da noiva de Cristo. A noiva de Cristo será uma virgem pura, fiel a seu Noivo, que se aprontou para encontrá-lo e que praticou as justiças (Ap. 19:8, os atos justos dos santos) dele na vida.

Rebeca foi encontrar Isaque sem o ver fisicamente, nem a herança prometida, nem uma evidência física das promessas dele. Ele confiou na palavra de Eliézer. A única coisa que a noiva de Cristo sabe dele é o que O Espírito Santo revelou a ela através da Palavra de Deus, e ela está confiando nesta Palavra. Ela estava preparada para deixar tudo e seguir Eliézer até ao encontro de Isaque. A noiva de Cristo está deixando tudo para seguir O Espírito Santo para encontrar Jesus Cristo, seu noivo, depois. Porque ela andou por fé, não por vista.

Um só motivo podia causado Rebeca dizer, "Irei", a esperança de estar com Isaque depois. A sua mãe e irmão disseram: "Fique conosco alguns dias, ou pelo menos dez dias, e depois irá", mas ela disse não porque estava decidida para ir e não deixar nada impedí-la. É isto mesmo que a noiva de Cristo já decidiu fazer, seguir O Espírito Santo fielmente até que o Noivo venha (Mt. 25:1-13).

Rebeca seguindo o Servo (Eliézer) é simbólico desta Vida Presente.

Rebeca sabia quem estava seguindo: "seguiram o varão" (v. 61). A noiva verdadeira de Cristo está seguindo o Espírito Santo aqui neste mundo. As igrejas falsas fazem isto? Todos os salvos fazem? Temos que dizer não, mas a noiva sim.

Rebeca viajou muito para encontrar Isaque, mas nada causou-a desviar do caminho certo. A noiva de Cristo tem que passar aqui neste mundo por algumas aflições, perigos, sofrimentos, necessidades, perseguições, tentações e etc., mas nada pode causá-la desviar do caminho fiel do Senhor.

Rebeca continuamente ficou olhando para seu amado Isaque aparecer (v. 64). Ela queria de todo coração encontrar com seu amado. A noiva de Cristo sempre está olhando com esperança e muito amor para o seu Amado Jesus Cristo aparecer.

O único conhecimento que Rebeca teve de Isaque era o que Eliézer falou com ela no caminho da viagem. O único conhecimento que a noiva de Cristo tem dele é o que O Espírito Santo a ensina aqui no mundo na sua viagem ao encontro do Salvador.

Canaã, O Céu, O Lar Futuro da Noiva.

Enquanto Rebeca estava viajando de repente Isaque apareceu (v. 64). Ela viu Isaque chegando. A noiva de Cristo está olhando e esperando a chegada do Noivo. Ela não será pegada de surpreso, porque sempre está olhando para ele aparecer (Mt. 25:1-13).

Isaque e Rebeca se encontraram no meio do campo no fim do dia fora da casa do pai dele (v. 63-65). A noiva e o Noivo vão se encontrar no ar no fim da consumação dos séculos fora da casa celestial do Pai Celestial (I Ts. 4:13-18). Porque Rebeca se cobriu com o véu ao encontro de Isaque? Para mostrar a sua submissão, indignidade e humildade. Tem nada aqui de orgulho, vaidade nem presunção.

Isaque recebeu a sua noiva e a levou para casa para ser a esposa dele. Os outros que estavam viajando com ela se tornaram a esposa de Isaque também? Claro que não. Eles foram para a casa de Isaque, mas não se tornaram a esposa dele. Cristo (O Noivo) virá um dia para levar a sua noiva para ficar na casa dele eternamente, todos os salvos vão para o céu também, mas Cristo vai se casar só com a sua noiva, os fiéis da igreja verdadeira dele (Mt. 25:1-13, Ap. 19:7-9).

O casamento de Isaque e Rebeca aconteceu num país longe da terra dela. O casamento de Cristo e a sua noiva acontecerá no país celestial que é longe da terra nativa da noiva. Na casa de Isaque, Rebeca ficou livre de dificuldade e tribulação, ela andou todo dia no amor dele. A noiva de Cristo ficará do mesmo jeito na casa do Noivo.

Rebeca não ficou totalmente satisfeito na viagem para encontrar Isaque, só quando chegou na casa dele. A noiva de Cristo somente estará perfeitamente satisfeita quando estiver na casa do seu Noivo para sempre. "Ó QUE DIA SERÁ"! "IRÁS TU COM ESTE VARÃO"?

2. Isaque, O Filho da Promessa. 25-26. Logo no começo de capítulo 25 temos a morte de Abraão (175 anos de idade, v. 7). Antes de morrer, ele casou-se de novo com Quetura e os dois tiveram mais filhos. Quetura pode simbolizar Israel que será restaurado e estabelecido novamente nos últimos dias como o povo de Deus em Israel, depois do casamento do Cordeiro de Deus.

Podemos ver novamente a escolha soberana de Deus em Jacó e Esaú, os dois filhos (gêmeos) de Isaque. Em Romanos 9:10-13 a Bíblia mostra o propósito de Deus em salvar (amar) Jacó e rejeitar (odiar) Esaú. Foi isto mesmo também que diz em Gênesis 25:23. Porque Deus fez assim? Temos que entender que Deus não tinha obrigação para escolher nenhum dos dois para a salvação. Porque nenhum dos dois era digno disto, mas todos dois eram depravados e pecadores. Deus seria justo se condenasse para o inferno todos dois. Mas, Deus pela graça escolheu salvar Jacó e deixar Esaú perecer. A razão porque Deus escolheu Jacó, não foi porque Jacó era melhor do que Esaú. Em muitas maneiras Esaú era muito mais homem do que Jacó. Não foi porque Jacó era mais justo do que Esaú, nem que Deus previu que Jacó ia crer em Deus, porque foi ao contrário. Olhe o que a Bíblia diz: "Porque, não tendo eles ainda nascido, nem tendo feito bem ou mal (para que ao propósito de Deus, segundo a eleição, ficasse firme, não por causa das obras, mas por aquele que chama), foi-lhe dito a ela: O maior servirá o menor", Romanos 9:11-12. Mostra mais uma vez a graça de Deus em salvar o pecador que não merece a salvação tão grande e maravilhosa de Cristo.

Podemos ver em Esaú a atitude do homem natural acerca das coisas de Deus. Esaú não deu nenhum valor para as coisas (primogenitura) de Deus. Ele deu menos valor para a sua primogenitura do que para um guisado (uma sopa de feijão vermelho). O homem natural e depravado não dá nenhum valor para as coisas de Deus, mas dá muito valor para as coisas que podem gratificar o seu apetite carnal. Depois (26:34-35, 28:8-9) Esaú fez exatamente o que sabia que era errado quando se casou as mulheres erradas. A única razão porque Jacó não ficou assim, foi por causa da graça de Deus operando na sua vida.

Observa que em capítulo 26 Isaque fez o mesmo erro que o seu pai Abraão tinha feito. Houve uma grande fome na terra, e por isso Deus mandou Isaque não ir até o Egito para escapar da grande fome. Nisto Isaque obedeceu o Senhor, não chegou até o Egito. Mas, parece que a sua fé enfraqueceu e não estava confiando totalmente no Senhor. Foi o começo de um grande problema, porque sempre é perigoso para não confiar completamente na Palavra de Deus. Observa que logo depois começou realizar os resultados da sua fraqueza. Primeiramente aconteceu a mesma coisa que tinha acontecido com seu pai Abraão: os homens daquela terra ficaram olhando e desejando Rebeca (era mulher muito bonita), e por isso Isaque contou a mesma mentira do seu pai. Esta mentira criou a mesma confusão que criou nos dias de Abraão. Depois disto houve uma discussão entre os pastores de Isaque e os pastores de Gerar sobre a água para as ovelhas. Então, Isaque foi se afastando daquele povo até chegou em Berseba, e aqui ficou com a bênção do Senhor (v. 24). O Senhor é fiel nas suas promessas apesar das nossas falhas. Observa também que parece que uma geração não aprenda dos erros das gerações anteriores. Ó como é que o homem é insensato!

3. Jacó, o Homem Abençoado por Deus pela Graça. 27-36. Jacó era homem cheio de astúcia, engano, mentira, egoísmo, cobiça e sem escrúpulos. Como é que Deus podia amar Jacó? Esaú era muito mais homem (falando humanamente) do que Jacó, porque não ele então? Somente tem uma resposta que pode explicar isto, "a graça de Deus".

Parece que Isaque preferiu Esaú sobre Jacó, apesar do fato que Deus tinha dito que o maior servirá o menor. Mas, Deus deixou acontecer tudo que Jacó e Rebeca fizeram para cumprir a sua vontade. Deus as vezes deixa coisas assim acontecer para cumprir a sua vontade (exemplo - a crucificação de Cristo). Deus tinha escolhido Jacó para ser Israel, e Deus cumpriu a sua promessa nele. Deus ia fazer dele uma nação, e fez mesmo.

Em capítulo 28 temos a visão da escada de Jacó. João 1:51 fala claramente que esta visão fala do Senhor Jesus Cristo. Mostra que Jesus Cristo é o Mediador entre Deus e os homens (I Tim. 2:5). Sem Jesus Cristo é impossível para o homem passar da terra para o céu. Jesus Cristo é a escada de Jacó entre a terra e o céu. Esta escada que Jacó viu tinha anjos subindo e descendo nela. Como Jesus Cristo quando estava no mundo para fazer a salvação do seu povo tinha a ajuda de milhares de anjos. Também João 3:13 diz: "Ora ninguém subiu ao céu, senão o que desceu do céu, o Filho do homem, que está no céu". Jesus Cristo desceu do céu para fazer a salvação e abrir o caminho para o céu. Depois de ter feito isto ele ascendeu para o céu ficar à destra do Pai novamente. Assim podemos ver a escada entre a terra e o céu, que Jesus é o Mediador entre Deus e os homens. Deve observar a passagem no livro de Efésios 4:8-10.

Nos capítulos 29-31 temos a história da vida de Jacó e Labão (Léia e Raquel). Jacó viajou até a terra de Harã, onde morava a sua parentela. A esposa, Rebeca, de Isaque era a irmã de Labão, então, Jacó e Raquel eram primos. Jacó encontrou Raquel lá e amou-a logo. Ele fez um negócio (trabalhar por ele sete anos) com Labão para ganhar Raquel como sua esposa. Mas, agora Jacó foi enganado por Labão, em vez de ganhar Raquel como a sua esposa, ele ganhou Léia. Para ganhar Raquel ele tinha que trabalhar mais sete anos por Labão. Ele fez com prazer, porque amou Raquel muito. Depois de ganhar Raquel, Jacó fez outro negócio com Labão, pelo seu trabalho por ele, ele tinha que dar todo o gado, cordeiros e cabras salpicados, malhados e morenos. O Senhor abençoou Jacó e deu para ele muita prosperidade, e por isso Labão ficou com inveja. Por isso Jacó fugiu da presença de Labão com as suas esposas, filhos e tudo que tinha. Depois de três dias Labão soube que Jacó tinha fugido e foi atrás dele para fazer um pacto (31:25, 44). O pacto foi feito entre os dois; cada um prometeu para deixar o outro em paz.

Então, Jacó voltou para a sua terra depois de vinte anos, mas com medo no coração por causa de Esaú que tinha enganado. Mas, nota que agora a atitude de Jacó estava muito diferente (32:9-23). Foi nesta noite que o Senhor Jesus Cristo lutou com Jacó, até que a alva subia. Este varão é identificado como sendo Deus no versículo 30. Foi nesta noite que Deus mudou o nome de Jacó para Israel. O que Jacó recebeu naquela noite foi a promessa divina para cumprir a sua promessa de fazer dele uma grande nação e através dela enviar o Messias. Deus deu para ele uma lembrança desta bênção prometida naquela noite: a coxa com o nervo encolhido. Foi Deus que deu para Israel a vitória sobre o inimigo Esaú que podia ter mesmo destruído Jacó e tudo que tinha no dia seguinte. Mas uma vez, podemos ver a providência de Deus em mandar o Salvador.

Nos capítulos 34-36 tem as histórias: Diná desflorada e a conseqüência disto, a necessidade depois de voltar para Betel, a morte de Raquel dando a luz a Benjamim, os doze filhos de Jacó, a morte de Isaque e a genealogia de Esaú.

1. Diná desflorada (34). O que Siquém fez foi pecado. Também tem uma possibilidade que Diná participou nisto voluntariamente, porque ficou na casa dele depois (v. 26). A pena para fornicação naqueles dias era a pena da morte. Mas, a maneira que eles fizeram isto era vergonhosa e deixou Jacó sem jeito para ficar naquela terra. Além disto, parece que Jacó e a sua família ficaram relaxados nas coisas de Deus (35:2-5). Pode ser que seja por isso que tudo isto aconteceu. Por isso voltou para Betel (a casa de Deus).

2. Na viagem entre Betel e Efrata Raquel deu a luz a Benjamim e morreu (35:16-20).

3. Os doze filhos de Jacó que são as doze tribos de Israel. Léia - Rúben (primogênito), Simeão, Levi, Judá, Issacar e Zebulom. Raquel - José e Benjamim. Bilha (serva de Raquel) - Dã e Naftali. Zilpa (serva de Léia) - Gade e Aser. Observa que a genealogia do Messias é através de Judá.

4. Depois de chegar em Hebrom onde morava Isaque, Isaque morreu com 180 anos de idade (35:27-29). Quando Isaque morreu Jacó tinha 120 anos e José tinha 29. 5. A genealogia de Esaú (36). Ele é o pai dos Idumeus (v. 9). Observa que os Herodes eram Idumeus.

4. José, o Salvador do seu Povo. 37-50. A vida de José é simbólico do Salvador Jesus Cristo que é o Salvador do Seu povo. Vamos observar estas grandes verdades simbólicas.

José O Salvador do Seu Povo - Jesus Cristo O Salvador do Seu Povo.

JOSÉ e JESUS COMPARADO

1. Amado pelo pai. Gn. 37:3-4. Mt. 3:17; 17:5.

2. Enviado aos irmãos pelo pai. Gn. 37:13. João 3:16; 10:27-30.

3. Seus irmãos odiaram-no. Gn. 37:4. João 15:24.

4. Seus irmãos não acreditaram nele. Gn. 37:5. João 7:5.

5. Seus irmãos rejeitaram José reinar sobre eles. Gn. 37:8. Lc. 19:14.

6. Conspiraram contra ele, para o matarem. Gn. 37:18. Mt. 27:1.

7. Tiraram de José a sua túnica. Gn. 37:23. Mt. 27:28.

8. Lançaram-no na cova e depois fizeram o sair dela. Gn. 37:24, 28; 41:14. Atos 2:31-33.

9. Assentaram-se e olharam-no. Gn. 37:25. Mt. 27:36.

10. Venderam José por vinte moedas de prata. Gn 37:28. Mt. 26:15.

11. O Senhor estava com ele, e tudo o que ele fazia o Senhor prosperou em sua mão. Gn. 39:3. Isa. 53:10.

12. Entregou na sua mão tudo que tinha. Gn. 39:4-8. João 3:35.

13. Foi tentado, mas sem pecado. Gn. 39:9. Heb. 4:15.

14. Prendido e encarcerado por causa de acusação falsa. Gn. 39:20. Mt. 27:2. Mc. 14:56

15. Prendido com dois malfeitores. Gn. 40:2-3. Lc. 23:32.

16. Um dos malfeitores recebeu vida, o outro a morte. Gn. 40:21-22. Lc. 23:43.

17. Ninguém há tão entendido e sábio como tu. Gn. 41:39. Cl. 2:3.

18. Ajoelharam diante dele. Gn. 41:43. Fl. 2:10.

19. Trinta anos de idade. Gn. 41:46. Lc. 3:25.

20. Dado todo o poder sobre o Egito. Gn. 41:42-44. Mt. 28:18.

21. Recebeu uma noiva gentia. Gn. 41.45. Ef. 5:21-33.

22. Todos tinham que receber seu pão dele. Gn. 41:55. João 6:35.

23. José se revelou aos seus irmãos (eleitos). Gn. 45:1. I Cor. 2:14. Ef, 2:1.

24. Através do sofrimento de José os outros foram salvos. Gn. 50:21. Rm. 5:8.

25. Prometido um reino. Gn. 37:5-7. Isa. 9:6. Lc. 1:31-33.

O PENTATÊUCO
O LIVRO DE ÊXODO

Introdução do Livro de Êxodo

1. A Data do Livro de Êxodo. 1500-1460 a. C. Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio contam a história da saída de Israel do Egito até a morte de Moisés quando Josué tomou a liderança de Israel. Estes livros dão a saída do Egito, o recebimento da lei, o plano do Tabernáculo, e a jornada de Israel no deserto por causa da sua incredulidade. Tudo isto aconteceu durante 40 anos.

2. O Tema do Livro. Redenção por meio do sangue do Cordeiro de Deus.

3. O Esboço do livro de Êxodo. I. O Êxodo de Israel do Egito. 1-18. Isto mostra o poder de Deus na redenção. II. A Lei. 19-24. Isto mostra a santidade de Deus na redenção. III. O Tabernáculo. 25-40. Isto mostra a sabedoria de Deus na redenção.

4. Uma Observação. A palavra Êxodo significa sair ou saída. A palavra Êxodo vem da Septuaginta (LXX) que é a tradução grega do Velho Testamento hebraico.

Êxodo conta a história da saída de uma nação toda (Israel) do Egito para começar uma vida nova. Não há na história humana toda uma coisa mais espetacular do que a saída de Israel (três milhões de pessoas) do Egito, uma revelação de Deus mais solene do que a do Monte de Sinai, uma construção (estrutura) mais significante do que o tabernáculo, nem uma figura humana maior do que Moisés no Velho Testamento. Êxodo tem a origem da vida nacional e da lei e da religião organizada por Deus para os judeus.

5. O Êxodo com referência a Israel. Êxodo conta a redenção feita por Deus de Israel do Egito. Isto simboliza a redenção do pecador da escravidão e da condenação do pecado e do mundo pelo poder e salvação de Deus. Observa o que isto significa para Israel e o pecador: pelo êxodo (saída) de Israel da escravidão do Egito, ela foi tirada dele para uma liberdade nova; pela lei dada por Deus, Israel foi tirado do Egito (o mundo) para um governo novo; pelo Tabernáculo providenciado por Deus, Israel foi tirado do Egito para uma comunhão nova e divina. Tudo isto pode ser resumido na maneira seguinte; liberdade, responsabilidade e privilégio. É tudo isto que o pecador ganha na salvação por Jesus Cristo.

6. Os Mapas. Deve familiarizar-se com os mapas. Eles mostram a saída de Abraão de Ur dos Caldeus até Israel em Gósen do Egito durante os dias de José, e a rota da saída de Israel do Egito até chegou na terra prometida durante os dias de Moisés e Josué.

7. O Tempo que Israel gastou no Egito. Israel gastou 430 anos no Egito (Êx. 12:40), da chegada de Jacó e sua família no Egito até a saída do Egito com Moisés. Quando Jacó e sua família chegaram no Egito deu o total de 70 pessoas (Gên. 46:27, Êx. 1:5). Quando a multidão de Israel saiu do Egito com Moisés deu o total de seiscentos mil (600.000) homens, sem contar as crianças e mulheres (Êx. 12:37). Calculando que cada homem tinha uma esposa e dois ou três filhos, o total chegou para ser mais ou menos três milhões (3.000.000) de pessoas. Então, Êx. 1:7 é a verdade mesma. Foi por isso que o Egito escravizou Israel (Êx. 1:8-22).

O PENTATÊUCO
O LIVRO DE ÊXODO

AS DEZ PRAGAS DO EGITO

Praga

Texto

Aviso

O Deus Egípcio Zombado

O Coração de Faraó

Produziu Efeito em Gósen?

Os Magos Copiaram?

Água do rio Nilo se tornou sangue

7:14-24

Sim

Os deuses do Rio Nilo

Coração dele se endureceu - 7:22

Sim - 7:20-21

Sim

Comentário: Ficou 7 dias. O Nilo era um rio sagrado do Egito. Os magos copiaram as pragas, mas porque? O que precisaram foi água, não mais sangue. Eles não puderam desfazer o que Deus tinha feito, nem fazer água para o povo beber.

Rãs

8:1-15

Sim

Pta e Heca - deus e deusa de cabeça de rã

Endureceu o seu coração - 8:15

Sim - 8:6

Sim

Comentário: Fizeram de novo. Para que? Não precisaram mais rãs. De novo não puderam desfazer o que Deus tinha feito. A rã representou para o Egito a vida humana em embrião. Deus mostrou que Ele é a fonte de toda vida.

Piolhos

8:16-19

Não

Leb - deus da terra

Coração dele se endureceu - 8:19

Sim - 8:17

Não

Comentário: Piolhos são pulgas ou mosquitos. Esta vez os magos disseram a Faraó que "isto é o dedo de Deus, 8:19. As pulgas ficaram sobre a terra como o pó.

Moscas

8:20-32

Sim

Quepara - deus besouro

Endureceu ainda esta vez seu coração - 8:32

Não 8:22-23

Não

Comentário: Um tipo de mosca chamado "mosca de cachorro" que morde a pálpebra, pode dar doença dos olhos e até cegueira. Começando com esta praga Deus fez diferença entre Egito e Israel, 8:22-23, 11:7. Observa os comprissos de Faraó,, v. 25 e 28.

Pestilência Gravíssima

9:1-7

Sim

Seráfis (Ápis) – deus sagrado de Mênfis do gado

O coração de Faraó se agravou - 9:7

Não 9:4 e 7Não

Comentário: Os magos não puderam desfazer nem curar a doença. Uma doença que atacou o gado. Todo gado do Egito morreu, mas nenhum morreu de Israel.

Sarna

9:8-12

Não

Neite - deusa e rainha do céu

O Senhor endureceu o coração de Faraó - 9:12

Não - 9:11Não

Comentário: Deus nesta praga zombou a deusa e rainha do céu do Egito. Moisés jogou o pó para o céu que deu um tumor ulceroso na pela do povo que doeu demais. Os magos também pegaram a doença e não puderam adorar a sua deusa e rainha religiosa.

Saraiva

9:13-35

Sim

Íris - deus da água e

Osiris - deus de fogo

O coração de Faraó se endureceu - 9:35

Não 9:26

Não

Comentário: Todos que creram na Palavra de Deus escaparam desta praga, 9:20-21. Deus mandou saraiva cair na terra e fogo correr no chão. Mostrou que seus deuses da água e do fogo eram mesmo nada.

Gafanhotos

10:1-20

Sim

Xu - deus do ar e

Sebeque - deus-inseto

O Senhor endureceu o coração de Faraó – 10:20

Não - 10:6

Não

Comentário: Deus encheu o ar de gafanhotos. Os deuses egípcios (Xu E Sebeque) não puderam fazer nada para não deixar acontecer. Ó que deuses fracos! Observa o terceiro comprisso oferecido por Faraó, 10:11.

Trevas

10:21-23

Não

Rá - deus-sol. Ele era o deus principal do Egito

O Senhor endureceu o coração de Faraó – 10:27

Não - 10:23

Não

Comentário: Com esta praga Deus derrubou o deus principal do Egito, Rá, o deus-sol. A palavra Faraó significa sol, ele era um deus. Egito ficou nas trevas (sem ver nadinha) durante 3 dias, mas Israel ficou na luz. Observa o quarto comprisso de Faraó, 10:24.

Morte do primogênitos

11-12

Não

Jeová reina! Ele destruiu todos os deuses falsos do Egito. Agora mostra que Ele é a vida.

Pela última vez o seu coração se endureceu - 14:1-10, 21-28

Aqueles que tinham o sangue do cordeiro não morreram

Não puderam aliviar o povo

Comentário: Depois disto todos souberam que Deus era o Senhor e Seu nome ficou anunciado Comentário: em toda a terra. Deus destruiu todo deus falso do Egito. Na morte do primogênito Deus mostrou que Ele tem na Sua mão o poder de morte e de vida. Depois vamos estudar mais detalhadamente a Páscoa.

O LIVRO DE ÊXODO
ACAMPAMENTO DO ARRAIAL DE ISRAEL

OESTE

Manassés Efraim Benjamim

Gersonitas

Gade T Aser

A

B

E

R

SUL Rúben Coalitas N Meraritas Dã NORTE

Á

C

U

L

Simeão O Naftali

Moisés, Aarão e os Levitas

Zebulom Judá Issacar ff

LESTE


Este mapa mostra o arranjo das tribos de Israel ao redor do Tabernáculo. Também onde é que ficaram os sacerdotes que cuidaram do tabernáculo ao redor do Tabernáculo.

O PENTATÊUCO
CALENDÁRIO JUDAICO

Abril

Maio

Junho

Julho

Agosto

Setembro

Outubro

Nisã

Zive

Sivã

Tamuz

Ab

Elul

Etanim

Novembro

Dezembro

Janeiro

Fevereiro

Março

Bul

Quislev

Tebete

Sebate

Adar

Veadar



÷ Nisã ÷ Sivã ÷ Etanim

1 – Ano Novo 50 dias depois da Páscoa – Pentecostes 1 Festa dos Trombetas

14 – Páscoa 10 Grande Dia da Expiação

15 – Festa Dos Pães Asmos 15 Festa dos Tabernáculos

16 – Festa das Primícias

l Entre Pentecostes e a Festa dos Trombetas
Há um Intervalo Simbólico da Era da Graça

O primeiro mês do ano judaico é Nisã. O mês de Veadar foi aumentado sete vezes em cada 19 anos. Foi aumentado cada ano que a cevada não estava pronta no dia 16 de Nisã. Não podia ser aumentado dois anos em seguida.

As Festas Judaicas do Velho Testamento

Festa

Simbolismo

Comentário

Páscoa

O Cordeiro de Deus sacrificado para salvar o pecador da ira de Deus.

Festa comemorativa da liberdade dos judeus do Egito.

Festa dos Pães Asmos

Fala da vida nova que o salvo tem em Jesus Cristo.

O pão asmo era da Páscoa. É o resultado do cordeiro sacrificado – Santidade.

Festa das Primícias

Fala da Ressurreição de Jesus Cristo, Ele ressuscitou primeiro, depois nós os salvos por ele.

Expressar gratidão pela ceifa que Deus deu. Devemos expressar a nossa gratidão pela vitória.

Pentecostes

O Espírito Santo deu poder a sua igreja para fazer a sua obra. Dois pães, judeu e gentio.

O fim da ceifa da cevada e a ceifa apresentada a Deus.

Festa dos Trombetas

A Segunda Vinda de Cristo. Quando vier para arrebatar o seu povo e ajuntar Israel.

Comemorar os eventos de Sinai.

Grande Dia da Expiação

A Revelação de Cristo, Israel salvo e arrependido por causa da sua rejeição do Messias.

O dia para Israel fazer expiação pelo pecado por mais um ano.

Festa dos Tabernáculos

O Milênio – Jesus Cristo reinando com Israel de Jerusalém e também todos os salvos com Ele.

Lembrança da vida nas tendas no deserto.

O PENTATÊUCO
O LIVRO DE ÊXODO

A Primeira Divisão do Livro - Êxodo. 1-18.

O Êxodo (A Saída) de Israel do Egito

A primeira divisão de Êxodo é dividida em três divisões. 1. A Saída Planejada. 1-4. 2. A Saída Impedida. 5-11. 3. A Saída Realizada. 12-18.

1. A Saída Planejada por Deus através de Moisés. 1-4.

A Saída Necessitada. 1.

O livro de Êxodo começa com Israel no Egito. José e Jacó com suas famílias já morreram. Muitos anos tem passado desde os dias de Jacó e José. Este povo judaico que chegou no Egito contando 70 pessoas (v. 5) cresceu para ser uma multidão muito grande (v. 7). A prosperidade e crescimento de Israel deixou os Egípcios com inveja e medo de perder a supremacia e domínio sobre os judeus. Além disto outra dinastia (série de soberanos pertencentes a mesma família) levantou-se sobre o Egito que não conheceu (reconheceu) nem respeitou os judeus. Foi por isso que os Egípcios escravizaram os judeus cruelmente. Até o rei do Egito mandou matar todos os meninos nascidos ás hebréias. Satanás sempre tentou acabar com esta nação e principalmente o seu Messias. Observa que isto simboliza o que aconteceu quando Jesus Cristo nasceu. Herodes mandou matar os filhos dos judeus quando Jesus nasceu. Era Satanás tentando matar o Messias. Moisés é simbólico de Jesus Cristo. Moisés escapou da morte pela vontade de Deus para salvar o povo de Deus da escravidão do Egito. Herodes não conseguiu matar o menino Jesus por causa da intervenção de Deus, para que depois pudesse salvar o seu povo eleito da escravidão do pecado e do mundo (simbolicamente o Egito).

Observa também que na Bíblia Israel simboliza o povo de Deus e o Egito o mundo pecaminoso e rebelde. Portanto, o tratamento que Israel recebeu no Egito é simbólico do tratamento que o povo de Deus recebe no mundo agora. Como o Egito se mudou no seu tratamento para com Israel, o mundo é inconstante no seu tratamento do povo de Deus. A bênção do Egito sobre Israel se tornou uma maldição em poucos anos. Só porque o povo de Deus goza na paz e segurança agora do Brasil, não é que continuará assim para sempre. Porque, entre o mundo e o povo de Deus nunca teve paz por muito tempo, e nunca terá até Jesus voltar. É melhor confiar em Deus do que no mundo.

A Saída Antecipada. 2.

Deus já tinha planejado (predeterminado) para mandar Moisés livrar Israel do Egito. Desde a eternidade Deus tinha predestinado e predeterminado mandar o seu Filho para salvar as suas ovelhas do pecado. Apesar de tudo que Satanás, o homem e o mundo fazem para impedir a salvação das ovelhas, o Deus Triúno as salvará e elas estarão afinal na casa celestial com Deus eternamente. Esta verdade é mostrada em Êxodo pelo seguinte: Deus tirou Israel do Egito pela graça através do cordeiro e apesar de tudo que Satanás e o Egito fizeram para não deixar isto acontecer, Deus cumpriu a sua vontade pelo seu poder e Israel chegou na terra prometida afinal.

Quando Moisés nasceu ele foi escondido durante três meses numa arca no rio. Lá a filha de Faraó o achou e o levou para o palácio e Moisés se tornou o filho dela. É maravilhoso ver como é que Deus opera a sua vontade. Um rapaz hebreu que o Faraó mandou matar foi criado na sua própria casa como o filho da sua própria filha. Além disto, a filha de Faraó mandou a própria mãe de Moisés mamá-lo (é isto que criar significa) e a pagou com o dinheiro da tesouraria de Faraó mesmo (2:9). Pelo fato que Moisés tinha uma mãe adotiva da família real, ele estudou nos melhores colégios e foi instruído em toda a ciência dos Egípcios (Atos 7:22). Os Egípcios eram avançados em escrever, matemática, engenheira, astrologia, química e música. É só Deus que pode fazer uma coisa dessa pela sua providência divina e soberana.

Quando Moisés tinha 40 anos de idade ele escolheu pela fé recusar ser chamado o filho da filha de Faraó, preferindo ser maltratado com o povo de Deus do que gozar do pecado por um pouco de tempo. Ele estimou o vitupério de Cristo maior riqueza do que o tesouro do Egito. Ele deixou o Egito sem temer a ira do rei. Moisés renunciou tudo e se tornou depois o salvador de Israel do Egito. Está vendo Cristo e seu povo nisto?

O fato que Moisés tentou livrar Israel dos Egípcios pela sua própria força não muda o fato que ele escolheu certamente quando renunciou tudo para servir o Senhor. Mas é melhor esperar para o Senhor resolver e fazer a sua vontade no seu próprio tempo do que forçar a situação. Israel nem Moisés estavam prontos para sair do Egito ainda (v. 2:11-14). Os dois tinham que ser preparados para este fim. Israel para aceitar Moisés como seu libertador tinha que ser preparado. Também Moisés tinha que ser preparado para fazer a obra dada por Deus a ele. O homem que faz grandes coisas por Deus é um homem bem preparado. Os 40 anos que Moisés gastou em Midiã foram anos de preparação para ele por Deus. Moisés não começou a sua obra até que tinha 80 anos de idade. Ó que preparação boa! Vale a pena para um pregador gastar um tempo para se preparar bem para ser um bom pastor!!

Em Midiã Moisés ganhou uma esposa (Zípora) gentia. Zípora era a filha de Reuel que fez amizade com Moisés porque ele ajudou as sete filhas dele em dar água para beber ao rebanho que os pastores estavam impedindo. Jetro é chamado o sogro de Moisés também. Jetro e Reuel são o mesmo homem? Pode ser sem dúvida. Jetro pode ser também o cunhado de Moisés (que é o filho de Reuel) que herdou tudo quando seu pai morreu. Porque agora tem passado 40 anos desde que Moisés chegou em Midiã.

Moisés não foi homem qualquer, nem covarde, mas muito corajoso e valente para fazer a coisa certa. Ele mostrou isto quando sozinho defendeu as sete filhas de Jetro e deu água para beber ao rebanho delas. Coragem e valentia são qualidades boas e desejadas na obra de Deus, mas elas tem que ser temperadas com mansidão e humildade. Foi este tipo de coisa que Moisés aprendeu em Midiã. Podemos ver a diferença em Moisés depois de passar 40 anos em Midiã. Antes não tinha esta mansidão e humildade, só depois. Quando ele apareceu no Egito para enfrentar Faraó no poder de Deus, era homem corajoso e valente ainda, mas também manso e humilde (Núm. 12:3). A coragem e valentia sem a mansidão e humildade deixam o homem muito vaidoso e comandante.

Enquanto Moisés estava rejeitado pelos seus irmãos (os judeus) ele ganhou uma noiva gentia. É simbólico de Jesus Cristo que foi rejeitado pelos seus irmãos (os judeus), e durante este tempo da rejeição dos judeus está ganhando uma noiva gentia. Depois Moisés apareceu novamente e foi aceitado por Israel e Moisés a libertou e salvou. É como Jesus Cristo e Israel na sua segunda vinda.

A Saída Precipitada. 3-4.

Enquanto Moisés estava cuidando o rebanho no Monte de Horebe (que é o Monte de Sinai) apareceu-lhe o anjo do Senhor em chama de fogo no meio duma sarça. A sarça ardeu no fogo sem se consumir. Sem dúvida o anjo do Senhor que apareceu e falou com Moisés era o Senhor Jesus Cristo. Nos versículos 3:4-7 diz claramente que é Deus que apareceu na sarça e falou com ele. Sempre na Bíblia a pessoa da Trindade que se manifesta visivelmente aos homens é Jesus Cristo. Foi assim que Moisés foi comissionado para tirar Israel do Egito. Deus se revelou como "eu sou o que sou", ou simplesmente "eu sou" (3:14). Jesus se identificou por este nome em João 8:56-59 e 18:6, e outras vezes também no livro de João. Deste nome (eu sou o que sou) vem o nome Jeová. Jeová significa "aquele que é autoexistente ou eterno". Os nomes Josué (nome hebraico) e Jesus (nome grego para Josué) significam "Jeová salva" ou "Jeová o salvador". Jesus se chamou "eu sou o que sou". Jesus Cristo é Jeová. Este Deus mandou Moisés livrar o seu povo do Egito para ficar numa terra que manou leite e mel. Deus falou com Moisés que esta vez Israel ia aceitá-lo, porque estava preparado agora para isto. Mas, também avisou Moisés que o Egito não ia aceitá-lo de jeito nenhum. Deus foi glorificado pela destruição dos Egípcios, como foi pela redenção de Israel. Mostra a eleição da graça de Deus. Observa que Israel tinha que passar pela páscoa para deixar o Egito e entrar na terra prometida. Para deixar este mundo e entrar nos céus, tem que ser pelo Cordeiro de Deus sacrificado.

Deus mandou as mulheres de Israel pedir aos Egípcios prata, ouro, vestidos e outras coisas quando saíram do Egito (3:21-22). Foi coisa justa, porque os Egípcios tinham despojados Israel pela escravidão. Agora era para despojar os Egípcios justamente. Este ouro e prata foram usados depois para construir o Tabernáculo? Parece que sim. Observa Êx. 25:1-2.

No capítulo 4:1-18 Moisés deu duas desculpas porque não podia fazer o que Deus tinha mandado. Isto mostra duas coisas. Primeiramente, Moisés aprendeu que não podia fazer a obra de Deus na sua própria força como ele fez primeiramente. Agora ele teve cuidado em fazer as coisas de Deus. Segundamente, agora ele estava inclinado para ser tímido e reservado. Há hora quando timidez é pecaminosa. É quando Deus manda fazer a sua vontade pelo poder dele. Não é para confiar em si mesmo para cumprir a vontade dele, nem desconfiar no poder operando no homem para cumprir a vontade dele. As duas desculpas eram fracas. A primeira mostra (4:1) que Moisés estava olhando mais para o povo do que para Deus. Deus deu três sinais a Moisés para provar que era mandado por Deus para livrar Israel. O sinal da vara que se tornou uma serpente, a mão que ficou leprosa e curada, e a água que se tornou sangue. Deus pode muito bem cumprir a sua vontade através do servo disposto e pronto. A segunda (4:10) colocou confiança demais no ato de falar do homem. A obra de Deus não depende do homem nem da sua boca, mas do poder de Deus operando no homem e na sua boca. Deus pode fazer do homem comum e humilde demais um grande servo pelo seu poder. Depois de ouvir tudo isto Moisés ainda ficou desconfiante e disse (4:13): "Envia a pessoa que acha certa, mas se não der certo, eu já sabia". Por isso, o Senhor irou-se com Moisés. Porque? Porque Moisés achou que sabia melhor do que o Senhor. Deus resolveu esta desculpa mandando Aarão para ajudar Moisés.

Agora Moisés resolveu as coisas com Jetro e foi para o Egito com toda a sua família. Mas, no caminho Deus encontrou Moisés com a intenção de matá-lo. Porque tinha negligenciado circuncidar o seu segundo filho. Moisés teve dois filhos segundo versículo 4:20. Parece que circuncidou o primeiro, mas não o segundo por causa da sua esposa Zípora que ficou contra. Depois de enfrentar o Senhor no caminho, ela circuncidou o filho, porque sabia que foi para fazer isto ou perder o marido. Observa que eles nem perguntaram porque o Senhor apareceu no caminho para matar Moisés, porque já sabiam porque, a desobediência do mandamento dele. Mas, ela fez com muita raiva não gostando de maneira nenhuma. Depois jogou o prepúcio dele aos pés de Moisés e o chamou esposo sanguinário. Foi coisa muito ridícula, porque foi o mandamento de Deus e não de Moisés. Parece que neste dia Zípora e os dois filhos voltaram para a casa do pai dela e ficaram ali até depois da saída do Egito (18:1-2). Números 12:1-2 mostra que Zípora não aceitou a fé de Moisés e que era mulher rebelde. Depois que Zípora voltou para a casa do seu pai, Moisés foi encontrar Aarão no Egito e anunciar a Israel que foi mandado por Deus para livrá-la da escravidão do Egito. O povo aceitou-o e adorou Deus por isso.

2. A Saída Impedida. 5-11.

Esta passagem conta o duelo entre Moisés e Faraó. Mas, na realidade era entre Deus e Satanás, entre a religião divina e a religião diabólica. Esta luta era para mostrar que Jeová é o único Deus verdadeiro, que Deus tem a supremacia absoluta. Porque Faraó e o Egito nem reconheceram Jeová como sendo alguma coisa, mas mesmo acharam que Ele era nada. "Quem é o Senhor, cuja voz eu ouvirei, para deixar ir Israel? Não conheço o Senhor, nem tão pouco deixarei ir Israel", (5:2). Deus disse em Êx. 9:16 o propósito das pragas do Egito: "Mas deveras para isto mantive, para mostrar o meu poder em ti, e para que o meu nome seja anunciado em toda a terra". Cada uma das pragas era contra um deus dos Egípcios. Deus mostrou que não há deus além do Deus verdadeiro da Bíblia.

Vamos pensar um pouco nos milagres da Bíblia. Em geral na Bíblia, há três grupos de milagres: as pragas do Egito, os milagres feitos por Elias e Elizeu, e os milagres feitos por Jesus Cristo e os apóstolos. Moisés é o primeiro homem para operar milagres na Bíblia pelo poder de Deus. Deus mesmo tinha feito milagres antes, mas o primeiro homem para fazer era Moisés. Não é só estas pessoas que fizeram milagres na Bíblia, porque outras fizeram também. Mas foram casos insolados e não grupos de milagres. Porque a maioria dos milagres da Bíblia vieram em grupos. Deus não operou milagres através do seu povo em todas as épocas da Bíblia, mas só as vezes quando foi necessário para provar e autenticar a verdade e o seu povo. Foi isto que Moisés fez quando apareceu perante Faraó. Foi a mesma coisa com Elias e Elizeu. Jesus Cristo fez milagres para si identificar como o Filho de Deus e o Messias. Depois no Novo Testamento Deus operou milagres através dos Apóstolos para autenticar e identificar a verdade e a igreja verdadeira do Senhor Jesus Cristo. Em cada caso os milagres não continuaram porque serviram para cumprir o seu propósito e não foram mais necessários. É por isso que os milagres agora cessaram, porque já serviram para cumprir o seu propósito na época dos apóstolos. Agora temos uma coisa melhor para identificar e mostrar a verdade, a Palavra de Deus completa (I Cor. 13:8-13).

Também as pragas do Egito serviram para mostrar que Deus faz uma diferença entre os vasos da ira e os vasos de misericórdia. Observa o que diz em Êxodo 11:7: "Mas contra os filhos de Israel nem ainda um cão moverá a sua língua, desde os homens até aos animais, para que saibais que o Senhor fez diferença entre os egípcios e os israelitas". É o Senhor que fez e faz esta diferença entre os vasos da ira e os vasos de misericórdia pela sua graça. Deus si glorificou no seu poder e justiça nos vasos da ira (Faraó e os Egípcios). Deus si glorificou na sua graça e glória nos vasos de misericórdia (Israel). Simbolicamente isto fala sobre os eleitos e os não eleitos. Leia Rm. 9:8-23.

3. A Páscoa. 12.

Vamos estudar a Páscoa individualmente porque ensina muita coisa preciosa para os salvos em Jesus Cristo. A Páscoa nos mostra o que Deus fez para salvar os seus escolhidos através do sacrifício do seu Filho Jesus Cristo. A seguir há um sermão completo sobre a Páscoa.

Introdução. "Porque Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós", I Cor. 5:7. O Apóstolo Paulo nos diz claramente que a Páscoa simboliza Jesus Cristo e o sacrifício que ele fez de si mesmo para nos salvar da ira de Deus. Jesus Cristo é o cumprimento do cordeiro pascal. Cristo é o cordeiro de Deus sacrificado pelo pecado. Por isso, não precisamos mais deste símbolo do cordeiro, porque temos Cristo que foi sacrificado de verdade para nos salvar da ira divina. Não é ainda para continuar a celebração da Páscoa, porque Jesus já cumpriu uma vez para sempre tudo necessário para nos salvar da ira de Deus. A missa, crucifixo, hóstia, domingo da páscoa, sexta-feira santa, peixe, culto ao amanhecer da páscoa, e ensinar que Cristo foi crucificado sexta-feira e ressuscitado domingo de manhã cedo vem da igreja católica e do paganismo. A Páscoa foi o símbolo do cordeiro de Deus (Jesus Cristo) que foi sacrificado para salvar os eleitos de Deus da ira divina. Observaremos que a Páscoa mostra o que Jesus fez por nós na cruz do Calvário.

A Pessoa do Cordeiro da Páscoa.

1. O cordeiro pascal sempre está falado no singular, apesar do fato que muitos foram sacrificados cada vez que Israel observou-a. Isto mostra que o cordeiro da páscoa falava do "Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo". (João 1:29, I Pedro 1:18-19). Muitos cordeiros morreram em Israel simbolizando "o único cordeiro de Deus que mesmo salva da ira de Deus".

2. O cordeiro pascal era manso, humilde, submisso e inocente. Como Jesus Cristo que si entregou para ser o sacrifício pelo pecado.

3. O cordeiro pascal tinha que ser sem mácula nenhuma. Jesus nasceu de uma virgem (sem a natureza pecaminosa) e andou no mundo sem pecado. Jesus Cristo era o homem perfeito em todas as maneiras. (Heb. 7:26). Jesus Cristo, o cordeiro de Deus, é o sacrifício perfeito pelo pecado. (II Cor. 5:21). Na salvação Jesus Cristo é a nossa justiça e quem pagou nosso pecado eternamente.

4. O cordeiro pascal foi um macho de um ano. Jesus Cristo morreu na força de vida (no meio dos seus dias) para salvar-nos. (Sal. 102:24).

A Maneira da Sua Morte.

1. O cordeiro pascal foi tomado do rebanho. Mostra que Cristo se fez carne para ser o Salvador.

2. O cordeiro pascal foi separado 4 dias antes de morrer no dia da páscoa. O cordeiro pascal foi separado assim para que pudesse ser examinado cuidadosamente para um defeito, e só depois que não foi achado nenhum, foi sacrificado. Jesus cumpriu isto literalmente. João 12:1 diz que no dia seguinte Jesus entrou em Jerusalém (Entrada Triunfal) e que estava em Jerusalém durante 4 dias antes da crucificação. Jesus foi examinado pelo mundo e não achou nele crime nenhum.

3. Deus mandou todo o ajuntamento da congregação de Israel sacrificar o cordeiro pascal, foi impossível para Israel matar um só cordeiro. Isto foi feito simbolicamente pelo sacrifício dos cordeiros todos em Israel. Simbolicamente mostra que todo o mundo está culpado pela morte de Cristo. (At. 4:24-28).

4. O sangue do cordeiro pascal foi colocado em ambas as ombreiras da porta, na verga da porta e no limiar da porta. A bacia (v. 22) significa o limiar da porta. Parece que o cordeiro pascal foi morto na entrada da porta da casa. E do sangue que foi derramado no limiar da porta o sangue foi passado nas ombreiras e verga da porta. É um retrato glorioso da crucificação do cordeiro de Deus Jesus Cristo na cruz. Na cruz Jesus tinha sangue na cabeça por causa da coroa de espinhos (na verga), nas mãos estendidas ao lado por causa dos cravos (nas ombreiras), e nos pés, também por causa dos cravos (no limiar).

O Sofrimento do Cordeiro.

1. A páscoa é chamada o sacrifício da páscoa do Senhor. Leia Ef. 5:2, Heb. 9:26 e 10:12. O cordeiro pascal foi um sacrifício vicário ou substituinte. O cordeiro pascal inocente e perfeito morreu no lugar dos culpados de pecado, os primogênitos. Jesus Cristo é o sacrifício vicário ou substituinte. Jesus, o inocente e perfeito cordeiro de Deus, morreu no lugar dos culpados de pecado para salvá-los. Ele morreu no lugar das suas ovelhas como o sacrifício substituinte. Observa João 10:11, 15, Rm. 8:32, I Ped. 3:18.

2. O cordeiro pascal morreu pelo derramamento de sangue. Foi só assim que Deus aceitou o sacrifício. Jesus Cristo morreu derramando o seu sangue para nos salvar da ira de Deus. Pelos espinhos na cabeça, a lança no seu lado, cravos. Ap. 1:5. Heb. 9:22.

3. O cordeiro pascal foi assado no fogo. Jesus Cristo sofreu na cruz a ira de Deus, o inferno que merecemos, o castigo da lei para nos salvar. Lm. 1:12-13. Segundo os judeus o cordeiro pascal foi cortado pelo meio, deixando as suas pernas dianteiras estendidas ao lado, e assim colocado no fogo para ser assado. Pode ver nisto que o cordeiro pascal ficou no fogo na forma da cruz. Jesus Cristo sofreu na cruz a ira de Deus em nosso lugar.

4. O cordeiro pascal não foi cozido em água. Jesus disse quando estava na cruz: "Tenho sede". Porque sem água? Porque água podia ter diminuído ou impedido o efeito do fogo. Deus o Pai deixou o seu Filho sofrer ao máximo a sua ira sem alívio nenhum.

5. Nenhum osso do cordeiro pascal foi quebrado. Jesus cumpriu isto literalmente na cruz. O corpo dele foi batido, machucado, ferido, os ossos desconjuntados (Sal. 22:14); mas nenhum foi quebrado. João 19:31-33.

6. Nada do cordeiro pascal foi deixado até amanhã. O sacrifício da páscoa foi cumprido numa noite só. Jesus disse na cruz: "Está consumado". A obra da salvação foi feita e terminada de uma vez para sempre. Jesus não deixou nada para fazer para completar ou terminar a salvação dos seus eleitos até amanhã. Está feito tudo necessário para nos salvar da ira de Deus eternamente. Não é necessário repetir o sacrifício (a missa, ó que mentira) e nem pode. Porque está feito já, e foi Jesus que fez! Aleluia! Heb. 9:12, 10:10-14.

O Dia que Jesus Cristo Morreu. O cordeiro pascal foi sempre sacrificado no dia 14 de Nisã (Abril para nós) a tarde (as quinze horas). Marcos diz (15:34-37) que Jesus morreu exatamente na hora da morte do cordeiro pascal (a hora nona, as quinze). A morte do Senhor Jesus Cristo não foi acidente, mas foi feita pelo conselho predeterminado de Deus. A morte de Jesus Cristo era o cumprimento divino da Páscoa do Senhor. O propósito e o simbolismo da páscoa foram cumpridos em Jesus Cristo como o sacrifício de Deus pelo pecado. João 12:23, 27. 13:1.

O Efeito da Páscoa. O efeito da Páscoa foi a salvação da ira, justiça, castigo de Deus e da morte vingadora. Foi o sangue somente do cordeiro pascal que salvou-os desta morte. Da mesma forma, é só o sangue do Cordeiro de Deus (Jesus Cristo) que pode salvar da ira vingadora divina. "Vendo eu sangue, passarei por cima de vós". "Logo muito mais agora, tendo sido justificados pelo seu sangue, seremos salvos da ira", Rm. 5:9.

O Comer da Páscoa.

1. Mostra simbolicamente que somos salvos pela fé no Senhor Jesus Cristo como nosso sacrifício pelo pecado. Os judeus tinham que passar o sangue do cordeiro na porta confiando que Deus ia guardar a sua promessa de não matá-los. Deus mesmo guardou a sua promessa para com eles. Da mesma forma nós os salvos confiamos na promessa de Deus de salvar-nos pelo sacrifício Jesus Cristo que derramou seu sangue para nos salvar da ira dele. Com certeza, a promessa de Deus está segura, ele nos salvou da ira divina eternamente. João 5:24.

2. Deus mandou o povo comer a páscoa com pães asmos. Pão asmo é pão sem fermento. Fermento simboliza pecado e heresia. Era para comê-la com união, comunhão, pureza, motivos puros, vida pura, e sem heresia e pecado. É assim que devemos andar com os salvos da ira de Deus pelo sangue do Cordeiro de Deus.

3. Deus mandou também o povo comê-la com ervas amargosas. Recebemos Jesus Cristo com muita alegria na salvação, mas também com uma tristeza porque sabemos que o nosso pecado custou a vida do nosso precioso Salvador. Somos salvos da ira de Deus eternamente, mas não vamos ficar sem dificuldade, aflição nem problema. O salvo por Jesus Cristo ainda tem coisas amargosas na vida.

4. Quem foi e quem não foi que comeu a páscoa? A família e o servo comprado por dinheiro. (v. 43-44). Para ser protegido da ira de Deus, tem que ser da família de Deus pela fé e comprado pelo sangue do Cordeiro. Mas, os estrangeiros, não circuncidados e assalariados não comeram da Páscoa. (v. 43-45).

Conclusão. Na mesma noite que comeram a Páscoa, eles começaram também a sua viagem para a "terra prometida". (v. 11). Eles comeram a Páscoa tudo pronto para sair para a "terra de Canaã". Por causa do Cordeiro de Deus sacrificado estamos no caminho que vai para a "Terra Prometida Celestial" ou a "Canaã Celestial". Estamos viajando agora numa terra estranha, mas um dia chegaremos na nossa terra celestial onde moraremos para sempre. Eu vou! Também vai? Só pela fé no Cordeiro de Deus que foi sacrificado para salvar o pecador da ira de Deus.

4. A Viagem Começada. 13.

A Bíblia diz em Êxodo 32:11 que Deus "tiraste da terra do Egito com grande força e com forte mão" o seu povo. Israel (o povo de Deus simbolicamente) foi salvo da escravidão do Egito (o mundo simbolicamente) pelo grande poder de Deus e começou o seu andar com o seu Deus. Agora Deus santificou os primogênitos para o seu serviço. Isto foi uma coisa justa e certa porque tinha os poupado lá no Egito. Os salvos pela graça de Deus são separados para ser os servos de Deus. O Senhor deu para eles uma coluna de nuvem para os guiar de dia e uma coluna de fogo para os guiar de noite. A coluna de nuvem ou a coluna de fogo sempre ficou na frente deles para os guiar pelo caminho certo. Isso simboliza o Espírito Santo que guia os remidos pelo caminho de Deus. Os salvos tem um Guia fiel e infalível para os guiar sempre e continuamente pelo caminho certo de Deus. (Rm. 8:14).

5. Atravessar o Mar Vermelho. 14.

A coluna foi na frente deles guiando-os pelo caminho certo. Mas nota que não foi o caminho mais curto nem direto para Canaã. Israel tinha na sua frente dificuldades para enfrentar e inimigos atrás deles para vencer. Mas, Israel nem sabia tudo isso ainda. Deus sabia tudo antemão e foi necessário só que ele soube. É só seguir a coluna (Espírito Santo) pela fé e confiar em Deus para ser guiado pelo caminho certo. Mas nota que Deus guiou o povo para um lugar que ele soube que não tinha saída, o mar na frente, os inimigos atrás e aos lados montanhas e deserto. Não tinha onde correr, menos ao Senhor. Era o propósito dele. Deus ia mostrar ao seu povo mais uma vez que é só ele que pode vencer os nossos inimigos e dificuldades. Também si glorificou pela destruição dos seus inimigos. Deus ainda faz isto com seu povo? Claro que sim. Confie nele irmãos, porque ele sabe o que está fazendo, vai nos ensinar muita coisa. Faz parte do nosso crescimento. Mas, tudo vai dar certo, porque um Guia divino nos protege e ajuda. Na hora certa Deus deu a vitória ao povo dele e completamente destruiu os seus inimigos e dificuldades. Todos sabiam depois que foi Deus que fez. Foi ele que abriu o mar e deixou o seu povo passar sem nem sujar os seus pés, mas o mesmo mar afogou os Egípcios. Observa também que o atravessar do Mar Vermelho simboliza o batismo do remido (I Cor. 10:1-2). É o primeiro passo do salvo depois da sua redenção.

6. Do Mar Vermelho para o Monte de Sinai. 15-18.

O Cântico da Redenção. 15:1-21. Logo depois da grande vitória realizada por Deus, o povo de Deus cantou louvores a Deus. Agora estavam livres dos seus inimigos da escravidão do Egito, dá motivo para louvar a Deus.

A viagem continua, mas não sem provação. 15:22-26. Viajaram ao deserto de Sur onde não tinha água para beber. Tudo não fica fácil na viagem cristã terrestre. É tão rápido que o povo de Deus esquece o poder de Deus para providenciar a necessidade e começa reclamar e murmurar. Mas uma vez Deus resolveu a situação difícil. O povo de Deus estava começando falhar na prova dada por Deus. Cuidado com murmurar quando Deus dá a prova.

Continuaram viajar até a Elim. 15:27. Elim foi um oásis no meio do deserto. Na vida cristã há tempos de prova divina e sofrimento, mas também tempos de bênção maravilhosa. Esta bênção veio só depois de passar pela prova sofredora.

Partindo de Elim chegaram ao deserto de Sim. 16:1-22. Aqui o povo de Deus achou outra razão de reclamar e murmurar. Ó como é que o povo de Deus é um povo para reclamar! Esta vez foi sobre a comida. Eles ficaram lembrando do Egito e da comida de lá. Ó que coisa vergonhosa para ficar lembrando da vida passada mundana e das coisas do mundo com desejo! Mostra que o povo de Deus não é perfeito ainda na sua carne e tem que sujeitar-se a Deus em tudo para não deixar a carne tomar a conta da vida. Nota também que Deus é longânime para com o seu povo, porque mais uma vez supriu a sua necessidade apesar da murmuração com o maná e codornizes. Observa que a palavra maná significa "Que é isto"? (v. 15). No Novo Testamento diz claramente que o maná simboliza Jesus Cristo, a comida espiritual do povo de Deus. (João 6:22-35). É só Jesus Cristo que pode satisfazer a fome espiritual que o povo de Deus tem. Jesus Cristo é o verdadeiro pão dado pelo Pai do céu.

O Sábado. 16:23-36. O sábado do Senhor já era uma coisa observada antes da lei de Moisés recebida no Monte de Sinai. Deus deu para o seu povo um dia em sete para ser preservado para adorar Deus. Agora é Domingo. (Heb. 4:9).

Viajaram a Refidim. 17:1-7. Os Israelitas chegaram em Refidim e começaram reclamar logo pela terceira vez. De novo foi por causa da falta de água. Em vez de orar a Deus e confiar nele para suprir a necessidade, reclamaram. O Senhor mandou Moisés ferir a rocha no Monte de Horebe (Sinai) e saiu bastante água para saciar a sede de todos. A rocha fala de Cristo também (I Cor. 10:4). É só Cristo que pode saciar a sede espiritual do seu povo.

O Ataque dos Amalequitas. 17:8-16. Enquanto Israel estava acampado em Refidim sofreu o ataque dos Amalequitas e tinha que lutar pela primeira vez depois de sair do Egito. Quem era Amaleque? O neto de Esaú (Gn. 36:12). Pensa nisto um pouco. O líder dos soldados era Josué. De onde vieram as armas deles? Parece do Mar Vermelho depois de afogar os Egípcios (14:30). O povo de Deus tem que lutar contra os inimigos de Deus as vezes com certeza. Não seja enganado irmãos, temos inimigos e eles vão nos atacar muitas vezes durante a nossa vida. Deus lutou com eles e nos deu a vitória. Nota que Moisés ficou na frente da luta levantando as mãos aos céus, mas ele não podia continuar assim sem a ajuda do povo de Deus. Um pastor fica na frente do povo de Deus liderando e lutando, mas sem a ajuda do povo de Deus ele vai se cansar e enfraquecer depois de um tempo. Ele precisa da ajuda do povo de Deus para continuar. A obra é do povo de Deus todo. Esta verdade é mostrada também em 18:13-27.

O Encontro com Jetro. 18:1-27. Agora Moisés recebeu de volta a sua esposa e dois filhos. Se lembra da coisa que aconteceu com eles em Êx. 4:19-26?

O PENTATÊUCO
O LIVRO DE ÊXODO

A Segunda Divisão do Livro - Êxodo. 19-24.

A Lei de Deus.

Mostra a santidade de Deus na redenção. A segunda divisão de Êxodo é dividida em três divisões. 1. Os Mandamentos Morais. 19-20. 2. Os Estatutos Civis. 21-23. 3. As Leis Religiosas. 24.

A Bíblia fala: "Mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver; porquanto está escrito: Sede santos, porque eu sou santo", I Ped. 1:15. Deus exige santidade na vida dos salvos, e ele mesmo deu o padrão desta santidade na sua Palavra para a nossa vida. Deus não deixou o povo que remiu e libertou do Egito sem um sistema de mandamentos, estatutos e leis para governar e guiá-lo na santidade. Deus não deixou o seu povo hoje em dia sem regra de justiça para nos guiar e governar na vida e na obra dele. Deus deu tudo isto ao seu povo para mostrar três coisas. 1. Estabelecer um padrão de justiça. Sal. 19:7-9. 119:142. 2. Expor e identificar pecado. Rm. 3:20. 5:20. 7:7. 3. Revelar a santidade divina. Isa. 6:6.

1. Os Mandamentos Morais. 19-20.

Capítulo 19 dá a preparação para receber os mandamentos, estatutos e leis de Deus. O povo de Deus saiu do Egito ao décimo quarto dia do mês (12; 2 e 6) e chegou ao deserto de Sinai ao terceiro mês (19:1). Deus começou preparar o povo de Israel para receber a lei chamando Moisés primeiramente e explicando a ele como seria a natureza do pacto que ele ia fazer com Israel. Moisés contou tudo que Deus tinha falado com ele a Israel. Israel prometeu fazer tudo que Deus tinha falado (19:8). Deus mandou o povo se santificar e estar pronto para depois receber a lei no terceiro dia. Até Deus mandou marcar limites ao redor do monte de Sinai, dizendo para nem tocar o termo dele e nem subir no monte sob pena de morte. Observa os sinais que Deus deu da sua presença em santidade, justiça, juízo e retidão no monte de Sinai; trovão, relâmpago, fumaça, fogo, terremoto e a buzina que soou. Ó como é o nosso Deus santíssimo, justíssimo e retíssimo em tudo. Só podemos entrar na presença dele com muito cuidado e na maneira que ele diz. Só pode ser depois de ser lavado no sangue do Cordeiro de Deus (a páscoa). Também o salvo pelo sangue derramado do Cordeiro de Deus (Jesus Cristo) tem que se manter purificado de pecado para gozar na presença e comunhão de Deus (19:10, I João 1:8 - 2:2). Uma pergunta: Quem foi que tocou a buzina chamando o povo ao monte de Sinai (19:13, 19)? Parece que foi Deus mesmo. Capítulo 20 dá os Dez Mandamentos. Deus deu ao seu povo neste capítulo os dez mandamentos. Eles são a regra da vida para o povo de Deus e do mundo em todas as épocas, inclusive hoje em dia. Sabemos que ainda são a regra de Deus para todos porque cada um dos dez mandamentos é ensinado novamente no Novo Testamento. Assim não há dúvida que são a regra para todos ainda hoje em dia. O primeiro ao quarto mandamento dá a responsabilidade que temos para com Deus: O quinto ao décimo mandamento dá a responsabilidade que temos para com os homens.

O Primeiro Mandamento, v. 3. Este mandamento positivamente ordena a adoração do único Deus verdadeiro. Negativamente proíbe e condena a adoração de qualquer coisa além do Deus da Bíblia, quer dizer o Deus que está revelado na Bíblia. Pode ser uma idéia errada de Deus que a pessoa tem na sua mente ou coração. Pode ser uma coisa que se torna o ídolo da vida que a pessoa coloca no primeiro lugar da vida. Se não for o Deus revelado na Palavra de Deus, é idolatria. Mt. 22:37-38. João 1:18.

O Segundo Mandamento, v. 4-6. Este mandamento proíbe fazer uma semelhança física ou visível (representação) de Deus. Está proibindo adorar uma semelhança a Deus assim, mas não só isso. Também proíbe a feitura das coisas assim e mostrá-las em canto nenhum. Então Deus proibiu fazer imagens, ídolos, estátuas, retratos religiosos, crucifixo, rosário e toda lembrança religiosa. É proibido fazer imagem e semelhança religiosa não só de Deus, mas também das criaturas de Deus e das pessoas com o propósito de adorá-las ou fazer oração a elas. I João 5:21.

O Terceiro Mandamento, v. 7. Este mandamento proíbe tomar o nome de Deus em vão de toda maneira. É tanto errado tomar o nome de Jesus Cristo e do Espírito Santo, quanto de Deus o Pai. É proibido falar o nome de Deus numa maneira comum, ordinária ou barata e popular (como o mundo faz e as vezes os crentes). Devemos mostrar nosso amor e reverência por este nome bendito e maravilhoso. O nome de Deus pode ser tomado em vão de várias maneiras: blasfêmia, mentir fazendo juramento no nome de Deus que uma mentira seja a verdade, hipocrisia (fingir ser uma coisa no nome de Deus, como Ananias e Safira, At. 5) e/ou (uma profissão falsa de ser de Deus, toda religião falsa é culpada disto), prometer servir Deus com fidelidade sem fazer (o pacto da igreja?). Mt. 5:34. 6:9. Tiago 5:12. Ef. 4:29.

O Quarto Mandamento, v. 8-11. Este mandamento santificou um dia em sete para ser reservado para a adoração de Deus sob uma pena de castigo muito severo. Deus deu seis dias da semana para trabalhar e resolver nossos negócios, mais um dia da semana foi santificado por Deus para adorá-lo e deixar as outras coisas normais da vida. Para o judeu foi Sábado, o sétimo dia da semana. Porque foi neste dia que Deus terminou a sua obra da criação do universo Gn. 2:1-3). No Novo Testamento o dia de adorar Deus foi mudado do sétimo dia para o primeiro dia da semana (João 20:19.26. I Cor. 16:2). Porque mudou-se? Porque Jesus Cristo terminou a sua obra da salvação ressuscitando dos mortos no fim do sétimo dia quando o primeiro dia da semana estava despontando (Mt. 28:1). A obra feita da salvação por Jesus Cristo é maior do que a da criação. Por isso a Igreja do Senhor Jesus Cristo adora o seu Deus no primeiro dia da semana. Heb. 4:9.

O Quinto Mandamento, v. 12. Este mandamento diz para honrar (obedecer, respeitar, reconhecer a autoridade deles) os nossos pais. Lc. 2:51. Mt. 19:19. Ef. 6:1-3. Cl. 3:20.

O Sexto Mandamento, v. 13. Este mandamento proíbe assassinar. Mostra que a vida humana é inviolável e preciosa e para respeitar e preservá-la, Mt. 19:18. Rm. 13:9. É só Deus que tem direito para dizer quando a vida humana deve acabar-se. A pena de não respeitar a vida humana é severa. Observa alguns versículos bíblicos. Gn. 9:5-6. Rm. 13:1-4. João 8:7. Pode ser culpado de assassinato sem fazer o ato físico, Mt. 5:21-22. I João 3:15. Rm. 12:19-21.

O Sétimo Mandamento, v. 14. Este mandamento proíbe "todo tipo" de imoralidade sexual. Deus honra o casamento e mostra que nele sexo não é errado, Rm. 13:9, I Cor. 6:15-18, Heb. 13:4, Mt. 5:27-28, 19:18. Isto inclui: adultério, fornicação, prostituição, homossexualismo, estupro, incesto, bestialidade e atentar numa mulher para a cobiçar.

O Oitavo Mandamento, v. 15. Este mandamento proíbe desonestidade de todo tipo e incita para fazer e praticar a honestidade para com todos os homens. Isto pode ser para com Deus (dízimos e ofertas, talentos dados a nós por Deus emprestados); para com os homens nas coisas materiais e espirituais (roubar: pela força, fraude, não pagar as contas quando pode, jogar por dinheiro, a loteria, mentir sobre os outros roubando a sua reputação, reter dos outros o que os devemos como a verdade). Mal. 3:8-10, Mt. 19:18, Rm. 1:14-16, 13:9, Ef. 4:28, Tito 2:10, I Ped. 4:15, Lc. 19:1-2, 8-10.

O Nono Mandamento, v. 16. Este mandamento é para guardar puro o nosso nome e o nome dos outros. Como é que possamos fazer? Sempre dizendo testemunho verdadeiro dos outros. É uma proibição contra mentir de toda maneira. Isto inclui: mentir, maldizer, difamar, mexericar, fofocar, dar impressão falsa, escutar fofoca sem dizer nada, e ficar calado deixando alguém ser enganado quando sabe melhor. Mt. 19:18, Rm. 13:9, Ef. 4:25, 29-32, I Tim. 5:13, Tiago 3.

O Décimo Mandamento, v. 17. Este mandamento proíbe desejar desordenadamente o que pertence aos outros. Cobiçar significa pensar só em si mesmo e em que quer e que pode ganhar. É egoísmo, avareza e desejo errado. Deut. 5:21, Mt. 19:19, 22:37-39, Mc. 4:18-19, I Cor. 10:6, II Tim. 3:1-5, Tiago 4:1-3. Cobiça é idolatria, Cl. 3:5.

2. Os Estatutos Civis. 21-23. Os estatutos que Deus deu que pertencem às posses e bens pessoais, e aos direitos civis. O mundo civilizado em todo lugar e tempo tem reconhecido estes estatutos como tendo uma validade permanente para estabelecer uma economia e sociedade justa da vida humana. Não hão estatutos melhores do que estes para isto mesmo. Observa a lei dada sobre o ano de descanso da terra (23:10-11). Foi uma das razões porque Israel foi levado cativo depois (II Crô. 36:20-21). Também Deus deu as três festas para Israel observar (23:14-19). Deus deu o Anjo da sua presença (Isa. 63:9) para os guiar e proteger conforme a sua fidelidade (23:22). Este anjo é Jesus (v. 20-23).

3. As Leis Religiosas. 24. Deus chamou Moisés para subir ao monte de Sinai e lá durante quarenta dias recebeu o modelo do tabernáculo para ser construído. Tudo sobre o tabernáculo simboliza o Senhor Jesus Cristo e a grande salvação que ele fez por nós. Josué subiu lá no monte de Sinai com Moisés também (24:2, 32:17), mas não entrou com Moisés na presença de Deus. Não vamos dizer muito sobre o tabernáculo agora, porque logo depois vamos estudá-lo.

O PENTATÊUCO
O LIVRO DE ÊXODO

A Terceira Divisão do Livro - Êxodo 25-40.

O TABERNÁCULO. 25-40.

Mostra a sabedoria de Deus na redenção. Estudaremos o tabernáculo de uma maneira em geral, porque é um assunto cumprido e o tempo nem o espaço dá para fazer de uma outra maneira. O tabernáculo mostra simbolicamente Jesus Cristo na sua glória e a salvação maravilhosa que fez por nós o seu povo.

1. A Medida do Pátio do Tabernáculo e do Tabernáculo próprio. 26:15-25. 27:9-19.

O pátio do Tabernáculo. Cumprimento - 46 metros. Largura - 23 metros. Altura - 2.3 metros.

O Tabernáculo próprio. Cumprimento - 13.8 metros. Largura - 4.6 metros. Altura - 4.6 metros.

O Lugar Santíssimo. Cumprimento - 4.6 metros. Largura - 4.6 metros. Altura - 4.6 metros.

2. Os Materiais do Tabernáculo.

Ouro - divindade de Cristo, Jesus Cristo é o Filho de Deus.

Prata - redenção feita por Cristo.

Madeira - humanidade de Cristo, Jesus Cristo é o Filho do homem.

Tábuas Cobertas de Ouro - Jesus Cristo é o Deus-Homem.

Linho Fino Torcido - a santidade de Jesus Cristo e a justiça que Cristo ganhou pela sua vida perfeita.

A Cor Azul - a cor celestial. Jesus Cristo é de cima.

A Cor Púrpura - (escarlata) a cor da realeza. O Filho de Deus e o Rei dos reis.

Cor Carmesim - (vermelha) a cor do sangue do nosso Salvador.

Cobre - o metal que agüenta calor como Jesus Cristo agüentou a ira de Deus em nosso lugar. Simboliza que Jesus Cristo levou em si mesmo a ira de Deus para nos salvar.

3. O Pátio do Tabernáculo. 27:9-19.

As cortinas eram de linho fino torcido branco que é a justiça de Jesus Cristo imputada na salvação. As colunas de tábuas cobertas de ouro simbolizam que Jesus Cristo é o Deus-Homem (Deus se fez carne para nos salvar). As bases das colunas de cobre mostram que a única maneira de aproximar-se a Deus é por Jesus Cristo que foi julgado por Deus em nosso lugar para nos salvar na sua ira.. As faixas de prata mostram que para ser salvo é necessário passar pela redenção de Cristo. A Porta única do Tabernáculo mostra, através da cortina de linho fino torcido de cor azul, púrpura e carmesim, que foi suspendida por quatro colunas de madeira coberta de ouro, que Jesus Cristo é o único Mediador que conduz o pecador a Deus. Porque quatro colunas? Parece que é Jesus Cristo simbolizado como Ele é representado nos quatro Evangelhos, O Mesisas-Rei de Israel, O Servo Perfeito de Deus, O Filho do Homem e o Filho de Deus. Esta é a única porta do céu.

4. O Altar de Cobre. 27:1-8, 38:1-7.

Medida dele: cumprimento - 2.3 metros, largura - 2.3 metros, altura - 1.4 metros. Onde o cordeiro foi sacrificado para entrar na presença de Deus. Propiciação, substituição e reconciliação.

5. A Pia de Cobre. 30:17-21, 38:8.

Feita de cobre e cheia de água para lavar. Simboliza juízo através da Palavra de Deus que nos purifica. O sacerdote somente lavou os pés e as mãos antes de entrar no Tabernáculo para servir e fazer a obra de Deus. João 13:10 e I João 1:8-10.

6. O Tabernáculo.

Foi feito de tábuas cobertas de ouro. Cada tábua mediu 4.5 metros de cumprimento e 65 centímetros de largura. Eram vinte tábuas de cada lado e seis das costas e mais duas nos cantos das costas. Tinha barras para segurar as tábuas; uma em cima com outra em baixo por fora, e uma barra que passou pelo meio das tábuas (26:15-25, 36:20-34). As bases das tábuas eram de prata. Prata simboliza a redenção feita por Cristo para nos salvar do pecado (observa 26:19, 21. 25 e 30:11-16).

7. O Véu Exterior. 26:36-37, 36:37-38.

A cortina de linho fino de cor azul, púrpura e carmesim. Cinco colunas de madeira coberta de ouro. O número cinco é o número da graça. Só pode entrar na presença pela sua graça maravilhosa. As bases de cobre falam do juízo (ira) de Deus que Jesus levou para nos deixar entrar na presença de Deus. Uma vez que entrou no Tabernáculo próprio não encontrou mais cobre, porque o juízo já ficou no passado. Agora o salvo está vendo Jesus na sua beleza, que o mundo não vê.

8. O Castiçal de Ouro Puro. 25:31-40, 37:17-24.

Pesou mais ou mais 45 quilos. Não sabemos com certeza o tamanho dele, mas pela tradição judaica tinha 1.4 metros de altura. Mostra que Jesus Cristo é a luz divina e pura do mundo e do seu povo. No tabernáculo o castiçal era a única luz, a luz do mundo não entrou no tabernáculo. Sempre deu a sua luz no tabernáculo. A luz de Cristo é pura constantemente. Jesus Cristo é a luz do Evangelho puro e a luz do mundo não é misturada com a luz dele. A luz do mundo não conduz a Deus. O castiçal ficou cheio de óleo (Espírito Santo).

9. A Mesa do Pão da Proposição. 25:23-30, 29:2 e 32, 37:10-16.

Esta mesa tinha 1 metro de cumprimento, 50 centímetros de largura e 65 centímetros de altura e feita de madeira coberta de ouro. Jesus Cristo é o pão da vida. Este pão era pão asmo e eram 12 pães, um para cada tribo de Israel. Jesus Cristo que é o pão do seu povo, não tem pecado nem heresia. O pão foi comido pelos sacerdotes, fala da comunhão e alimentação em Cristo.

10. O Altar de Incenso. 30:1-10, 37:25-28.

Este altar tinha 50 centímetros de cumprimento e de largura, e 1 metro de altura e feito de madeira coberta de ouro. Simboliza que Jesus Cristo nosso Salvador sempre está intercedendo pelo seu povo e que as orações dos salvos sempre estão subindo a Deus através do Intercessor.

11. O Véu Interior. 26:31-35, 36:35-36.

Feito de linho fino torcido de azul, púrpura e carmesim com querubins de obra prima. Fala do corpo de Jesus, Heb. 10:19-20, Mt. 27:5. Entrar na presença de Deus é por Jesus Cristo.

12. As Cortinas do Tabernáculo. 26:1-14, 36:8-19.

Estas quatro cortinas ficaram cobrindo o tabernáculo todo. Os salvos estão cobertos com muita coisa maravilhosa.

A cortina de linho fino torcido de azul, púrpura e carmesim com querubins de obra prima. Estamos cobertos com a justiça belíssima do Salvador.

A cortina de pêlos de cabras (da cor preta). Sacrifício pelo pecado, Jesus levou nosso pecado na cruz.

A cortina (coberta) de peles de Carneiro tintas de vermelho. Os salvos estão cobertos no sangue do Cordeiro de Deus.

A cortina (coberta) de peles de texugo em cima das outras cortinas. Esta era de uma cor cinza desluzida e sem beleza. É o que o mundo vê quando olhar para Cristo. Isa. 53:2. Só os salvos estão vendo a beleza de Cristo por dentro.

13. A Arca do Testemunho. 25:10-22, 37:1-9.

Também é chamado a Arca do Concerto (Heb. (9:4) e nalgumas traduções A Arca da Aliança. Foi feito de madeira coberta de ouro. A Arca do Testemunho tinha 1.15 metros de cumprimento, 65 centímetros de largura e de altura. A Arca do Testemunho tinha por dentro o vaso de ouro do maná, a vara de Aarão que floresceu e as tábuas do concerto (da lei), Heb. 9:4. Em cima dele tinha o propiciatório de ouro puro com os querubins de ouro puro sempre olhando para o propiciatório. Foi entre os querubins que Deus manifestou a sua presença e encontrou o seu povo (Sl. 99:1). Foi aqui que o sangue foi colocado para fazer a expiação. O pecador só pode encontrar com Deus através do Cristo simbolizado no tabernáculo.

14. Os Vestidos dos Sacerdotes. 28:1-5.

Fala do nosso Sumo Sacerdote Jesus Cristo. Observaremos a roupa deles uma por uma.

Mitra. 28:36-39. De linho fino (branco) com a lâmina de ouro puro que disse "Santidade ao Senhor". É Jesus Cristo mesmo.

A Túnica Bordada. 28:4, 39. De linho fino branco. Jesus Cristo na sua justiça.

O Manto do Éfode. 28:31-35. Feito de linho azul e com uma borda de romãs azuis, púrpuras e carmesins e campainhas. Romã fala da ressurreição (Nú. 17:8) e a campainha fala da Palavra perfeita do Salvador.

O Éfode mesmo. 28:6. De linho puro azul, púrpura e carmesim e com fios de ouro. Está vendo Cristo de novo? Ele é o Deus-Homem perfeito em tudo.

O Cinto. 28:8. Feito da mesma coisa do Éfode.

O Peitoral. 28:15-29. Feito da mesma coisa do Éfode, mas com ordem de pedras das 12 tribos. O povo de Deus sempre está perto do coração do Salvador.

Urim e Tumim. 28:30. Ficaram no peitoral do sumo sacerdote. Significa as luzes e as perfeições. Jesus Cristo sabe a vontade de Deus e a revela para os salvos. Ele é o nosso guia infalível.

Sapatos. Não tinha. Uma lembrança para não esquecer quem somos nós, homens da terra.

O PENTATÊUCO
O LIVRO DE LEVÍTICO

1. A ocasião do livro. O livro de Levítico é diferente do que os outros livros do Pentatêuco porque relata quase exclusivamente o sistema das leis para governar Israel na sua vida religiosa, civil, dietética e diária. Este livro não relata a história de Israel, mas as leis dadas por Deus a ela. O livro de Levítico é tópico em vez de ser cronológico.

2. A data do livro. Este livro relata as leis levíticas que Deus deu a Moisés na tenda (tabernáculo) da congregação. Deus deu estas leis a Moisés logo depois que o tabernáculo foi feito e pronto e a glória de Deus o encheu (Êx. 40:34). Foi durante um mês que Deus falou a Moisés o livro de Levítico? Compare Êx. 40:34, Lv. 1:1 e Nú. 1:1.

3. O tema de Levítico. A santidade de Deus na separação e na santificação. A palavra chave do livro é santidade e esta palavra em várias formas é falada muitas vezes; santificar, santíssimo, santo, santuário, limpo e santidade. O versículo chave é 19:2: "santos sereis, porque eu, o senhor vosso Deus, sou santo". Outro versículo que diz a mesma verdade é 11:44. Podemos ver uma grande verdade neste tema; temos que pregar tanto a expiação pelo sangue de Cristo quanto a vida de santidade baseada na expiação feita pelo sangue de Cristo. O salvo tem que saber como andar com Deus na comunhão.

4. O livro de Levítico e o Novo Testamento. Há algumas 40 referências ao livro de Levítico no Novo Testamento. Uma delas fica em Mt. 8:4. O livro de Levítico é explicado mais perfeitamente no livro de Hebreus.

5. O esboço do livro. I. A Base da Comunhão - Sacrifício. 1-17. 2. O Andar da Comunhão - Separação. 18-27.

A Primeira Divisão do Livro - Levítico. 1-17

A Base de Comunhão - Sacrifício.

A primeira divisão de Levítico é dividida em quatro divisões. 1. As Ofertas. 1-7. 2. O Sacerdócio. 8-10. 3. O Povo de Deus. 11-16. 4. O Altar. 17.

1. As Ofertas. 1-7.

Eram cinco ofertas ordenadas para ser feitas ao Senhor. 1. O holocausto de gado. 2. A oferta de manjares. 3. O sacrifício pacífico. 4. O sacrifício de pecado. 5. O sacrifício do pecado cometido.

O Holocausto de Gado. 1. É chamado também a oferta queimada e de cheiro suave ao Senhor (v. 9). Esta oferta é falada em Hb. 9:14. Esta oferta fala do sacrifício do Senhor Jesus como o Filho de Deus que se entregou ao Pai para morrer e por isso revelar o seu amor pelo seu Pai. Esta oferta mostra que o Pai gozou e deleitou-se no seu Filho que se sujeitou totalmente ao seu Pai por causa do seu amor grandíssimo, inefável e insondável pelo Pai. O amor do Filho pelo Pai causou glorificar e magnificá-lo perfeita e plenamente em tudo. O amor do Filho de Deus pelo Pai eterno e o prazer do Pai eterno no seu Filho são simbolizados nesta oferta. Como? Vamos ver.

Macho sem mancha. O homem Jesus Cristo, o Filho de Deus, era perfeito na sua vida em tudo. Jesus cumpriu a vontade do seu Pai na sua vida por amor dele. Jesus fez uma vida tão perfeita e glorificadora que a Bíblia diz: "que pelo Espírito eterno se ofereceu a si mesmo imaculado a Deus".

Oferta voluntária. Esta oferta foi trazida pelo povo de Deus voluntariamente. Para salvar o homem do seu pecado, era necessário para fazer uma expiação que tirasse seu pecado. Só podia ser feito por Deus mesmo, e na forma de homem. Para fazer isto era necessário para Deus se fazer carne e habitar no mundo e morrer. A única pessoa da Trindade que podia ter feito era Jesus, porque foi só ele que sempre se manifestou visivelmente desde o princípio. Então, só Jesus mesmo podia ter salvo o pecador da ira de Deus. Foi só Jesus que podia ter sido o sacrifício aceitável pelo Pai do pecado. Só Jesus o Filho Amado de Deus podia ter satisfeito as exigências justas do Pai para salvar o pecador. Para fazer isto Jesus tinha que se aniquilar a si mesmo e tomar a forma de homem. Jesus quis fazer isto pela glória e amor do seu Pai! Aleluia que o Filho nem tinha que pensar nem considerar para fazer isto, porque desde a eternidade o Filho amou o Pai perfeitamente e por isso se entregou a ele voluntariamente para ser o sacrifício pelo pecado. O amor do Filho pelo Pai é tão grande que se entregou a ele para ser o Salvador. Vemos nisto também o tanto que o Filho amou os eleitos do Pai que se entregou para salvá-los voluntariamente. O Filho ama o Pai e por isso amou os eleitos do Pai.

3. O sacerdote pôs os pedaços do sacrifício em ordem sobre a lenha que estava no fogo em cima do altar. v. 7, 8, 12. Isto quer dizer que o boi foi cortado em pedaços e os pedaços foram colocados sobre a lenha e fogo segundo os detalhes ordenados por Deus. Simboliza que todos os detalhes da morte de Cristo foram ordenados e predestinados desde a eternidade pelo Pai. Quando Jesus, o sacrifício, foi colocado na cruz (a madeira) para sofrer a ira de Deus (o fogo) tudo estava em ordem e cumprindo a vontade ordenada, predestinada e profetizada pelo Pai exatamente.

4. O sacrifício foi esfolado. Isto significa tirar a pele pelo cortar descobrindo a carne no interior. Mostra que Jesus era puro não somente no exterior, mas também no interior. Satanás tentou achar lugar no Senhor Jesus Cristo, mas não achou. Porque Jesus é perfeito por fora e por dentro. João 8:46 e 14:30.

5. Lavaram a fressura (estranhas) e as pernas do sacrifício com água. v. 9 e 13. A água fala da Palavra de Deus, a fressura do seu interior (motivos, desejos, vontade e coração) e as pernas da sua maneira de viver e andar. Jesus guardou sempre perfeitamente a Palavra de Deus no seu coração e no seu andar. João 8:29. Só Jesus pode ser o substituto pelo pecado aceitável ao Pai.

6. O sacrifício todo foi queimado no altar mostrando que Jesus se entregou ao Pai pelo amor dele e foi aceitável ao Pai em tudo, porque o cheiro subiu ao Pai e ele aceitou como um cheiro suave. Jesus Cristo, o Filho de Deus, se ofereceu ao Pai por amor dele para ser o sacrifício perfeito na cruz para sofrer a ira de Deus pelo pecador.

A Oferta de Manjares. 2. Esta oferta foi sem sangue. Ela simboliza o Senhor Jesus Cristo como sendo perfeito na sua pessoa e caráter e por isso o único Mediador entre Deus e os homens. I Tm. 2:5.

1. A flor de farinha. v. 1. Significa farinha fina (pó fino e bem moído) sem desigualdade e granulosidade. A flor simboliza a humanidade perfeita e equilibrada do Senhor Jesus Cristo. "Jesus tudo fez bem", Mc. 7:37. Jesus fez tudo igualmente bem, não uma coisa melhor do que outra. Pregou perdão e juízo, abençoou e amaldiçoou, salvou e condenou, falou graça e verdade, e se comportou em tudo igualmente bem.

2. Deitou azeite nela. v. 1. Azeite simboliza o Espírito Santo. Fala da sua encarnação. Da concepção até a morte de Jesus Cristo, ele andou no mundo como o homem ungido ao máximo no Espírito Santo. Mt. 1:20. Lc. 1:35. João 3:34. At. 10:38. Is. 61:1.

3. Colocou o incenso sobre a oferta. v. 1. O incenso é mirra. O incenso quando estava se queimando soltou um cheiro suave. Jesus Cristo o homem sempre agradou Deus em tudo. O fogo da tentação, tribulação e dificuldade na sua vida somente fez Jesus soltar cada vez mais o cheiro suave ao Senhor. João 4:34.

4. A oferta foi salgada com sal. v. 13. Sal preserva contra corrupção. O falar do Senhor Jesus Cristo sempre ficou cheio do Espírito Santo porque ele mesmo estava cheio do Espírito Santo. Nenhuma Palavra que Jesus falou tem que ser mudada, modificada, corrigida nem perdoada. João 6:63. Cl. 4:6.

5. Sem fermento. v. 11. Fermento simboliza pecado e heresia. Jesus Cristo foi perfeito na vida e na palavra. O pecado nem heresia achou lugar nele.

6. Sem mel. v. 11. O mel é a doçura do mundo. O mundo ofereceu a sua doçura ao homem Jesus, mas ele sempre recusou-a. O mel do mundo é o prazer do pecado, e é muito atraente aos homens do mundo. Mas, este prazer do pecado não achou lugar no homem Jesus Cristo. O prazer de Jesus era gozar em Deus e na sua vontade.

7. Esta oferta foi feita pelo fogo do altar ao Senhor. v. 16. Jesus Cristo foi o sacrifício perfeito para agüentar, sofrer e satisfazer a ira de Deus. Só este homem perfeito podia ter feito.

8. Um punho cheio da flor foi oferecida no altar ao Senhor, e o restante foi comido pelos sacerdotes. v. 14-16. Isto mostra que pela fé no Senhor Jesus Cristo a sua vida perfeita é imputada a nós na salvação. Jesus Cristo é o único homem que pode ser o Mediador entre Deus e os homens.

O Sacrifício Pacífico. 3. Este sacrifício mostra a reconciliação recebida em Cristo para com Deus. Leia os versículos II Cor. 5:18-21 e Cl. 1:20-22.

1. O sacerdote e o ofertante receberam uma parte do sacrifício oferecido ao Senhor para comer. 7:15. Isto mostra que o pecador tem paz para com Deus porque está comendo ou recebendo comunhão com Deus, está reconciliado para com Deus através do sacrifício. O pecador pode ser reconciliado com Deus para ter paz e comunhão com ele só através do sacrifício de Jesus Cristo. Assim Deus continua justo e ao mesmo tempo justifica o pecador dos seus pecados e os dois tem paz e comunhão um ao outro. João 16:33. Rm. 3:24-26 e 5:1-2. Ef. 2:14.

2. Esta paz veio somente pelo derramamento do sangue do Cordeiro de Deus.

3. O sacerdote e o ofertante comeram juntos. Os reconciliados (salvos) para com Deus não só tem paz e comunhão com Deus por Jesus Cristo o sacrifício pelo pecado, mas também tem paz e comunhão um ao outro em Jesus Cristo.

4. O sacrifício tinha que ser sem mancha. Jesus Cristo é tudo que o pecador precisa para ter paz e comunhão com Deus. Jesus Cristo é o único substituto perfeito pelo pecado e justiça que faz paz e comunhão com Deus.

5. O sacrifício podia ser macho ou fêmea. Porque o alvo deste sacrifício era mostrar os efeitos do sacrifício mais do que a maneira de fazer o sacrifício. Este sacrifício está chamando a nossa atenção para o sangue derramado do animal mais do que o animal mesmo. É "O SANGUE" do cordeiro que reconcilia o pecador para com Deus para que possa ter paz e comunhão com Deus.

O Sacrifício de Pecado. 4. O holocausto de gado (oferta queimada) mostrou que Jesus Cristo o Filho de Deus se ofereceu ao Pai por amor dele para ser o sacrifício pelo pecado. No sacrifício de pecado revela que Cristo Jesus morreu como um malfeitor para salvar o pecador. O justo pelos injustos. Jesus Cristo levando em si o pecado do seu povo. Leia os seguintes versículos: II Cor. 5:21, João 1:29, Hb. 9:27-28, I Pd. 2:24 e 3:18, I Cor. 15:3, Gl. 1:4, I João 4:10.

1. Não foi sacrifício de cheiro suave. O pecado do povo de Deus estava imputado a Jesus Cristo para o salvar.

2. Foi novilho sem mancha. v. 28 e 32. O justo pelos injustos.

3. Este sacrifício foi feito por causa do pecado do ofertante. O ofertante se identificou com o novilho como levando seu pecado. v. 4.

4. O novilho foi queimado fora do arraial de Israel. v. 12 e 21. A gordura com os rins e fígado foram queimados sobre o altar do tabernáculo e o resto levado e queimado fora do arraial. Para mostrar que em Jesus mesmo não teve pecado, mas estava levando os pecados dos outros.

5. Não especificou um pecado em particular. Mas, mostra que o homem é pecador pela natureza.

O Sacrifício pela culpa do pecado. 5. O sacrifício anterior mostrou que Jesus morreu para salvar o homem porque é pecador pela natureza. Este sacrifício é pelos pecados feitos ou cometidos mesmos. Pode ser pecados ocultos, de sacrilégio e de ignorância. Apesar do tipo que seja é pecado. I João 1:9-2:1.

Este sacrifício foi feito não porque era pecador pela natureza, o fato que o pecado vem da fonte corrupta e depravada do coração humano; mas porque tem praticado mesmo os atos de pecado. Jesus Cristo pagou mesmo a conta exata de pecado de cada um dos seus eleitos. Esta conta paga de pecado foi a conta passada, presente e futura. Porque para ser salvo a conta passada de pecado tem que ser paga, mais também a conta presente de pecado porque ainda estamos pecando depois de ser salvos, e a conta futura de pecado porque ainda vamos pecar mais futuramente sendo os salvos por Jesus Cristo.

Nota a restauração exigida. v. 15. O pecador pelo seu pecado prejudicou Deus, mas Jesus Cristo restaurou a Deus o que perdeu pelo sacrifício de si mesmo. É só assim o salvo pode ser restaurado quando peca.

2. O Sacerdócio. 8-10.

O tabernáculo estava tudo pronto e as ofertas dadas e explicadas por Deus, portanto Deus escolheu, ordenou, comissionou e consagrou o seu sacerdócio para fazer os deveres do tabernáculo. Tudo isto foi o que o Senhor mandou fazer, 8:5. Podemos aplicar isto para o povo de Deus, porque a Bíblia em I Pe. 2:9 diz que somos o sacerdócio real de Cristo e em Ap. 1:6 e 5:10 que nos fez os sacerdotes para Deus. Todo crente (salvo) é o sacerdote de Cristo nosso Sumo Sacerdote, Hb. 10:19-22. Vamos notar algumas coisas que fizeram parte da consagração do sacerdócio de Aarão que tem aplicação para nós os sacerdotes (sacerdócio real) de Cristo. Tudo isto não tem nenhuma semelhança ao sacerdócio católico.

A consagração do sacerdócio de Aarão. 8-9.

1. Ordenado por Deus. É Deus que faz isto na salvação e no ministério. Nesta passagem Moisés representa Deus. Observa os versículos At. 2:39 e I Tm. 2:7. Na salvação foi Deus que escolheu, salvou e consagrou os eleitos para ser os servos da sua obra. No ministério também é Deus que chama e coloca os homens na obra dele. É o Senhor que decide quais homens serão os pastores do seu povo. Devemos reconhecê-los como sendo enviados por Deus. Também temos que manter com muito cuidado as qualificações deles. Podemos ver esta verdade nas qualificações dos sacerdotes em Levítico 21. O povo de Deus não tem direito para negar o homem chamado por Deus para pregar, nem colocar no ministério o homem desqualificado, I Tm. 3:1-13 3 Tt. 1:5-9. O homem chamado por Deus para pregar deve ser reconhecido pelo povo de Deus como sendo "chamado" e "qualificado" para este fim.

2. Eles foram lavados com água, 8: 6. Água fala da Palavra de Deus. Ser separados a Deus pela Palavra de Deus e puros para servir o Senhor aceitavelmente, João 17:17-19. Neste sentido Jesus mesmo se separou assim para ser o Salvador. Deus não usa alguém no seu serviço, nem no ministério, que não está separado do mundo. Para entrar no serviço do sacerdócio era necessário para o corpo ser lavado todo, depois foi só necessário para lavar as mãos e os pés para fazer as coisas de Deus no tabernáculo, João 13:10 3 I João 1:9-10. Para entrar no sacerdócio real, o pecador tem que ser lavado dos seus pecados no sangue pela obra do Espírito Santo através da Palavra de Deus, Tt. 3:5.

3. Ser vestidos na roupa do sacerdócio. 8:7-13. Nota que primeiramente o Sumo Sacedote (Aarão) foi vestido e ungido com o azeite e depois os outros sacerdotes (os filhos de Aarão). Aarão era mais exaltado, a roupa mais bonita, e ungido antes dos sacrifícios ser feitos. Jesus Cristo, nosso Sumo Sacerdote, não tinha que ser separado pelo sangue para ser ungido pelo azeite (o Espírito Santo), porque é o Filho perfeito de Deus que recebeu o Espírito Santo sem medida. Ele é exaltado sobre todos, vestido na beleza da sua própria justiça, ungido no Espírito Santo sem medida e o sacrifício salvador do seu povo. Nós somos vestidos na justiça imputada dele. Os outros sacerdotes foram vestidos depois de Aarão e ungidos só depois de ser consagrados pelo sangue.

4. Consagrados pelo sangue dos sacrifícios. 8:4-26. A única maneira de ser consagrado (santificado e salvo) é pela imputação da justiça de Cristo (a roupa do sacerdote) e pelo sangue do sacrifício de Deus (Jesus Cristo que derramou seu sangue para nos salvar). V. 23-24 dizem que os sacerdotes foram marcados da cabeça ao pé para o serviço do Senhor pelo sangue. Somos comprados pelo sangue para glorificar a Deus no nosso corpo e no nosso espírito, os quais todos pertencem a Deus, I Cor. 6:20. Pôs o sangue sobre a ponta da orelha direita, sobre o polegar da mão direita e sobre o polegar do pé direito de Aarão primeiro e depois dos outros sacerdotes. Jesus, nosso Sumo Sacedote, se separou para ser o Salvador para que nós possamos ser salvos e separados a Deus e ao seu serviço. A orelha direita, o polegar da mão direita e o polegar do pé direito falam do fato que Deus separou nosso ouvir, servir e andar ao seu serviço pelo sangue do Cordeiro. Nosso ouvir, servir e andar não pertencem mais a nós, mas a Deus exclusivamente.

5. "Tudo isto pôs nas mãos de Aarão e seus filhos". 8:27-29. Moisés (representa Deus) botou um bolo asmo, um bolo de pão azeitado e um coscorão sobre a gordura e a espádua direita e tudo isto pôs nas mãos dos sacerdotes. Simbolicamente (os sacerdotes moveram tudo isto que tinham nas suas mãos por oferta de movimento perante o Senhor) eles estavam oferecendo a Deus seus sentidos e motivos mais íntimos (gordura), o melhor que tinham da vida (a cauda), sua força (espádua direita), o andar digno do Senhor (os pães de vários tipos). O Senhor merece o melhor?

6. Espargiu o sangue sobre eles e os ungiu com o azeite. 8:30. Eles foram salvos, separados e consagrados pelo sangue e pelo Espírito Santo (azeite). Agora também o sangue foi espargido sobre os vestidos. Os vestidos simbolizam a maneira de viver. A nossa maneira de viver deve ser santificada e separada a Deus. Jd. 23. Ap. 3:4 e 16:15.

7. A comida dos sacerdotes. v. 31-32. Simboliza a paz e a comunhão que temos com Deus através do sacrifício Jesus Cristo que sofreu a ira (fogo e calor) de Deus por nós.

8. A separação durante sete dias. 8:33-36. Mostra a separação do sacerdócio real para o serviço de Deus exclusivamente durante a vida toda. Sete é o número de perfeição ou complemento. A nossa vida deve ser devotada a Jesus até que venha (o dia em que saiu, v. 9:1).

O fogo estranho. 10. Exemplo solene para nós termos muito cuidado para não mudar nenhuma coisa que Deus mandou. O que Nadabe e Abiú fizeram era uma grande negligência e desprezo da vontade de Deus. Observa o que estes dois filhos de Moisés fizeram: ascendeu incenso com fogo que não veio do altar de cobre (16:12), sem autorização para fazer, incenso falso e no lugar errado. A obra de Deus é para ser feita como ele diz ou a conseqüência é severa. A obra é do Senhor e ele exige uma exatidão na sua obra. Tem lugar para novidades e invenções na obra dele?

3. O Deus Santo exige que seu povo seja santo. 11-16.

Deus deu aos judeus várias leis para governar, estabelecer e garantir a pureza do seu povo. Estas leis estabeleceram regras sobre a pureza física (comida), pureza sexual, doença e higiene pessoal. Deus deu estas leis a Israel porque Deus exigiu para o seu povo ser separado e diferente dos pagãos ao seu redor, para manter uma diferença entre seu povo e o povo pagão. Estas leis não são para os crentes observar hoje em dia (At. 10:9-14, senão do sangue At. 15:28-29). Mas os crentes tem que manter uma vida pura perante o Senhor. Nós temos que fazer uma diferença entre a coisa imunda e limpa em nossas vidas segundo a Palavra de Deus. Tudo isto nos ensina que Deus exige pureza e santidade nas vidas do seu povo.

A praga da lepra é um retrato (símbolo ou tipo) notável de pecado e do pecador. Observa algumas coisas sobre a lepra que mostra como é que fica a natureza do pecador e pecado.

1. Estava no sangue, saiu de dentro para fora.

2. Se manifestou nalgumas maneiras repugnantes, feias e detestáveis.

3. Foi avançando e piorando devagar mas constantemente.

4. Uma vida miserável.

5. Esperar só a morte sem esperança.

6. Deixou a pessoa imunda e isolada

7. Incurável pelo homem.

8. Só Deus mesmo podia curar pelo seu poder.

9. O homem que admite que está imundo desde a cabeça até aos pés é o homem regenerado pelo Espírito Santo e por isso consciente da sua depravação total. v. 12-13.

10. A lepra ficou limpa somente pela graça de Deus.

O Grande Dia da Expiação Anual. 16. Neste capítulo a Bíblia dá um dos retratos simbólicos mais claros e bonitos da expiação de pecado pelo Senhor Jesus Cristo da Bíblia toda. Expiação significa "cobrir", o sangue do sacrifício cobriu o pecado do povo. Sabemos que o Novo Testamento nos ensina que os sacrifícios do Velho Testamento não tiraram pecado de verdade, mas estavam somente olhando e simbolizando Jesus Cristo que tirou o pecado do seu povo quando se deu para morrer, ser sepultado e ressuscitar ao terceiro dia, Hb. 10:4 e 11. Estes sacrifícios foram feitos para simbolizar Jesus Cristo e a grande salvação que ele providenciou em derramar o seu sangue para nos salvar de todo pecado.

1. Foi observado uma vez por ano no dia 10 do sétimo mês do ano judaico, que é outubro para nós. Mostra que Jesus Cristo se ofereceu como o sacrifício de pecado para os escolhidos uma vez para sempre. Hb. 10:10.

2. Este festival judaico foi diferente do que todos os outros (v. 29 e 31) em que foi um dia de afligir as suas almas. outros festivais eram alegres e jubilosos, mas este não. Mostra que sem arrependimento pelo pecado todos perecerão. Foi isto que Jesus falou, Lc. 13:3 e 5.

3. Também foi o único dia do ano quando alguém podia entrar no lugar santíssimo do tabernáculo, v. 24. Só uma pessoa podia entrar, e foi o sumo sacerdote. Nenhum outro sacerdote podia ajudar o sumo sacerdote neste dia, ele tinha que fazer tudo sozinho. O sumo sacerdote não podia usar neste dia a sua roupa gloriosa e bela, mas somente a roupa simples de linho do sacerdote mais humilde.

Tudo isto mostra o que Jesus fez para nos salvar dos nossos pecados. Uma vez para sempre Jesus se entregou para ser o sacrifício pelo pecado. Como o sumo sacerdote deixou a sua roupa gloriosa e bela para usar a roupa humilde de linho, Jesus deixou a sua glória tão bela para se humilhar e fazer carne para ser o sacrifício perfeito pelo pecado. A roupa de linho puro e branco mostra a vida de Cristo sem pecado. Como o sumo sacerdote fez o sacrifício sozinho, Jesus Cristo, o nosso Grande Sumo Sacerdote, fez o sacrifício pelo pecado sozinho. Porque foi só Ele que podia ter feito, nem ninguém podia ter ajudado nesta obra da salvação. Como o sumo sacerdote levantou o véu muito bonito para entrar na presença de Deus e fazer expiação pelo pecado com o sangue do bode, Jesus deixou o seu corpo (na beleza da justiça da sua vida perfeita) ser levantado na cruz para morrer e derramar seu sangue para fazer expiação pelo pecado que Deus aceitou. Veja Hb. 9:1-14 e 10:10-14.

4. Uma diferença, v. 3 e 6. Aarão tinha que fazer um sacrifício por si mesmo para fazer expiação pelos seus próprios pecados antes de entrar no lugar santíssimo, porque Aarão era pecador também. Não foi assim com Jesus Cristo o nosso Sumo Sacerdote perfeitíssimo. "O qual não cometeu pecado, nem na sua boca se achou engano", I Pd. 2:22 e Hb. 7:26-27.

5. Os dois bodes, v. 5-10. Estes dois bodes eram oferecidos ao Senhor como sacrifício para fazer expiação pelo pecado. O pecado do povo foi confessado com as mãos sobre as cabeças dos dois bodes. Mostrou que o pecado dos escolhidos foram colocados sobre Jesus Cristo o Salvador. Porque dois bodes? Dois são necessários para mostrar a salvação que Jesus Cristo fez por nós. O primeiro bode simboliza o pecado sendo expiado. O segundo bode simboliza o pecado expiado sendo levado eternamente para não ser lembrado mais.

6. O primeiro bode. Este fala do meio de fazer a expiação pelo pecado. Este bode foi sacrificado e o sangue dele foi levado logo e espargido sobre o propiciatório. O corpo deste bode foi levado fora do arraial e lá queimado com fogo. Isto ensina que o pecador só pode ser salvo pelo derramamento do sangue do Senhor Jesus Cristo. Há uma necessidade de satisfazer a justiça de Deus para que o pecador possa ser salvo. A justiça divina exige a morte do pecador por causa do seu pecado. Deus não pode deixar a sua justiça para salvar o pecador. Jesus Cristo sofreu e pagou a pena da justiça de Deus quando morreu e derramou seu sangue no lugar do pecador fora da cidade de Jerusalém. Hb. 13:12-13.

7. O Segundo bode. Este bode fala do efeito de fazer a expiação pelo pecado. Este bode foi enviado ao deserto (a terra solitária) e lá deixado. Este bode fala do fato que o nosso pecado foi levado e jogado no mar do esquecimento de Deus eternamente por causa da expiação pelo pecado que Jesus fez. Sl. 103:12. Hb. 10:17. Também fala da ressurreição de Cristo, porque este bode viveu. Hb. 7:23-25.

O altar. 17.

Neste capítulo fala do único lugar de sacrifício e da reservação do sangue para Deus.

Primeiramente parece que todo animal de Israel foi morto (para sacrificar ou servir para comida), na porta da tenda da congregação (tabernáculo). Esta proibição cessou quando entrou na Canaã, Dt. 12:13-15.

Era a maneira de garantir que o método de matar o animal ficou certo, e que o sangue foi derramado do animal e não comido pelo povo. Assim a saúde do povo ficou melhor. A Bíblia proíbe comer sangue, v. 14. At. 15:28-29.

A segunda e mais importante razão era espiritual. Porque a vida está no sangue, e é o sangue que faz expiação pelo pecado. Assim o povo sempre lembrou que sem derramamento de sangue não há remissão. Também o sangue simbolizou a vida, e toda a vida é para ser dedicada a Deus. Nós temos a vida eterna (espiritual) através do sangue de Jesus Cristo. Jesus deu sua vida para que possamos ter a vida eterna. "Porque a vida da carne está no sangue", v. 11.

A Segunda Divisão Do Livro - Levítico. 18-27.

O Andar da Comunhão - Separação

A segunda divisão de Levítico é dividida em quatro divisões. 1. Regras acerca do povo. 18-20. 2. Regras acerca do sacerdócio. 21-22. 3. Regras acerca das festas. 23-24 4. Regras acerca de Canaã. 25-27. Deus deu ao seu povo umas regras para governar as suas vidas. Para andar na comunhão com o Senhor o salvo tem que governar a sua vida segundo as regras da Palavra de Deus. O Deus santo exige santidade nas vidas do seu povo remido pelo sangue do Senhor Jesus Cristo. Ele sempre teve e ainda tem as regras para seu povo.

1. As regras acerca do povo. 18-20.

Regras para governar a vida moral, 18; os deveres pessoais, 19 e aviso contra vários outros pecados 20.

A vida moral, 18. Deus deu sexo ao homem para criar filhos, aumentar a sua alegria e para seu prazer pessoal. Mas, isto não quer dizer sem limites. Todo tipo de imoralidade é proibido e sexo fora do casamento também. Deus fundou a sociedade em cima da família. Para manter a família forte, Deus estabeleceu regras para garantir a sua felicidade. Este relacionamento pode ser bem firme só com pureza e virtude.

Os deveres pessoais, 19. Neste capítulo Deus estabeleceu regras para garantir a estabilidade dos deveres que o povo teve com as seguintes coisas: adoração, os pobres, os deficientes físicos, calúnia e fofoca, rancor, misturar as coisas de Deus com as coisas do mundo, relacionamento familiar, agricultura, enfeite pessoal, o Sábado, bruxaria, os velhos e comércio. Deus ordenou nos negócios humanos gentileza, reverência e justiça. Deste capítulo vemos que Deus não aceita o seu povo, nem as suas coisas, nem os seus ensinos misturados com as coisas do mundo.

Aviso contra vários outros pecados, 20. Deus deu neste capítulo avisos especiais contra: adoração idólatra, bruxaria, imoralidade sexual e perversões semelhantes. Deus autorizou a pena de morte pela violação de muita coisa. A maneira de executar a pena de morte foi pelo apedrejar. O propósito de Deus em tudo isto é revelado no v. 26.

2. As regras acerca do sacerdócio. 21-22.

Deus exigiu pureza nas vidas dos sacerdotes. Não somente por fora, mas por dentro também. Veja as regras que Deus deu para garantir a pureza deles: lamentação pelos mortos proibida senão no caso de parentes mais chegados, exemplos no relacionamento de família e casamento, sem defeito físico, manifestar reverência digna de Deus na adoração divina e manter certo os animais para ser sacrificados. Podemos aplicar isto para o ministério de hoje em dia, o homem não qualificado pelo ofício pastoral deve ser rejeitado.

3. As regras acerca das festas. 23-24.

Deus também estabeleceu as regras de governar a vida religiosa do seu povo. Deus deu sete festas para o povo judaico observar. Veja o calendário judaico e o gráfico das festas.

4. As regras acerca da terra de Canaã. 25-27.

O ano sabático e do jubileu. 25. Deus deu isto para o povo observar quando chegaram na terra prometida depois. Deus mandou ao sétimo ano para haver um descanso para a terra. Era para ser assim todo sétimo ano. Deus proibiu plantar nem semear neste ano. Deus prometeu suprir duas vezes mais no sexto ano para que o povo pudesse ter bastante até a ceifa do oitavo ano. O povo tinha que fazer isto confiando no Senhor para suprir as suas necessidades. O povo de Deus não observou isto depois e foi uma das razões porque sofreu o cativeiro babilônico, II Cro. 36:20-21.

Deus designou também o ano qüinquagésimo para ser um ano de liberdade. Este ano foi anunciado pelo tocar da trombeta. Neste ano a possessão tornou-se para seu dono original, e o escravo tornou-se a sua família novamente. Porque Deus fez isto? Veja v. 23. Para ensinar ao povo para não ficar segurando as coisas do mundo muito porque eram somente estrangeiros e peregrinos na terra. Nossa possessão eterna fica lá no céu, não aqui na terra, e isto devemos lembrar continuamente. Deus nos deixa usar as suas coisas emprestadas aqui na terra para O servir, mas daqui a pouco vamos lá ficar com ele eternamente. Este ano também foi um ano sabático. Então, assim tinha dois anos em seguida que a terra ficou descansando. Deus supriu a necessidade do povo enquanto estava O obedecendo. Profeticamente fala sobre o Sumo Sacerdote Jesus Cristo tocando a trombeta da sua vinda para iniciar o seu milênio.

Maldição e bênção. 26. Neste capítulo Deus prometeu abençoar o seu povo se andasse fielmente nos seus estatutos, v. 3-13, e para corrigir e castigar se andasse infielmente nos seus estatutos. Veja Hb. 12:5-15.

A regra acerca dos votos. 27. Tudo que foi devotado ao Senhor pelo voto se tornou dele. Para remir a coisa devotada ao Senhor somente foi possível pela quantia certa. Fazer voto é voluntário e deve ser levado sério, porque o Senhor leva.

O PENTATÊUCO

O LIVRO DE NÚMEROS

1. A Data e Natureza do Livro.

Este livro dá a história de Israel depois de sair do Egito e os anos que gastou no deserto de Parã por causa da sua incredulidade e infidelidade. Este livro começa contar a história de Israel um ano e um mês depois da saída do Egito. Veja Êx. 12:2, 40:2 e 17, Nú. 1:1. Então, o livro de Números aconteceu durante 38 anos e uns meses. Dt. 1:3 diz que foi 40 anos desde a saída do Egito até a entrada na terra de Canaã. Veja também o que diz em Jos. 4:19; que entraram em Canaã no primeiro mês do quadragésimo primeiro ano depois da saída do Egito.

2. O Tema do Livro.

É o serviço e o andar do povo de Deus. Nisto podemos ver a severidade e bondade de Deus. Na geração velha (que saiu do Egito) vemos a severidade de Deus, a justiça de Deus e a inflexibilidade da Palavra de Deus. Porque o povo não obedeceu Deus e sua Palavra, e por isso sofreu a correção severa de Deus. Esta geração toda (menos Josué e Calabe) morreu no deserto por causa da sua incredulidade e infidelidade. Na geração nova (que nasceu no deserto e de 20 anos para baixo) vemos a bondade de Deus e a fidelidade infalível de Deus em cumprir a sua promessa e propósito ao seu povo para dar a terra prometida a eles. Veja I Cor. 10: 1-12. Alguém sugeriu o versículo chave 10:29: "Nós caminhamos para aquele lugar, de que o Senhor disse: Vô-lo darei".

3. O Nome do Livro.

Porque o nome Números? Porque este livro dá duas vezes que o povo de Israel foi numerado ou contado. Em 1:2-3 Deus mandou tomar a soma dos homens de 20 anos para cima que podia sair à guerra. Porque foi contado? Porque iam entrar em Canaã para conquistar a terra. A primeira vez a soma deu 603.550 homens (1:46). Deus mandou tomar a soma a segunda vez em 26:2. Esta vez deu a soma de 601.730 (26:51). A segunda vez deu menos do que a primeira vez. A primeira vez foi da geração velha que saiu do Egito e morreu no deserto, a segunda vez foi da geração nova que entrou na terra de Canaã. Notou que a soma da segunda vez deu menos do que a da primeira vez? Isto mostra o resultado de não obedecer e seguir o Senhor.

4. Esboço do Livro.

1. A Geração Velha, 1-14. 2. O Povo de Deus no Deserto. 15-20. 3. A Geração Nova. 21-36.

A Primeira Divisão do Livro - Números. 1-14.

A Geração Velha

A primeira divisão é dividida em três divisões. 1. A Numeração. 1-4. 2. A Condição Interior do Povo de Israel. 5:1-10:10. 3. A viagem para Canaã. 10:11-14:45.

1. A Numeração.1-4.

Os homens de guerra numerados. 1. Porque Israel ia entrar na terra de Canaã e lutar para conquistar os inimigos; então, era para saber quantos homens de guerra tinha para identificá-los e para que depois pudesse recrutá-los para fazer um exército. E o homem que se escondeu, para não ser contado para que pudesse evitar fazer parte do exército depois, foi o que? Covarde? Os levitas não foram numerados porque não foi para eles fazer parte do exército, porque eles eram reservados para a obra do tabernáculo exclusivamente (v. 47-51). Temos aqui autoridade bíblica para o destacamento (sorteio) militar, fazer parte do militar e a permissão para a isenção ministerial do militar. Podemos usar isto para mostrar que fazemos parte do exército espiritual do nosso capitão Jesus Cristo. Somos os soldados dele para lutar contra os inimigos da cruz. O soldado espiritual que recusa lutar e servir no exército do Senhor Jesus Cristo é o que? Para fazer parte do exército de Israel os homens tinham que provar a sua descendência de Israel ou não podia fazer parte do exército de Israel (1:18). Não foi para os estranhos e não judeus. O exército do nosso capitão Jesus Cristo é só para os salvos de verdade, que tem prova que são os filhos da descendência da Israel espiritual. Os não salvos não tem lugar no exército do Senhor Jesus Cristo.

A organização do arraial de Israel. 2. Deus mandou as tribos ficar numa ordem certa e permanente ao redor do tabernáculo. As tribos de Israel eram divididas em quatro grupos de 3 tribos com uma das tribos sendo o líder de cada grupo. Cada grupo tinha a sua própria bandeira. A bandeira de Judá; Judá, Issacar, e Zebulom ficaram ao lado do leste que é o lado da porta do tabernáculo. A bandeira de Rúben; Rúben, Simeão e Gade ficaram ao lado do sul. A bandeira de Efraim; Efraim, Manassés e Benjamim ficar ao lado do oeste. A bandeira de Dã; Dã, Aser e Naftali ficaram ao lado do norte. Os levitas e o tabernáculo ficaram no meio das dose tribos. Quando Israel estava viajando foi na ordem seguinte; a bandeira de Judá primeiro, a bandeira de Rúben segundo, os levitas e o tabernáculo terceiro, a bandeira de Efraim quarto, e a bandeira de Dã quinto. O acampamento e a viajem sempre ficaram nesta ordem. Algumas coisas sobre tudo isto.

1. "Deus não é Deus de confusão, senão de paz". A obra de Deus sempre foi feita e ainda deve ser feita "decentemente e com ordem". Nenhuma obra feita no nome dele que tem confusão, desordem e falta de decência é dele.

2. É Deus que determinou a ordem certa do acampamento. Nosso dever é manter a ordem dele sem mudar nada.

3. Como cada grupo dos israelitas reuniram-se ao redor da sua bandeira e líder para servir o Senhor; os crentes deve reunir-se ao redor da bandeira e líder Jesus Cristo para servir o Senhor.

4. Devemos viajar unidos uns aos outros crentes com nosso Líder neste mundo estranho.

5. O tabernáculo sempre ficou no meio do povo de Deus. O Senhor Jesus Cristo e a sua igreja deve ser o lugar focal da vida dos crentes.

6. Judá ficou na frente e na porta do tabernáculo. Jesus Cristo era da tribo de Judá; Ele é chamado o leão da tribo de Judá. Simbolicamente mostra que Jesus Cristo está na frente guiando seu povo e que nos encontra na sua igreja para ter comunhão conosco sempre.

Os levitas. 3-4. Deus pela sua graça soberana e livre escolheu a tribo de Levi para ser o sacerdócio de Israel. Os levitas tinham mostrado a sua fidelidade quando Israel fez o bezerro de ouro e os levitas se ajuntaram a Moisés para ficar contra os infiéis (Êx. 32:25-29). Eles foram ordenados para ser o sacerdócio de Israel. Estes eram escolhidos para ficar no lugar dos primogênitos de Israel toda. Na páscoa do Egito Deus tinha ordenado os primogênitos para ser seus servos especiais. O total dos levitas deu 22.300. Em 3:39 dá o total de 22.000 só. Porque? Parece porque 300 deles eram primogênitos e não contados com os outros para ser resgatados. Deus tinha mandado contar todos os primogênitos de todas as tribos de Israel (que deu 22.273) e resgatar a diferença entre os levitas todos (que deu 22.000) e os primogênitos todos de Israel. A diferença era 273 homens que foram resgatados por cinco siclos de cada homem. Este dinheiro foi entregue a Aarão e seus filhos para ser usado no serviço do tabernáculo.

Os filhos de Coate tinham o cargo de cuidar os móveis do tabernáculo. Os filhos de Gérson tinham o cargo de cuidar o tabernáculo mesmo e as cortinas todas. Os filhos de Merari tinham o cargo de cuidar as tábuas, seus varais, as colunas, as bases, suas estacas, suas cordas, e todos os seus instrumentos. Eleazar, o filho de Aarão, tinha o cargo de cuidar o azeite, o incenso, a oferta dos alimentos, o azeita da unção e o cargo de todo o tabernáculo, ou de superintender a obra de Coate. Itamar, o filho de Araão, tinha o cargo de superintender a obra de Gérson e Merari. Aarão era o sumo sacerdote sobre todos. Veja algumas coisas sobre isto.

1. É Deus que determina o serviço de cada um dos seus servos.

2. Todo serviço de Deus é importante. Não há nenhum que está sem importância.

3. Todo servo de Deus é responsável para cumprir o seu próprio cargo com toda fidelidade. Deve se preocupar com o cargo seu dado por Deus.

4. Somente 8.580 homens do total dos levitas numerados (22.300) foram qualificados, preparados e aceitados para o serviço do tabernáculo. Eram mais desqualificados do que qualificados. Ainda continua do mesmo jeito. Na obra de Deus há mais crentes desqualificados, despreparados e indispostos do que qualificados, preparados e dispostos para o serviço de Deus. Isso não é novidade, sempre foi e ainda é do mesmo jeito e em toda época do povo de Deus.

2. A Condição Interior do Povo de Israel. 5:1-10:10.

A imundícia do povo. 5. Deus tinha ordenado a ordem do arraial de Israel ao redor do tabernáculo e a obra do sacerdócio dos levitas. Agora ele dá a condição interior do povo de Israel. A fidelidade na obra de Deus é importante, mas também a condição espiritual do povo de Deus que faz a obra de Deus é importante.

O leproso, toda pessoa que teve fluxo e o contaminado por um morto era para ser lançado fora do arraial de Israel. Mostra para nós a necessidade de manter a obra de Deus pura. Paulo disse em I Cor. 5:13: " Tirai pois dentre vós o iníquo". Nesta passagem Paulo fala sobre a necessidade da disciplina na igreja para manter a sua igreja pura para fazer a sua obra aqui no mundo. Os obreiros de Deus tem que se separar da coisa e da pessoa imunda. Em Israel no caso de pecar, a pessoa tinha que confessar seu pecado e ajeitar o seu erro (v. 7). Não foi bastante somente para reconhecer o erro e pecado, mas tinha que ajeitar o dano que fez pelo pecado. Podemos aplicar esta verdade para as coisas de Deus hoje em dia. Confessar o pecado publicamente está certo, mas também devemos ajeitar o dano que nosso pecado criou na vida dos outros. Podemos aplicar esta parte sobre acrescentar a quinta parte ao dízimo??

Nos v. 12-31 dá a regra de acusar a esposa de infidelidade ao seu marido. Tudo isto mostra para nós hoje em dia o cuidado e a seriedade de acusar alguém de pecado. A pessoa acusada de pecado que é culpada deve sofrer a conseqüência do seu pecado. Mas a pessoa acusada que não é culpada deve ser justificada e defendida, e o acusador deve pedir desculpas pela acusação. Acusar alguém de pecado é uma coisa tão séria e deve ser feito com muito cuidado e evidência. O v. 31 indica que o homem que acusa injustamente uma pessoa de pecado é culpado de iniqüidade.

A lei do Nazireu. 6. O nazireu foi um homem que se dedicou, consagrou e devotou a Deus voluntariamente. Na Bíblia há uns homens que fizeram o voto de nazireu; Sansão, Samuel, João Batista e Paulo. O voto do nazireado podia ser durante a vida toda ou somente por um tempo limitado. O homem que fez o voto de ser nazireu aceitou as seguintes coisas.

1. Recusar comer todo produto que era da vinha de uva. Abster da vinha fala da separação dos prazeres da vida.

2. Não cortar o cabelo durante o nazireado. Deixar crescer o cabelo fala sobre sofrer a vergonha, desgraça e vitupério de ser de Cristo. Porque o cabelo crescido no homem é vergonha e desgraça. Por isso simboliza a desgraça e vergonha que o crente sofre porque é de Cristo pelo mundo.

3. Se separar dos mortos. A separação dos mortos simboliza que o crente deve ser separado de toda coisa imunda ou pecaminosa.

O voto do nazireu foi aceitado voluntariamente. Como o crente em Cristo deve aceitar voluntariamente ser o servo de Cristo separado para o seu serviço.

As ofertas dos príncipes na dedicação do tabernáculo. 7. Os príncipes de Israel trouxeram ofertas voluntárias para a obra do tabernáculo. Parece que foi uma coisa além do dízimo para mostrar a sua devoção ao Senhor. Ainda esta é uma coisa boa, trazer as ofertas voluntárias (além do dízimo) ao Senhor para a obra de Deus.

A consagração dos levitas. 8. Os homens que iam fazer o serviço divino do tabernáculo tinham que ser consagrados ao Senhor. Como? Pelo sangue, pela água e pelo raspar o corpo todo. Tudo isto fala para nós que os servos de Deus tem que ser purificados pelo sangue de Cristo primeiramente, e também puros na vida (lavar na água que é a Palavra de Deus e o cortar de toda coisa imunda da vida).

Diz nesta passagem que a idade do serviço do sacerdotes era de 25 anos aos cinqüenta anos de idade. Em 4:3 diz de 30 a 50 anos de idade. Parece que os primeiros cinco anos eram anos de treinamento. Depois eles serviram durante 20 anos. Provavelmente os sacerdotes de 50 anos para cima se tornaram os professores dos novos.

Regras acerca da páscoa. 9. Deus deu de novo como foi que ficou a observação da páscoa anualmente. Deve procurar as verdades representadas pela páscoa em Êxodo 12.

A coluna de nuvem e de fogo sempre ficou no meio do povo iluminando e guiando o seu caminho. O povo tinha que ser sempre pronto para viajar para onde Deus guiasse. Deus ainda guia e ilumina o seu povo hoje em dia pelo Espírito Santo.

As duas trombetas de prata. 10:1-10. Deus mandou fazer duas trombetas de prata para convocar Israel e para a partida dos arraiais. As duas trombetas tocando ao mesmo tempo era o sinal para a congregação de Israel reunir-se à porta do tabernáculo (v.3). Uma trombeta só tocando era o sinal para os príncipes reunirem-se. As duas trombetas retinindo foi o sinal para fazer uma partida. As duas trombetas podem simbolizar o ministério que fala a Palavra de Deus instruindo o povo de Deus. Veja I Cor. 14:3-10 e especialmente v. 8.

3. A viagem para Canaã. 10:11-14:45.

A partida de Israel para Canaã. 10:11-36. Agora Israel começou sua viagem para a terra prometida, foi no segundo ano, no segundo mês, ao dia vinte do mês depois de sair do Egito que partiu (v. 11). Deus guiou o povo até o deserto de Parã. Logo depois o povo começou murmurar novamente.

As murmurações dos Israelitas. 11. O povo logo murmurou contra Deus e por isso Deus se irou e o fogo dEle consumiu alguns deles. Mostra que Deus não se agrada com murmuração. O vulgo (v. 4) que estava no meio deles começava lembrar e desejar a comida do Egito. Não estava satisfeito com a provisão de Deus (maná). O vulgo era a gente não judeu que saiu do Egito com eles que estava reclamando. Este povo ainda hoje em dia dá problema. Simbolicamente são os não salvos que andam no meio dos salvos, mas não ficam satisfeitos com nada que é de Deus e só ficam reclamando, murmurando e criando problemas no meio do povo de Deus. Este tipo de pessoa nunca fica satisfeita com as coisas de Deus, porque não é do povo de Deus, não é convertido. Por isso Moisés ficou muito desencorajado e queria para Deus matá-lo. A maneira mais certa e rápida para deixar um pastor desencorajado é para o povo de Deus começar murmurar e reclamar contra Deus. Moisés disse que não podia carregar toda esta obra sozinho e por isso Deus mandou Moisés escolher 70 homens fiéis e provados como sendo já fiéis na obra de Deus para ajudá-lo no cuidado do povo de Deus.

Veja que Deus mandou codornizes durante um mês para este povo rebelde. O povo ficou ainda pior porque ficou cobiçoso demais e por isso Deus feriu os cobiçosos com uma praga e muitos morreram. Cobiça não tem lugar entre o povo de Deus.

A rebelião de Miriã e Aarão. 12. Para deixar tudo pior Miriã e Aarão reclamaram contra Moisés por causa da sua esposa. Esta reclamação foi somente uma maneira de cobrir a verdadeira reclamação; que não foi só Moisés que recebeu a revelação de Deus sobre a sua vontade. Eles estavam duvidando a sua posição como líder ordenado por Deus de Israel. Mas Deus ouviu tudo e logo justificou o seu homem (v. 4-10) e mostrou a sua ira contra eles dando para Miriã lepra. É perigoso mexer com o homem ordenado por Deus para ser o líder do seu povo. Miriã ficou boa somente quando Moisés orou a Deus por ela. Com certeza Aarão e Miriã aprenderam uma lição boa naquele dia.

Os dose homens enviados para espiar a terra de Canaã. 13. Agora o povo de Israel chegou ao lugar chamado Cades Barnéia no deserto de Parã. Daqui Moisés mandou dose homens para espiar Canaã porque agora ia invadir e conquistar a terra dada por Deus a eles. Veja o que acharam lá nos v. 21-27. Mas dez dos dose espiões disseram que era impossível vencer o povo da terra porque era forte e grande (v. 28-29). Só dois voltaram dizendo que era possível vencer este povo pela força de Deus; Josué, v. 14:6 (de Efraim) e Calebe v. 13:30 (de Judá). A incredulidade deste povo ficou sem jeito mesmo. Por isso esta geração toda morreu no deserto gastando sua vida inutilmente. É isso mesmo que a incredulidade faz na vida do crente, deixa a sua vida inútil e só passando tempo no deserto realizando nada.

A incredulidade de Israel. 14. Quando a congregação de Israel ouviu a reportagem dos dez espiões quis desistir logo e esquecer tudo e voltar para o Egito. Hb. 3:8 chama isto a provocação, o dia da tentação no deserto. Porque quando o povo duvidou que o poder de Deus podia capacitá-lo para cumprir a sua vontade, ficou sem jeito. Muito crente está falhando ano após ano porque duvida que Deus possa operar na sua vida pelo seu grande poder a sua vontade. Em vez de ir para frente vencendo e conquistando os inimigos e problemas para cumprir a sua vontade, está voltando para trás e morrendo no deserto da desobediência. Muitos estão temendo os inimigos e por isso deixando de cumprir a vontade de Deus e isto deixa-os parados e derrotados sempre. Veja que Moisés orou pelo povo e Deus perdoou seu pecado, mas não tirou a sua correção. Porque? Porque era o pecado para a morte. Veja I João 5:16. Deus pronunciou claramente que esta geração toda ia morrer no deserto de vinte anos para cima menos Calabe e Josué. Logo os espiões morreram de uma praga (v. 37). O resto desta geração morreu no deserto durante 38 anos realizando nada. No dia seguinte o povo disse que ia fazer a vontade de Deus e ia mesmo conquistar a terra, Moisés disse a eles para não ir, porque Deus não estava mais com eles. Mas eles insistiram, e sua derrota foi grande. Ó irmãos vamos servir o Senhor e cumprir a sua vontade sempre confiando no seu poder, mas nunca duvidando que ele possa nos capacitar. A alternativa é terrível!

A Segunda Divisão do Livro - Números. 15-20.

O Povo de Deus no Deserto

A segunda divisão é dividida em seis divisões. 1. A Repetição de Diversas Leis para a Terra de Canaã. 15. 2. A Rebelião de Coré. 16. 3. A Vara de Aarão que Floresceu. 17. 4. Os Levitas Confirmados nos Seus Deveres e Responsabilidades. 18. 5. A Ordenança da Novilha Ruiva (Vermelha). 19. 6. A Morte de Miriã, O Pecado de Moisés, O Pecado de Edom e A Morte de Aarão. 20.

1. A Repetição de Diversas Leis para a Terra de Canaã. 15.

Neste capítulo repete algumas leis e instruções anteriormente dadas para a entrada na terra de Canaã. v. 1-31. É uma coisa notável que quando esta geração do povo de Deus não ia entrar mais na terra de Canaã, Deus deu algumas leis e instruções para quando a entrada na terra de Canaã (v. 2). Deus cumpriu a sua promessa de dar esta terra para Israel, somente não foi para esta geração. Deus é fiel à sua promessa apesar do povo. Leia Rm. 11:29 e Fl.1:6.

O homem que apanhou lenha no dia de sábado. v. 32-36. Nos v. 30-31 Deus tinha falado sobre a pessoa que fez uma coisa teimosamente contra o Senhor e a sua Palavra sabendo que era a pena de ser expulsada do meio do seu povo. Agora tem um exemplo disto mesmo. Esta pessoa não pecou ignorantemente, porque sabia melhor mesmo e fez desprezando e desobedecendo Deus de propósito. Por isso não foi pecado trivial nem insignificante. Por isso Deus mandou apedrejar este homem e Israel cumpriu o mandamento de Deus e o homem morreu (disciplina necessária). Mostra a natureza verdadeira da lei de Deus e sua severidade. A lei de Deus condena, é Cristo que salva da lei de Deus.

O cordão de azul. v. 37-41. Deus mandou botar nas bordas das vestes franjas e nas franjas das bordas um cordão azul. Azul é a cor celestial. Simboliza que os servos de Deus devem ser de uma obediência e caráter celestial e separados dos desejos e ambições mundanos. Há judeus que fazem isto ainda, mas normalmente na roupa íntima.

2. A Rebelião de Coré. 16.

No Novo Testamento em Judas 11 é chamado a Contradição de Coré. Sem dúvida nenhuma o que Coré e os outros fizeram era uma ofensa tão errada, porque mais ou menos 15.000 pessoas morreram por isso. Coré era a cabeça desta rebelião e contradição e já da família dos coatitas e por isso servos do tabernáculo. Foi uma tentativa de tomar a conta do sacerdócio dado a Aarão por Deus, ataque contra a liderança de Moisés e Aarão, e uma tentativa de estabelecer uma outra ordem sacerdotal sem a autoridade de Deus. Pela maneira que Moisés falou nos v. 8-14 parece que o motivo de Coré nisto foi inveja de Moisés e Aarão, insatisfação com a posição dada a eles no serviço do tabernáculo, desejo para assumir o sacerdócio e acusação contra Moisés de ter a culpa de não entrar na terra prometida. Foi uma afronta contra os homens ordenados, apontados e nomeados por Deus e por isso uma afronta contra Deus mesmo primeiramente. Vamos ver que é uma ofensa séria para ficar contra os homens fiéis designados por Deus para liderar o seu povo. Para demonstrar qual dos dois (Coré e seus ou Moisés e os Levitas) Deus tinha escolhido foi marcado o dia seguinte para os dois trazerem nos seus incensários fogo e incenso para se apresentar perante o Senhor na porta da tenda da congregação. Naquele dia Coré, Datã e Abirão com suas esposas, filhos e crianças ficaram nas portas das suas tendas esperando a decisão até depois de ser avisados da conseqüência do seu pecado (v. 27-30). Ó que ousadia e teimosia que este povo mostrou até o fim contra Deus e seus escolhidos. O Senhor mostrou naquele dia a sua decisão quando mandou a terra debaixo deles abrir a sua boca e os engoliu e eles desceram vivos ao abismo (Seol, que é Hades no Novo Testamento), e depois a terra se fechou novamente (v. 31-34). Além disto foi um fogo que saiu do Senhor consumindo 250 homens rebeldes que ofereceram incenso (fogo estranho, v. 35). Deus mostrou quais foram seus escolhidos para fazer o serviço do tabernáculo e que Moisés foi enviado pelo Senhor para fazer todos estes feitos e que do coração de Moisés não procederam nenhum deles, exatamente como Moisés tinha falado (v. 28). O povo todo ficou com medo e foi para casa, mas isto durou pouco tempo. Porque no dia seguinte o povo já estava acusando Moisés de matar o povo do Senhor (v. 41-43). Quem foi que fez isto, Moisés? Foi Deus que fez! Esta rebelião do povo provocou o Senhor para uma grande indignação e Ele mandou uma praga para destruir o povo (v. 44-46). Nesta praga 14.700 pessoas morreram. Moisés e Aarão fizeram sacrifício para o povo e somente por isso todos não morreram (v. 47-48). Somente por causa do sacrifício de Cristo todos os pecadores não morrem. Como é que é uma coisa séria para rejeitar a liderança escolhida (o ministério) por Deus. Ainda pior é rejeitar seu Filho Jesus Cristo, o Salvador mandado por ele.

3. A Vara de Aarão que floresceu. 17.

Deus confirmou a sua escolha dos Levitas para servir como o sacerdócio de Israel com dose varas (uma de cada tribo) postas no tabernáculo, dizendo que a vara da tribo escolhida ia florescer. Pela manhã a vara de Aarão não só floresceu, mas também produziu flores, brotou renovos e deu amêndoas. O povo reconheceram a escolha de Deus com uma depressão muito grande, porque agora souberam que iam morrer no deserto. E morreu mesmo no deserto, porque foi a correção do Senhor que ninguém podia mudar. Uma lição simbólica: a vara de Aarão fala do nosso Sumo Sacerdote Jesus Cristo e a sua ressurreição dos mortos. Esta é a prova de todas as provas que Jesus Cristo é o Salvador verdadeiro e único. Toda religião falsa com seu líder é uma vara totalmente morta. Jesus Cristo provou que ele é Sumo Sacerdote-Salvador verdadeiro e único publicamente para sempre pela sua ressurreição.

4. Os Levitas Confirmados nos Seus Deveres e Responsabilidades. 18.

Deus mandou Aarão e seus filhos ser os sacerdotes para fazer a obra do tabernáculo (sacrifícios e adoração, etc.) e os levitas para todas as outras coisas. Deus mandou sustentar os levitas no seu trabalho pelos dízimos do povo de Deus (não receberam herança de terra). O dízimo dos dízimos recebidos pelos levitas era para sustentar Aarão e seus filhos no seu trabalho (v. 25-28). Leia I Cor. 9:7-14.

5. A Ordenança da Novilha Ruiva (Vermelha). 19.

Parece que Deus deu esta ordenança como a conseqüência da rebelião de Coré. Porque depois da praga que matou milhares de pessoas os judeus tinham que cuidar os mortos e por isso ficaram sujos porque tinham contato com os cadáveres deles e tinham que ser limpos para fazer o serviço de Deus depois. Então, Deus deu esta ordenança com este fim. A novilha foi queimada e as cinzas misturadas com água e esta água espargida nos imundos para purificá-los. Esta água foi chamada a água da separação.

Hebreus 9:13-14 fala que esta ordenança é simbólica da morte do Senhor Jesus Cristo pelo pecador. Vamos ver como.

1. A novilha foi sem defeito. Como foi também Jesus Cristo, imaculado e incontaminado.

2. Uma novilha sobre a qual não tinha sido posto jugo. O jugo é posto sobre um animal para dominar e vencer a sua natureza selvagem e rebelde e obrigar sujeição. Isto foi desnecessário com o Senhor Jesus Cristo, porque ele não tinha a natureza rebelde e se sujeitou a Deus voluntariamente.

3. A novilha tinha que ser ruiva (vermelha). Com certeza isto fala do fato que o Senhor Jesus Cristo derramou o seu sangue na cruz para salvar o pecador.

4. A novilha foi sacrificada fora do arraial. Jesus Cristo foi sacrificado também fora da porta (Hb. 13:12).

5. O sangue do sacrifício foi espargido sete vezes para a frente da tenda da congregação. A expiação do Senhor Jesus Cristo pelos eleitos é perfeita (número 7).

6. A água da separação foi espargida nas pessoas contaminadas com cadáver para limpá-las. As cinzas da novilha foram guardadas para ser usado continuamente para limpar os imundos. Jesus Cristo foi crucificado (sacrificado) uma vez para sempre e isto dá para salvar os eleitos eternamente. Mais depois o salvo se contamina com a sujeira deste mundo, e a água da separação fala sobre a purificação que o crente tem disto na sua vida diária (I João 1:7). A base desta purificação é o sacrifício do Senhor Jesus Cristo (as cinzas da novilha), a água fala sobre a Palavra de Deus que o Espírito Santo usa na vida do salvo para nos purificar mais e mais. As cinzas da novilha foram guardadas para ser usadas sempre para a purificação do povo. O crente em Cristo tem perdão e purificação do pecado completo e contínuo sem limite.

6. A Morte de Miriã, O Pecado de Moisés, O Pecado de Edom e A Morte de Aarão. 20.

Começando com capítulo 20 do livro de Números é o fim das jornadas de Israel no deserto. Porque capítulo 20 começa contar a história de Israel quando chegou a segunda vez em Cades Barnéia para entrar em Canaã. Sabemos isto porque neste capítulo conta a morte de Aarão, e no capítulo 33:38 diz que Aarão morreu no ano quadragésimo da saída dos filhos de Israel da terra do Egito. Então a Bíblia passa quase totalmente por cima dos eventos que aconteceram no deserto durante este período de tempo de 38 anos das jornadas de Israel no deserto. Porque? Porque o tempo que o povo de Deus gasta no deserto espiritual por causa da sua infidelidade e incredulidade é tempo perdido, gastado por nada, sem valor, e que Deus nem considera como sendo importante. Deus nos ajuda para não ficar no deserto espiritual perdendo tempo.

A morte de Miriã. v. 1. O povo de Deus da velha geração estava morrendo no deserto por causa da sua incredulidade e infidelidade um por um exatamente como Deus tinha dito. Ó que coisa triste!

O pecado de Moisés. v. 2-13. Quando chegaram em Cades não tinha água e por isso o povo de Deus começaram murmurar e reclamar contra Moisés e Aarão. Este povo também reclamou demais e lembrou do Egito com desejo para estar lá novamente. Depois de tanto tempo assim? Moisés e Aarão foram à porta da congregação e se lançaram sobre os seus rostos para falar com o Senhor e receber o conselho dele. Deus mandou Moisés para tomar a vara, ajuntar a congregação de Israel com Aarão e falar à rocha perante os olhos deles, e assim a rocha daria a sua água a Israel para beber suficiente. Aqui foi quando Moisés pecou e este pecado não deixou Moisés também entrar na terra prometida. Este pecado de Moisés desfigurou uma carreira exemplar. Depois de servir o Senhor durante 80 anos, Moisés falhou assim tristemente. Deus disse a natureza do pecado dele no v. 12: "Porquanto não crestes em mim, para me santificardes diante dos filhos de Israel, por isso não introduzireis esta congregação na terra que lhes tenho dado".

Nas seguintes maneiras Moisés não santificou o Senhor diante de Israel.

1. Moisés perdeu a calma e fez umas coisas erradas (Sl. 106:32-33).

2. Moisés falou com o povo em vez de falar com a rocha (v. 10).

3. Moisés considerou como mérito seu o fazer da água sair da rocha (v. 10).

4. Moisés feriu a rocha duas vezes com a vara em vez de falar com a rocha só.

5. Moisés arruinou o simbolismo da salvação em Cristo.

Deus exige dos líderes do seu povo uma obediência fiel. Só porque um homem tem servido o Senhor fielmente durante muitos anos, não significa que não pode cair. "Aquele, pois, que cuida estar em pé, olhe não caia", I Cor. 10:12. Pelo pecado de ferir a rocha duas vezes em vez de falar com a rocha Moisés arruinou o simbolismo da salvação que os salvos tem em Cristo Jesus. Cristo (a rocha, I Cor. 10:4) foi ferido uma vez para salvar eternamente os eleitos, e não é necessário para ele ser ferido outra vez, porque o sacrifício dele feito uma vez é bastante para salvar os seus para sempre (Hb. 10:10-14). O ferir da rocha por Moisés a segunda vez simbolizou o contrário. Depois de ser salvo para o crente receber o perdão dos seus pecados diários, é só preciso falar com Cristo (a rocha) confessando os seus pecados e "Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça", I João 1:9.

O pecado de Edom v. 14-22. Israel pediu Edom permissão para passar pela sua terra para entrar em Canaã, porque Edom ficou entre Israel e Canaã. Israel prometeu não passar pelo campo, nem pelas vinhas, nem beber a água dos poços, mas ir somente pela estrada real. Edom recusou a passagem de Israel pela sua terra com ameaça de guerra. Edom era da descendência de Esaú. Seu pecado era um grande erro contra Israel e Deus. Leia Sl. 137:7 e Ob. 10-14.

A morte de Aarão. v. 23-29. Israel viajou até o monte Hor depois de ser recusado por Edom e lá Deus falou com Moisés e Aarão que Aarão ia morrer lá e não entrar na terra de Canaã, "porquanto rebeldes fostes à minha ordem, nas águas de Meribá". Isto mostra que não foi só Moisés que pecou em 20:7-13, mas também Aarão. Note v. 12. Aarão tinha 123 anos de idade quando morreu (Nm. 33:39). O seu filho Eleazar ficou o Sumo Sacerdote pela ordem de Deus.

A Terceira Divisão do Livro - Números. 21-36.

A Geração Nova. 21-36

A terceira divisão é dividida em três divisões. 1. A Viagem Nova Começada. 21-25. 2. A Numeração Nova. 26-27. 3. A Instrução Nova. 28-36.

1. A Viagem Nova Começada. 21-25.

Viajando para Canaã. 21. A geração velha já morreu inclusive Aarão e em pouco tempo Moisés ia morrer. Então, Deus começou levar Israel na direção de Canaã novamente.

Primeiramente, vemos que Deus ouviu a voz de Israel (v.2- 3) e entregou nas suas mãos os cananeus. Durante as jornadas no deserto isto não aconteceu, porque a velha geração estava andando fora da vontade de Deus. Agora tudo ficou diferente, porque a nova geração estava seguindo o Senhor.

Segundamente, vemos que houve vitória em vez de derrota. Era onde antes sofreu uma grande derrota (14:45) que agora ganhou uma grande vitória (21:3). Quando o filho de Deus não anda no centro da sua vontade só pode esperar derrota.

Terceiramente, vemos que Israel por causa do mal tratamento de Edom e a viagem por isso mais cumprida caiu no velho pecado de murmurar (v. 4-9). Por isso Deus mandou serpentes ardentes no meio do povo e por isso muitos morreram e estavam morrendo. Observa o perigo que o crente tem quando está no meio da prova e tribulação, murmurar contra Deus em vez de olhar para ele em confiança. Pode estudar o simbolismo sobre as serpentes ardentes no meu estudo em João 3.

Quartamente, vemos que depois de murmurar e ser corrigido por isso, continuou a sua viagem para Canaã (v. 10-16). Este povo era diferente da primeira geração, eles aprenderam através dos erros em vez de continuar neles.

Quintamente, vemos que eles cantaram um cântico de vitória e confiança ao Senhor em vez de recusar, duvidar e rebelar contra o Senhor como a velha geração tinha feito (v. 17-35). É por isso que no resto deste capítulo vemos que o povo de Deus gozou na vitória dada "por Deus".

Balaque e Balaão. 22-24. Balaque, o rei de Moabe, ficou com medo de Israel por causa das suas vitórias dadas por Deus contra os seus inimigos. Por isso Balaque chamou e subornou um profeta chamado Balaão para amaldiçoar Israel. Balaão é o profeta (pregador ou pastor simbolicamente) que é mercenário que só pensa em si e na coisa que possa ganhar pela obra que faz. Isto é chamado no Novo Testamento "o caminho de Balaão" (II Pd. 2:15). Como todo profeta falso Balaão não teve conhecimento certo das coisas de Deus, e isso é chamado no Novo Testamento "o engano de Balaão" (Jd. 11). A "doutrina de Balaão" (Ap. 2:14) é o que Balaão tentou fazer quando não conseguiu amaldiçoar Israel, levar o povo de Deus para pecar contra o Senhor que traz a correção do Senhor sobre eles (Nm. 31:16 com 25:1-3). Balaão tentou amaldiçoar Israel por causa do prêmio oferecido a ela por Balaque, mas cada vez abençoou Israel em vez de amaldiçoá-lo. Quando Deus está abençoando o seu povo, ninguém pode fazer o contrário.

O pecado de Israel através da doutrina de Balaão. 25. Através do conselho de Balaão as filhas dos moabitas e dos midianitas seduziram Israel para prostituir-se com a religião falsa deles e praticar prostituição com elas. Por isso Deus mandou tirar as cabeças das pessoas culpadas. Moisés mandou os juízes de Israel cumprir a vontade de Deus e 24.000 pessoas morreram. Note o que Finéias, o filho de Eleazar, fez (v. 8). Pela coisa feita por Finéias a ira de Deus se acalmou. Devemos ver aqui o perigo constante do povo de Deus para entrar no pecado e que deve ser a nossa reação.

2. A Numeração Nova. 26-27.

Israel foi numerado a segunda vez porque era uma nova geração que ia entrar em Canaã. A numeração era para saber quantos homens de guerra tinha em Israel (601.730, 26:51). Veja v. 64-65.

No capítulo 27 tem a questão da herança das filhas de Zelofeade que eram da tribo de Manassés. Elas eram as únicas filhas da família e tinha que ser resolvido se pudessem receber a herança da família no lugar dos homens, porque o pai delas não tinha filhos, só filhas. Moisés buscou a vontade de Deus, e Deus disse que podiam.

Deus falou com Moisés que brevemente ia morrer (27:12-23), que Josué ia assumir a liderança de Israel e os últimos conselhos para entregar a Israel antes da sua morte. Estes conselhos ficam em Nm. 28-36 e Dt. 1-34. Leia Nm. 36:13, Dt. 1:1-3 e 34:1-12.

3. A Instrução Nova. 28-36.

Veja algumas coisas.

1. Cps. 28-29 dão uma repetição das leis acerca das ofertas e das festas para ser observadas.

2. Cp. 30 dá a lei sobre diversos votos: dos homens (v. 1-2); das moças (v. 3-5); das noivas (6-8); das viúvas (v. 9); das casadas (v. 10-16).

3. Cp. 31 tem a destruição dos Midianitas. Deus mandou matar eles todos (menos as virgens) inclusive Balaão. Porque? Porque deram ocasião pelo conselho de Balaão a Israel transgredir contra o Senhor no caso de Peor (v. 16).

4. Em 32 as tribos de Rúben, Gade e Manassés pediram e receberam a terra de Gileade por sua herança. Era certo isto? Parece que não, porque seria melhor ficar por dentro das fronteiras da terra prometida. Nota a desculpa deles por isso (v. 1, 18-25). Muito crente quer fazer isto, ficar vivendo na beira das coisas de Deus.

5. Em 33 há um resumo das jornadas de Israel no deserto.

6. Em 34 há as instruções das fronteiras da terra prometida.

7. Em 35 Deus disse que os levitas receberem 48 cidades e seus arrabaldes como a sua herança. Seis destas cidades eram para ser as cidades de refúgio.

8. Em 36 as filhas de Zelofeade perguntaram sobre a sua herança no caso se casassem. Deus mandou para elas casar-se somente na sua própria tribo para garantir que a herança ficasse da família.

O LIVRO DE DEUTERONÔMIO

1. Data e Natureza do Livro.

O Livro de Deuteronômio é principalmente um livro de oratória (comentário). Porque Deuteronômio tem os sermões, as pregações, os discursos e os conselhos últimos de Moisés. São os conselhos da sua despedida. Moisés deu estes ensinos ao povo de Deus um pouco antes da sua morte. A geração velha que saiu do Egito 40 anos atrás tinha morrido ou ia morrer um poucos dias. A nova geração ia entrar em pouco tempo na terra prometida, e por isso Moisés deu uma revisão da história hebraica e da lei e dos ensinos de Deus.

2. O Tema do Livro.

O tema de Deuteronômio é a Fidelidade de Deus e a Obediência do homem. Leia os versículos seguintes: 5:29, 6:4-5, 10:12, 11:26-28, 28:1. Estes versículos falam da mesma coisa; Deus é fiel e o povo dele deve dar uma obediência a ele em tudo. "Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é único Senhor. Amarás, pois, o Senhor teu Deus de todo o coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças", 6:4-5.

3. O Nome do Livro.

O nome Deuteronômio vem da tradução grega (Septuaginta, LXX) do Velho Testamento. O nome Deuteronômio vem da tradução da frase no versículo 17:18 que diz: "um traslado desta lei".

4. Esboço do Livro.

I. Olhar Para Atrás. 1-11. A primeira divisão foi dada para o povo de Deus lembrar o passado, pensar bem, decidir e determinar servir o Senhor. II. Olhar Para Frente. 12-34. A segunda divisão foi dada para o povo de Deus olhar para o futuro com dedicação, esperança, antecipação e cuidado.

5. Algumas Observações sobre o Livro.

Como Gênesis é a introdução do Pentatêuco, Deuteronômio é a conclusão do Pentatêuco. Neste livro as palavras "O Senhor Deus" são faladas algumas 300 vezes, e no resto do Pentatêuco todo só 50 vezes. Jesus Cristo citou este livro quando foi tentado pelo diabo: Dt. 6:13; 6:16, 10:20 em Mt. 4:1-11 e Lc. 4:1-13. Também o citou em Mt.22:37 (Dt. 6:4-5). O Apóstolo Paulo citou este livro nos seus escritos também: Rm. 10:6-9 (Dt. 20:12-14), Gl. 2:10 (Dt. 21:23, 27:26). No Novo Testamento este livro é citado algumas 50 vezes.

A Primeira Divisão do Livro - Deuteronômio. 1-11.

Olhar Para Atrás

A primeira divisão é dividida em nove divisões. I. O Local do Livro. 1:1-5. II. Horebe e Cades-Barnéia. 1:6-19. III. Os Eventos na Cades-Barnéia. 1:20-46. IV. As Viagens do Deserto. 2:1-23. V. A Conquista da Terra da Banda Leste do Jordão. 2:24-3:22. VI. O Destino de Moisés. 3:23-29. VII. O Aviso Conveniente. 4:1-40. VIII. As Cidades de Refúgio. 4:41-49. IX. A Nova Geração Ensinada os Mandamentos e Preceitos Divinos. 5:1-11:32.

1. O Local do Livro. 1:1-5.

Israel estava nesta banda do rio Jordão quando Moisés deu estes conselhos ao povo de Deus. Esta foi a banda que fica ao leste do rio Jordão. Israel estava na planície de Moabe.

2. Horebe e Cades-Barnéia. 1:6-19.

Moisés começou os seus conselhos dizendo que o povo de Deus tinha que deixar a observação ritual da lei no deserto para começar a sua viagem espiritual para uma terra melhor.

3. Os Eventos na Cades-Barnéia. 1:20-46.

Aprendemos por este livro que foi o povo que sugeriu mandar os espiões na primeira vez para ver a terra de Canaã (v. 22-25). Mas, o povo não quis conquistar esta terra e murmurou contra Deus e recusou entrar por causa da sua incredulidade (v. 26-28). Também aprendemos outra coisa não falada antes em Números, as palavras de encorajamento que Moisés deu (v. 29-31) ao povo para entrar e conquistar a terra. Depois o povo chorou por causa da sua derrota, mas o Senhor não ouviu a sua voz, porque não era arrependimento verdadeiro (v. 45). Por isto esta geração toda morreu no deserto (v. 46).

4. As Viagens do Deserto. 2:1-23.

Os muitos dias que esta geração rodeou no deserto foi 38 anos (2:1). Observe que o tempo que este povo gastou no deserto é falado no v. 14. Mais uma vez podemos ver que o tempo gastado no deserto por esta geração foi considerada perdida, porque Moisés passou por cima dos eventos deste tempo.

5. A Conquista da Terra desta Banda Leste do Jordão. 2:24-3:22.

Moisés falou sobre a conquista da terra desta banda do Jordão por esta geração nova que estava lá para entrá-la novamente depois com Josué. Moisés falou isto para mostrar que o Senhor tinha dado a vitória sobre este povo e por isso foi um encorajamento para continuar na conquista que o Senhor prometeu. Note o tamanho da cama de ferro de Ogue o gigante, o rei de Basã, que Israel conquistou pelo poder de Deus no v. 3:11. A sua cama de ferro era 4.15 metros de cumprimento e 1.85 metros de largura. Ele era gigante mesmo, mas perante Deus era pequeno demais. Deus pode nos dar a vitória sobre os inimigos grandes.

6. O Destino de Moisés. 3:23-29.

Moisés falou sobre o seu grande erro que não deixou-o entrar na terra prometida. Moisés disse que pediu o Senhor para deixá-lo entrar na terra prometida, mas o Senhor disse a ele: "Basta; não me fales mais deste assunto". Isto serviu ao povo de Deus como um aviso contra desobedecer o Senhor e para nós também. Veja que o Senhor corrigiu Moisés seu filho, mas também mostrou a sua compaixão quando deixou Moisés subir lá em cima do monte Pisga para ver a terra prometida de longe (v. 27).

7. O Aviso Conveniente. 4:1-40.

Nesta passagem Moisés ensinou esta geração nova algumas coisas importantes para o seu futuro. Ouvir os estatutos e os juízos do Senhor para que pudessem entrar na terra de Canaã, v. 1. Não era para acrescentar nem diminuir a Palavra de Deus, mas somente obedecer como ele tinha dado, v. 2. Deus deu aviso contra idolatria, v. 23. O mesmo Deus que abençoou este povo podia também dar uma correção severa. Não foi isto que aconteceu no deserto com a primeira geração? Leia v. 24. Veja o aviso que deu para este povo de Israel no v. 25-27. Foi isto mesmo que aconteceu depois quando Judá e Israel deixaram o Senhor para adorar deuses falsos e foram levados cativos para outras terras estranhas como Deus tinha avisado. Cuidado irmãos para obedecer o Senhor, porque o mesmo Deus que pode nos abençoar, pode nos corrigir também, v. 39-40.

8. As Cidades de Refúgio. 4:41-49.

De novo Moisés deu as cidades de refúgio. Três cidades à banda leste do rio Jordão, e três cidades à banda oeste do rio Jordão. O total de seis cidades. Este foi o fim da primeira pregação.

9. A Nova Geração Ensinada os Mandamentos e Preceitos Divinos. 5:1-11:32.

A segunda pregação começada. 5:1-5. Moisés chamou todo o Israel para a segunda pregação. Veja o que Moisés mandou o povo fazer: ouvir, aprender, guardar e cumprir, v.1. O conselho certo para o povo de Deus em todo tempo.

Os dez mandamentos dados novamente. 5:6-33. É quase igual com Êx. 20. Veja uma diferença no v. 15; o mandamento do sábado ficou ligado com a liberdade da escravidão do Egito.

O cumprimento da leia dada por Deus. 6:1-25. O propósito da lei dada por Deus era para o povo de Deus fazer, guardar e cumprir com fidelidade e cuidado. Ainda os crentes devem pensar nisto muito bem.

A vida nova na terra prometida. 7:1-8:20. Foi a vontade de Deus para o povo dele conquistar os inimigos da terra prometida totalmente. Não foi para fazer aliança com eles, nem deixar na terra, porque tinha o perigo de desviar o povo de Deus das coisas de Deus, v. 1-4. Ainda é a verdade, devemos tirar tudo da nossa vida que não agrada o Senhor, porque pode nos desviar das coisas de Deus. Nota porque o Senhor escolheu Israel e não uma outra nação, v. 7-8. Mostra a eleição da graça de Deus para com os seus eleitos. Note a razão porque Deus deixou o povo no deserto durante 40 anos, v. 8:1-3. Para que? Para que o povo pudesse ser humilhado e provado para ver se guardasse os seus mandamentos. Deus deu a promessa de bênção se seguisse os seus mandamentos, v. 8:4-18. Também deu o aviso de correção se deixasse os seus mandamentos, v. 8:19-20. Irmãos, estamos ouvindo?

Avisos e exortações. 9:1-11:9. Moisés disse ao povo que Deus ia dar Canaã a eles não por causa da sua fidelidade passada, era povo obstinado, v. 9:6, mas por causa da sua fidelidade, v. 9:4-7. Depois Moisés deu uma revisão da história dos judeus da sua falha em não entrar na terra prometida a primeira vez até o presente, v. 9:8-10:11. Depois Moisés disse a eles que o Senhor tinha pedido deles. O que foi? A mesma coisa que pede de nós agora, v. 10:12-13.

A conclusão. 11:10-32. A promessa de bênção para uma nação obediente, e uma maldição para a nação desobediente, v. 11:10-32. Veja bem os v. 26-28.

A Segunda Divisão do Livro - Deuteronômio. 12-34.

Olhar Para Frente

A segunda divisão é dividida em seis divisões. I. As Leis de Adorar Deus. 12-13. II. As Leis de Separação. 14-16. III. As Leis Civis e os Líderes Religiosos. 17-18. IV. As Leis de Guerra e de Matar. 19:1-21:9. V. As Leis Domésticas e Variadas. 21:10-30:20. VI. Os Últimos Conselhos de Moisés. 31-34.

1. As Leis de Adorar Deus. 12-13.

Deus mandou Israel destruir toda idolatria da terra de Canaã. Porque? Porque deixar idolatria no seu meio seria uma tentação e sedução contínua para aceitar e praticar. Deus designou o tabernáculo como o único lugar de adorar o Senhor e oferecer os sacrifícios. Moisés deu três coisas que pode seduzir o povo de Deus para desviar das coisas de Deus. Falsos profetas, 13:1-5; Família, 13:6-11; e Vizinhos, 13:12-18.

2. As Leis de Separação. 14-16.

Deus queria para o seu povo ser diferente do que os pagãos ao seu redor. Note como Deus designou para manter esta acontecer.

1. Comida. 14:1-21. Mostra que devemos ser separados de tudo que é imundo.

2. Dízimo. 14:22-29. Mostrar a nossa gratidão pela bênção do Senhor. O mundo não faz isto, é ingrato.

3. Ano sabático. 15:1-15. Honrar o Senhor com nosso tempo.

4. Servo Voluntário. 15:16-23. Este servo (escravo) se deu para ser o servo ao seu mestre voluntariamente por amor. O crente deve se entregar ao Salvador voluntariamente por amor porque ele nos livrou da nossa escravidão do pecado.

5. Festas Religiosas. 16:1-18. Manter a religião pura e segundo a sua vontade.

3. As Leis Civis e os Líderes Religiosos. 16:18-18:22.

Deus deu juizes para julgar os problemas e os negócios do povo. Era uma maneira de garantir justiça e evitar confusão. Deus mandou apedrejar os idólatras e proibiu um bosque de árvores junto ao altar do Senhor, 16:21. Porque esta prática fez parte da adoração de Asterote e era uma imoralidade terrível. Veja as regras acerca dos reis futuros, 17:14-20, especialmente sobre os cavalos, mulheres e riqueza, 17:16-17. Foi exatamente que Salomão fez e por isso caiu. Capítulo 18 dá o sustento dos Levitas. O Apóstolo Paulo aplicou esta verdade para o sustento dos pastores em I Cor. 9. Também dá a profecia do Grande Profeta (v. 18) Jesus Cristo. Também Deus deu a maneira de provar os profetas, 18:20-22.

4. As Leis de Guerra e de Matar. 19:1-21:9.

Deus deu proteção para o homem que cometeu homicídio não premeditado (acidental); proteção contra o vingador de sangue numa cidade de refúgio, 19:1-13. A lei contra mudar os limites da herança dos outros, 19:14. Podemos aplicar esta lei da herança para a herança espiritual que temos em Jesus Cristo. Ainda é proibido mudar os limites da nossa herança espiritual de verdade e doutrina. A lei da necessidade de duas testemunhas para condenar o homem acusado de uma ofensa e a responsabilidade do juiz para investigar tudo para achar a verdade, 19:15-21. As leis de guerra, 20:1-20. A lei da investigação dos mortos achados no campo, 21:1-9.

5. As Leis Domésticas e Variadas. 21:10-30:20.

Leis dadas por Deus para governar o seu povo. Leia para ver.

6. Os Últimos Conselhos de Moisés. 31-34.

No capítulo 31 Moisés deu conselhos para os sacerdotes, os levitas e Josué o novo líder. No capítulo 32 tem o último cântico de Moisés. No capítulo 33 Moisés deu a bênção às doze tribos. Capítulo 34 fala dos últimos dias e morte de Moisés. Moisés subiu ao monte de Nebo, ao cume de Pisga para olhar de longe a terra prometida e lá morreu e foi sepultado pelo Senhor e ninguém soube o lugar da sua sepultura. Veja uma coisa interessante em Judas 9. Veja também o epitáfio deste grande homem de Deus nos v. 34:10-12. A carreira fiel de Moisés começou quando ele recusou ser chamado o filho de Faraó!

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